quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Oração

Não existe arma mias poderosa que a oração, ela já derrubou poderosos de seus tronos

Homem Sensato

Três coisas que um homem sensato não deve fazer:
1) Negar o óbvio.
2) Achar que é o dono da razão.
3) Passar a sua mentira para frente, como se fosse verdade.

Quaresma

Ao Pai voltemos, juntos andemos, eis o tempo de conversão.

Quaresma

Ao Pai voltemos, juntos andemos, eis o tempo de conversão.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

IMPUNIDADE

A impunidade é a mãe da desordem.

IMPUNIDADE

A impunidade é a mãe da desordem.

MENSAGEM O PAPA PARA A QUARESMA 2012



Mensagem do Papa para a Quaresma 2012: “Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras”

Foi divulgada na manhã desta terça-feira a Mensagem de Bento XVI para a Quaresma de 2012.
A Quaresma tem início na Quarta-feira de Cinzas, que este ano será em 22 de fevereiro. O tema da Mensagem foi extraído da Carta aos Hebreus, «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (Hb 10, 24)
Este período, afirma o Papa, é propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé: “Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal”.
O primeiro ponto da Mensagem é a responsabilidade pelos irmãos. Como já dizia Paulo VI, o mundo atual sofre sobretudo de falta de fraternidade. “A responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades.”
O segundo ponto é o dom da reciprocidade. “Uma sociedade como a atual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! Os discípulos do Senhor vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação”, escreve o Pontífice.
O terceiro e último ponto é o caminhar juntos na santidade. A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior. “Os mestres espirituais lembram que, na vida de fé, quem não avança, recua”, assinala o Papa, citando o Beato João Paulo II.
Leia na íntegra a Mensagem do Santo Padre

Mensagem de Sua Santidade Bento XVI para a Quaresma de 2012

«Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (Heb 10, 24)
Irmãos e irmãs!
A Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.
Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor «com um coração sincero, com a plena segurança da fé» (v. 22), de conservarmos firmemente «a profissão da nossa esperança» (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, «o amor e as boas obras» (v. 24). Na passagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre actual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.
1. «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.

O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objecto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), e a «dar-se conta» da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada». Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o facto de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo actual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc. Populorum progressio, 66).
A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão. O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o antepor a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre. Diversamente, a humildade de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente, revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: «O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende» (Prov 29, 7). Deste modo entende-se a bem-aventurança «dos que choram» (Mt 5, 4), isto é, de quantos são capazes de sair de si mesmos porque se comoveram com o sofrimento alheio. O encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança.
O facto de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correcção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro. Lemos na Sagrada Escritura: «Repreende o sábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio e ele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justo e ele aumentará o seu saber» (Prov 9, 8-9). O próprio Cristo manda repreender o irmão que cometeu um pecado (cf. Mt 18, 15). O verbo usado para exprimir a correcção fraterna – elenchein – é o mesmo que indica a missão profética, própria dos cristãos, de denunciar uma geração que se faz condescendente com o mal (cf. Ef 5, 11). A tradição da Igreja enumera entre as obras espirituais de misericórdia a de «corrigir os que erram». É importante recuperar esta dimensão do amor cristão. Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há-de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. Diz o apóstolo Paulo: «Se porventura um homem for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi essa pessoa com espírito de mansidão, e tu olha para ti próprio, não estejas também tu a ser tentado» (Gl 6, 1). Neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correcção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade. É que «sete vezes cai o justo» (Prov 24, 16) – diz a Escritura –, e todos nós somos frágeis e imperfeitos (cf. 1 Jo 1, 8). Por isso, é um grande serviço ajudar, e deixar-se ajudar, a ler com verdade dentro de si mesmo, para melhorar a própria vida e seguir mais rectamente o caminho do Senhor. Há sempre necessidade de um olhar que ama e corrige, que conhece e reconhece, que discerne e perdoa (cf. Lc 22, 61), como fez, e faz, Deus com cada um de nós.
2. «Uns aos outros»: o dom da reciprocidade.

O facto de sermos o «guarda» dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma sociedade como a actual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que «leva à paz e à edificação mútua» (Rm 14, 19), favorecendo o «próximo no bem, em ordem à construção da comunidade» (Rm 15, 2), sem buscar «o próprio interesse, mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos» (1 Cor 10, 33). Esta recíproca correcção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da comunidade cristã.
Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paulo –, porque somos um e o mesmo corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e omnipotente, continua a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a acção do Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste (cf. Mt 5, 16).
3. «Para nos estimularmos ao amor e às boas obras»: caminhar juntos na santidade.

Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24) impele-nos a considerar a vocação universal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais elevados e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1 Cor 12, 31 – 13, 13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efectivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Prov 4, 18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo (cf. Ef 4, 13). É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.
Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de «pôr a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf. Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18). Os mestres espirituais lembram que, na vida de fé, quem não avança, recua. Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o convite, sempre actual, para tendermos à «medida alta da vida cristã» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31). A Igreja, na sua sabedoria, ao reconhecer e proclamar a bem-aventurança e a santidade de alguns cristãos exemplares, tem como finalidade também suscitar o desejo de imitar as suas virtudes. São Paulo exorta: «Adiantai-vos uns aos outros na mútua estima» (Rm 12, 10).
Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf. Heb 6, 10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.
Vaticano, 3 de Novembro de 2011
[Benedictus PP. XVI]

Dia mundial dos enfermos




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MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O XIX DIA MUNDIAL DO DOENTE 2011

«Pelas suas chagas fostes curados» (1 Pd 2, 24).
Queridos Irmãos e Irmãs!
Todos os anos, na memória da Bem-Aventurada Virgem de Lourdes, que se celebra a 11 de Fevereiro, a Igreja propõe o Dia Mundial do Doente. Esta circunstância, como quis o venerável João Paulo ii, torna-se ocasião propícia para reflectir sobre o mistério do sofrimento e, sobretudo, para tornar as nossas comunidades e a sociedade civil mais sensíveis aos irmãos e irmãs doentes. Se todos os homens são nossos irmãos, aquele que é débil, sofredor ou necessitado de cuidado deve estar mais no centro da nossa atenção, para que nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado; com efeito «a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre. Isto vale tanto para o indivíduo como para a sociedade. Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a com-paixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido mesmo interiormente é uma sociedade cruel e desumana» (Carta enc. Spe salvi38). As iniciativas que serão promovidas nas diversas Dioceses, por ocasião deste Dia, sirvam de estímulo para tornar cada vez mais eficaz o cuidado para com os sofredores, também na perspectiva da celebração de modo solene, que terá lugar em 2013, no Santuário mariano de Altötting, na Alemanha.
1. Tenho ainda no coração o momento em que, durante a visita pastoral a Turim, pude deter-me em reflexão e oração diante do Santo Sudário, diante daquele rosto sofredor, que nos convida a meditar sobre Aquele que carregou sobre si a paixão do homem de todos os tempos e lugares, inclusive os nossos sofrimentos, as nossas dificuldades e os nossos pecados. Quantos fiéis, no curso da história, passaram diante daquele tecido sepulcral, que envolveu o corpo de um homem crucificado, que corresponde em tudo ao que os Evangelhos nos transmitem sobre a paixão e a morte de Jesus! Contemplá-lo é um convite a reflectir sobre quanto escreve São Pedro: «Pelas suas chagas fostes curados» (1 Pd 2, 24). O Filho de Deus sofreu, morreu, mas ressuscitou, e exactamente por isso aquelas chagas tornam-se o sinal da nossa redenção, do perdão e da reconciliação com o Pai; tornam-se, contudo, também um banco de prova para a fé dos discípulos e para a nossa fé: todas as vezes que o Senhor fala da sua paixão e morte, eles não compreendem, rejeitam, opõem-se. Para eles, como para nós, o sofrimento permanece sempre carregado de mistério, difícil de aceitar e suportar. Os dois discípulos de Emaús caminham tristes, devido aos acontecimentos daqueles dias em Jerusalém, e só quando o Ressuscitado percorre a estrada com eles, se abrem a uma visão nova (cf. Lc 24, 13-31). Também o apóstolo Tomé mostra a dificuldade em crer na via da paixão redentora: «Se eu não vir o sinal dos cravos nas suas mãos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei» (Jo 20, 25). Mas diante de Cristo que mostra as suas chagas, a sua resposta transforma-se numa comovedora profissão de fé: «Meu Senhor e meu Deus» (Jo 20, 28). O que antes era um obstáculo intransponível, porque sinal da aparente falência de Jesus, torna-se, no encontro com o Ressuscitado, a prova de um amor vitorioso: «Somente um Deus que nos ama a ponto de carregar sobre si as nossas feridas e a nossa dor, sobretudo a dor inocente, é digno de fé» (Mensagem Urbi et Orbi, Páscoa de 2007).
2. Queridos doentes e sofredores, é justamente através das chagas de Cristo que podemos ver, com olhos de esperança, todos os males que afligem a humanidade. Ressuscitando, o Senhor não tirou o sofrimento e o mal do mundo, mas extirpou-os pela raiz. À prepotência do Mal opôs a omnipotência do seu Amor. Indicou-nos então, que o caminho da paz e da alegria é o Amor: «Como Eu vos amei, vós também vos deveis amar uns aos outros» (Jo 13, 34). Cristo, vencedor da morte, está vivo no meio de nós E enquanto com São Tomé dizemos também: «Meu Senhor e meu Deus», seguimos o nosso Mestre na disponibilidade a prodigalizar a vida pelos nossos irmãos (cf. 1 Jo 3, 16), tornando-nos mensageiros de uma alegria que não teme a dor, a alegria da Ressurreição.
São Bernardo afirma: «Deus não pode padecer, mas pode compadecer». Deus, a Verdade e o Amor em pessoa, quis sofrer por nós e connosco; fez-se homem para poder com-padecer com o homem, de modo real, em carne e sangue. Em cada sofrimento humano, portanto, entrou Aquele que partilha o sofrimento e a suportação; em cada sofrimento difunde-se a con-solatio, a consolação do amor partícipe de Deus para fazer surgir a estrela da esperança (cf. Carta enc. Spe salvi, 39).
A vós, queridos irmãos e irmãs, repito esta mensagem, para que sejais suas testemunhas através do vosso sofrimento, da vossa vida e da vossa fé.
3. Considerando o encontro de Madrid, no mês de Agosto de 2011, para a Jornada Mundial da Juventude, gostaria de dirigir também um pensamento especial aos jovens, especialmente aos que vivem a experiência da doença. Com frequência a Paixão e a Cruz de Jesus causam medo, porque parecem ser a negação da vida. Na realidade, é exactamente o contrário! A Cruz é o «sim» de Deus ao homem, a expressão mais elevada e intensa do seu amor e a fonte da qual brota a vida eterna. Do Coração trespassado de Jesus brotou esta vida divina. Só Ele é capaz de libertar o mundo do mal e de fazer crescer o seu Reino de justiça, de paz e de amor ao qual todos aspiramos (cf. Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude de 20113). Queridos jovens, aprendei a «ver» e a «encontrar» Jesus na Eucaristia, onde Ele está presente de modo real para nós, até se fazer alimento para o caminho, mas sabei reconhecê-lo e servi-lo também nos pobres, nos doentes, nos irmãos sofredores e em dificuldade, que precisam da vossa ajuda (cf. ibid., 4).
A todos vós jovens, doentes e sadios, repito o convite a criar pontes de amor e solidariedade, para que ninguém se sinta sozinho, mas próximo de Deus e parte da grande família dos seus filhos (cf.Audiência geral, 15 de Novembro de 2006).
4. Ao comtemplar as chagas de Jesus o nosso olhar dirige-se ao seu Sacratíssimo Coração, no qual se manifesta em sumo grau o amor de Deus. O Sagrado Coração é Cristo crucificado, com o lado aberto pela lança, do qual brotam sangue e água (cf. Jo 19, 34), «símbolo dos sacramentos da Igreja, para que todos os homens, atraídos pelo Coração do Salvador, bebam com alegria na fonte perene da salvação» (Missal Romano, Prefácio da Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus). Especialmente vós, queridos doentes, sentis a proximidade deste Coração cheio de amor e bebeis com fé e alegria de tal fonte, rezando: «Água do lado de Cristo, lava-me. Paixão de Cristo, fortalece-me. Oh, bom Jesus, ouve-me. Nas tuas chagas, esconde-me» (Oração de Santo Inácio de Loyola).
5. Na conclusão desta minha Mensagem para o próximo Dia Mundial do Doente, desejo exprimir o meu afecto a todos e a cada um, sentindo-me partícipe dos sofrimentos e das esperanças que viveis quotidianamente em união com Cristo crucificado e ressuscitado, para que vos conceda a paz e a cura do coração. Juntamente com Ele ao vosso lado vigie a Virgem Maria, que invocamos com confiança como Saúde dos enfermos Consoladora dos sofredores. Aos pés da Cruz realiza-se para Ela a profecia de Simeão: o seu Coração de Mãe é trespassado (cf. Lc 2, 35). Do abismo da sua dor, participação no sofrimento do Filho, Maria tornou-se capaz de assumir a nova missão: tornar-se a Mãe de Cristo nos seus membros. Na hora da Cruz, Jesus apresenta-lhe cada um dos seus discípulos, dizendo-lhe: «Eis o teu filho» (cf. Jo 19, 26-27). A compaixão materna para com o Filho torna-se compaixão materna para cada um de nós nos nossos sofrimentos quotidianos (cf. Homilia em Lourdes, 15 de Setembro de 2008).
Queridos irmãos e irmãs, neste Dia Mundial do Doente, exorto também as Autoridades a fim de que invistam cada vez mais energias em estruturas médicas que sirvam de ajuda e apoio aos sofredores, sobretudo aos mais pobres e necessitados e, dirigindo o meu pensamento a todas as Dioceses, transmito uma saudação afectuosa aos Bispos, aos sacerdotes, às pessoas consagradas, aos seminaristas, aos agentes no campo da saúde, aos voluntários e a todos os que se dedicam com amor a cuidar e aliviar as chagas de cada irmão e irmã doente, nos hospitais ou casas de cura, nas famílias: nos rostos dos doentes sabei ver sempre o Rosto dos rostos: o de Cristo.
A todos garanto a minha recordação na oração, enquanto concedo a cada um a especial Bênção Apostólica.
Vaticano, 21 de Novembro de 2010.

BENEDICTUS PP. XVI

Mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial dos Enfermos 2012

Mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial dos Enfermos 2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Arte de Amar

A maior parte das pessoas vê no problema do amor, em primeiro lugar, o problema de ser amado, e não o problema da própria capacidade de amar.
Erich Fromm

Fim do mundo

Fim do mundo, e uma conversa para boi dormir.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A Igreja Católica e Missão


                         A IREJA CATOLICA NUNCA FUGIU DO COMINHO E DA MISSÃO.


A Igreja católica nasce do pensamento de Cristo. Ele pensou, quis e fundou a sua Igreja. É comum ouvirmos hoje, alguns falarem, até para justificar a sua conduta, que Jesus não fundou nenhuma Igreja. Jesus disse que  diabo é o pai da mentira. Dizer que jesus não fundou uma Igreja é negar a Palavra. É professar e divulgar uma mentira. Ao verificarmos no dicionário de língua portuguesa,  a palavra  MINHA, vamos encontrar o seguinte: pronome possessivo, forma feminina de meu. Quando Jesus disse: Pedro tu és pedra e sobre ti edificarei a MINHA Igreja, ou Jesus mentiu, ou a bíblia mentiu, ou quem afirma o contrario está mentindo. Até onde aprendi, o pronome meu e ou minha significa posse, pertença. Exemplo, minha casa é tudo para mim. Minha família é uma benção.  Minha Igreja foi edificada. Veja bem, o pronome meu / minha, significa unicamente, pertença. Não se pode negar o obvio. “Contra fato não há argumento”. Jesus tem uma Igreja sim. “As portas do inferno jamais prevalecerão contra ela”, aqui, temos uma profecia de Nosso Senhor. Quantas vezes, as portas do inferno querem sufocar a obra de Cristo!  Olha, se você não mudar de Igreja a sua vida não melhora. Ou a minha vida mudou depois que troquei de Igreja. Agora sim o pastor me chama pelo nome! Na Igreja católica o padre nem sabe o nome da gente!  Como pode exigir do presbítero que saiba, de cor, o nome de mais de dez mil fiéis? Padre não é computador, é gente. Pode ter  certeza, ele, o presbítero, sabe quem abandonou a Igreja de Cristo que está sob seu governo por ordem do Bispo. Ovelha ferida retorne ao redil. Quando era católico eu ia as missas mas não sentia nada. Agora sim eu sinto Jesus. A fé não depende de sentimento. O emocional não tem nada a ver com fé. A fé não depende de emoção. Emoção é uma  coisa e fé é outra bem diferente. Nos emocionamos num show, casamento, velório, nascimento de um filho, já disse Roberto Carlos, “são tantas as emoções”. A fé e uma virtude e um dom. Se precisamos de emoção para justificar a fé estamos perdidos. Quem não se emociona não tem fé?
     A igreja católica é predestinada antes, até mesmo, da criação do mundo. Ela não se desvia em nada daquilo que Cristo pediu. E Cristo Jesus age em conformidade com o Pai,
assim sendo, a Igreja é um designo de Deus. Nela congrega uma missão, a de fazer com que todos os povos conheça a verdade, e tome uma decisão, o de seguir ou não o Senhor. Que a todos seja dada a oportunidade de escolha. “Quem comigo não se ajunta se espalha”.
     A Igreja Católica nasce da boca de Cristo. “Sobre ti edificarei a minha Igreja”.  Esta expressão saiu da boca de Jesus. Ele a pronunciou. Assim falou. Assim disse. Afirmou e confirmou. É palavra de Cristo. “Edificarei”, ou seja, será construída  por Ele. Ele a edificará, no seu sangue derramado na cruz, prova maior de seu amor. O cordeiro imolado, congrega e salva todo o rebanho. A Igreja é o redil do Senhor. Ovelha ferida retorne ao redil. Deixa o Espirito Santo falar em seu coração, com sua voz calma e suave ele te conduz  pela mão. Não se disperse. “Atrairei todos a mim”.  Cada dia mais esta Igreja está sendo construída por Cristo, a pesar de nossas fraquezas. Que o rebanho possa atingir a pesar de sua fraqueza a fortaleza do Pastor.
     A Igreja católica nasce da ação de Cristo. Jesus passou fazendo o bem, curou os doentes, libertou os cativos, ressuscitou os mortos, multiplicou os pães saciando a fome da multidão. Na última ceia, assumiu a condição de escravo, lavando os pés dos Apóstolos. E disse a eles: “se assim fiz, fazei vós o mesmo”. Assim vemos que a Igreja é a fiel serva de Cristo, obediente ao seu fundador, na sua essência, nunca se desvia do caminho e da missão a ela confiada pelo seu fundador. Todas as vezes que praticamos o bem somos a Igreja de Cristo, ela é  casa do bom samaritano.
    Santo Agostinho diz que Deus permite que alguns abandone a Igreja para purificar a qualidade da fé daqueles vão permanecer nela até o fim. Só assim para entender o porque de alguns que eram tão fieis terem abandonado o rebanho do senhor. Temos de rezar por eles sempre. São nossos irmãos separados. Que um dia possamos estar todos juntos na casa do Pai na eternidade. “Na casa de meu Pai há muitas moradas se não fosse assim eu vos teria dito”. Quando visitamos a casa de alguém verdadeiramente católico, sentimos ali, um odor de santidade. Os símbolos da fé logo se destacam, a cruz, a imagem de um santo de devoção popular, um terço que indica e aponta  que naquela casa a mãe de Jesus e rainha dos Apóstolos jamais será excluída e para completar, a paz verdadeira reina nesta casa, nunca falta o pão de cada dia mesmo sendo pobres. “O Filho do Homem não tem ode se quer reclinar a cabeça”.
     A teologia da prosperidade, deveria ser banida. O pobre para ela é um maldito, o rico é um abençoado, os bens confirmam a graça. Quem não possui bens é um desgraçado. Uma Igreja que pregue esta mentira com toda a certeza, não é a Igreja de Cristo. Muitos trocam de religião pensando com isso melhorar de vida, iludidos  com propostas de prosperidade. A prosperidade não vem e nem eles voltam mais as suas origens. Alguns perdem a fé por completo. “Bem aventurados os pobres porque deles é o reino dos céus”. “O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua alma”. Uma vida digna é direito de todos, mas isto só acontece com justiça social e não a toque de caixa de forma milagreira. A religião pode ajudar a medida que mude o coração dos homens, não há outro caminho. Quando alguém promete riquezas para você na Igreja dele, desconfie. O diabo também prometeu reinos a Jesus. E Nosso Senhor o expulsou.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

FÉ DOM DE DEUS

Deus permite que alguns duvidem, para afirmar ainda a fé dos que creem.

IGREJA SEG UNDO SANTO AGOSTINHO


                                           A IGREJA SEGUNDO SANTO AGOSTINHO

    “Eis que o Senhor, depois de sua ressurreição, aparece novamente aos discípulos. Interroga Pedro e o obriga a confessar três vezes seu amor, a ele que, por medo, três vezes o negara. Cristo ressuscitou na carne, e Pedro segundo o espírito; pois, enquanto o Senhor morria sofrendo, Pedro morria negando. Cristo Senhor ressuscitou dentre os mortos, e Pedro ressuscitou graças ao amor de Cristo para com ele. Àquele que agora o confessava, interrogou sobre seu amor, e lhe confiou suas ovelhas.(Jo 21,16.17).
      As ovelhas confiadas a Pedro é a sua Igreja. O rebanho, a Igreja de Cristo tem a sua frente alguém provado pelo Senhor. Três vezes negou, três vezes confirmou o seu amor. O Senhor nada mais pergunta, a não ser se o amava. Cristo não confia a Pedro coisa mais alguma senão o pastoreio de suas ovelhas”.   Sermões 295,2: Entre estes somente Pedro mereceu representar toda a Igreja. Por causa desta representação da Igreja, que somente ele conduziu, mereceu escutar "Eu te darei as chaves do reino dos Céus"
Carta 53, 2: Desta forma, se a linha sucessória dos apóstolos deve ser levada em consideração, com que maior certeza e benefício à Igreja devemos retornar até alcançar o próprio Pedro, a quem,como uma figura que comporta toda a Igreja, o Senhor disse "Sobre esta pedra edificarei e minha Igreja, e os portões do inferno não prevalecerão contra ela.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A fonte que jorra para a vida eterna nunca seca, é Jesus, fonte de água viva.


          EPOCA APOSTOLICA.
     Num segundo momento de expansão do cristianismo, temos em Jerusalém a época apostólica de 44 a 67.    Neste período predomina  a  figura de Tiago, Pedro e João               ( Gl  2,9).  Surge neste período os anciãos e os presbíteros. A tarefa deles era: Administrar os bens da Igreja e interpretar a lei de Deus.  ( At  11,29-30 )
     Na primeira metade do segundo século,  o bispo aparece rodeado por um conselho de presbítero e diáconos, como acontece ainda hoje. O primeiro modelo, feito pelos apóstolos, esta presente na Igreja católica. Por isso temos o Bispo, o presbítero e o diácono. Só lembrando, o Santo Padre o Papa é o bispo de Roma. Embora, o seu governo é para toda a Igreja e  a Igreja toda.  Nesta  época a estrutura dos ministérios começa a se espalhar, chegando até hoje na Igreja, tanto do Oriente quanto do Ocidente. Em cada Igreja local estabelecerá um bispo, um conselho ou um colégio de presbítero  e alguns diáconos,  mais tardiamente a serviço do Bispo. Os outros ministérios das primeiras comunidades desaparecerão rapidamente.

DIACONO.
     O diaconato é um ministério presente na igreja desde a sua origem, o primeiro mártir da Igreja foi um diácono. Santo Estevão. Celebramos a sua festa no dia 26 de dezembro.

     A ORIGEM DOS MINISTÉRIOS NA IGREJA DE CRISTO

          O conceito de ministério na Igreja  (diaconia  =  serviço ), caracteriza globalmente todos os serviços numa comunidade fundada em torno de cristo e sua Igreja  (Grelot, Pierre, Eglise et ministéries ). Provem do serviço a palavra e a missão. São dons do Espírito Santo à Igreja.  Os ministérios não acontecem por decreto, de cima para baixo, é gerado no meio do povo. São dons de Deus postos em pratica na comunidade  ( Jose Comblin, O Futuro dos Ministérios , Edt Vozes ).
     Toda Igreja é ministerial.  Todos os batizados tem o direito de exercer, a seu modo, segundo o carisma, um trabalho na Igreja, sempre em sintonia com o seu bispo e seu pároco, nunca em desacordo com eles. Em tudo haja unidade, sem unidade  nada prospera , nada se  edifica, nada constrói.
     Os ministérios  tiveram sua origem nas primeira comunidades cristãs.  Após ascensão de Jesus, um  pequeno rupo se reúne em torno dos “doze”, em meio as perseguições  e ao martírio, anunciam a ressurreição de cristo.  Após a morte de Estevão e de Tiago não se fala mais no ministério dos  “doze”. A função dos “doze”  era:  pregar o evangelho e dirigir a comunidade ( At  2,29-36 ).  No inicio toda a comunidade estava nas mão deles, na medida que a comunidade ia crescendo, repartiam as funções. Em At 6,1-14, temos a escolha dos  sete eleitos pela comunidade. Os diáconos cuidavam da assistência  às viúvas e aos órfãos serviam as mesas  e dirigiam as comunidades. Na Igreja do rito Maronita,  a função do diácono é superior ao presbítero. É o diácono que coordena a comunidade, como acontecia nas primeiras comunidades cristãs. O governo da diocese, claro, é do bispo, mas a paróquia compete ao diácono. 
        O  diaconato  é o primeiro ministério instituído  na Igreja, pelos apóstolo   (  Fl  1.1;  1Tm 3,8 ).


                                            BISPO, PRESBÍTERO E DIÁCONO.

   
    Bispo.
     Os bispos são os legítimos sucessores dos apóstolos.  Jesus escolheu os apóstolos um por um os instrui e os enviou pelo mundo a pregar a boa nova do reino de Deus. ( Mc  3,13-19;  Mt  10,1-42 ) Jesus está na sua Igreja com seus apóstolos, e ficará com eles até o fim do mundo .  “Foi- me dado todo o poder no céu e na terra.  Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo, ensinando-as  a observar tudo quanto vos mandei. E eis que estou convosco até o fim do mundo”. Os sucessores  dos apóstolos são os bispo da Igreja católica.  “Cuidai de vos mesmos e de todo o rebanho o qual o espírito Santo vos constituiu bispos para pastorear a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o seu próprio sangue”.  ( At  20,28;  1Tm 5,23;  2Tm  4,6).
Presbíteros.
     Os sacerdotes   ( presbíteros ), junto como bispo, participam, embora em grau diferente, do mesmo e único sacerdócio de Cristo.
DIACONO.
     O diaconato é um ministério presente na igreja desde a sua origem, o primeiro mártir da Igreja foi um diácono. Santo Estevão. Celebramos a sua festa no dia 26 de dezembro


FÉ CATÓLICA E APOSTOLICA.
     A nossa fé é uma fé de qualidade, ou seja,  católica e apostólica. Os bispos da igreja católica,  são os legítimos sucessores dos apóstolos. Todos os sacramentos celebrados na Igreja é uma ação apostólica. Ou seja,  é conferido ou ministrado por ordem do bispo, legitimo sucessor dos apóstolos. Por isso tem validade. O presbítero, o padre ao celebra-lo, o faz por ordem do bispo. Sem a ordem não há validade. É nulo  qualquer sacramento celebrado ou seja conferido sem a ordem  dos sucessores dos apóstolos. Tudo tem a sua Raiz em Pedro. Se o ramo não permanece na videira, não pode produzir frutos. Todo ramo cortado seca,  e morre. Esta ordem não pode ser usurpada. Ou seja apropriar-se dela. Todo poder usurpado é falso e enganador, não condiz com a verdade.
     Jesus age em conformidade com o Pai. “Eu e o Pai somos um”.  A Igreja católica age em conformidade com Cristo. A Igreja é una em Cristo.  Por Cristo com Cristo e em Cristo.  Nenhum presbítero pode exercer de forma válida o ministério sem  comunhão com o seu Bispo. O bispo governa a Igreja o presbítero participa deste governo por ordem do bispo. Na verdade, todo o batizado em nome  cristo é membro da Igreja, cuja caça é Cristo. O leigo é Igreja, nós, presbíteros prestamos um serviço na Igreja não somos nada ,somos apenas servidores.  Quem tudo concede,  é Cristo.  “Somos, na  verdade, servos inúteis. Fazemos oque devemos fazer”. Todo batizado  possui  os três múnus, Sacerdote,  Profeta e Rei. Cristo possui os três múnus , o cristão deve ser um outro Cristo na terra, “já não sou eu que vivo mas Cristo que vive em mim”, “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”.  ( Jo  6,54  )
“Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus” (Rm 12, 1).  Ser hóstia viva eis o nosso desafio. Aparece aqui também um convite a santidade.  Ser Santo é ser alguém separado do mal.  Sede santo, como vosso Pai celeste é Santo. A Igreja de Cristo é Santa. Os  Apóstolos,  receberam de Jesus o dom da santidade.   “Jesus soprou sobre  eles, dizendo: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes  os  pecados, lhes serão perdoados”  ( Jo 20,22,23 ) A Igreja é Santa em seu fundador, em seus meios, em seu fins, em sua doutrina e em seus membros.  O católico precisa tomar consciência desta verdade. Cristo santifica o mundo através de sua Igreja.
Ela, a Igreja é fermento de santidade. Por isso o mundo a rejeita e a persegue.  “Não vos conformeis   ao mundo”. Cada membro da Igreja é uma ovelha do rebanho do senhor, chamado a   santidade.  Isto não se dará sem sacrifício. “O cordeiro foi  imolado”. As ovelhas que fogem e procura outras pastagens não se alimenta da verdadeira comida e da verdadeira bebida, tem uma saciedade ilusória. Terá sempre uma sensação de vazio. “A quem iremos Senhor”.   “Só tu tens palavras de vida eterna”. Ovelha ferida retorne ao redil.  Quando Jesus disse: “Minha carne e verdadeira comida, meu sangue é verdadeira bebida”, muitos nesta hora, abandonaram o senhor, dizendo:  “Esta palavra é dura demais”. Jesus olhou para os seu apóstolos  e disse:  “Vocês também querem  ir embora?”. Nesta hora  o  Apostolo Pedro disse: “Aquém iremos  senhor, só tu tens palavra de vida eterna”.
     Todo ser humano é por natureza um ser religioso. Tem sede de Deus. Toda historia do povo de Israel se  desenvolve num contexto religioso . Abrão, nosso pai na fé sai de sua terra e vai, peregrino  entrega a sua vida ao designo  de Deus. “tornar-se-á   Pai de uma grande multidão, tão numerosa como as estrelas do céu tão numeroso como a areia do mar. 
     Jesus é mais que Abrão,  Abrão construiu um povo, o povo da promessa.  Jesus, o filho de Deus veio a este mundo para salvar todas  as gentes que compõe esse povo.
Ele é o novo Moises, o verdadeiro libertador, que nos conduz não mais há uma libertação terrena, mas plena, total, definitiva. Nos liberta da morte eterna.  Nos  conduz  ao céu.  “Na casa de meu Pai há muitas moradas”.
     Para que os meios de  salvação  chegassem a todas as gentes, Jesus construiu uma obra que ficará aqui na terra até o fim dos tempo, esta obra é a sua Igreja.  “Pedro tu és pedra e sobre ti edificarei   a  minha Igreja”. Esta Igreja, como já vimos é organizado pelo Senhor, e governada pelo Espirito Santo, na pessoa  do santo Padre o Papa e os Bispos,  legítimos sucessores  dos  apóstolos. Oque não é legitimo não contem e nem transmite a seiva da verdadeira libertação.  “Eu sou a videira verdadeira” ( Jo  15,1 ).




JESUS FUNDOU UMA SÓ IGREJA: UMA SÓ DOUTRINA, UM SÓ CULTO,UM SÓ GOVERNO.

     Uma só doutrina:
     “Quem não esta comigo é contra mim”. ( Mt 12,30 )
    “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e pai de todos”  ( Ef  43,6 )
     Jesus reza ao Pai para que os apóstolos e futuros cristãos sejam sempre unidos. A unidade de fé deve ser um sinal de sua Igreja  diante do mundo:
     Não rogo apenas por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como Tu, Pai, estas em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste”. ( Jo 17,20-21 )
     Os apóstolos não admitiam doutrinas diferentes, que dividem. Neste ponto usam uma  severidade  impressionante . Jesus ensinou uma só doutrina; quem ensinar uma doutrina diferente, que seja afastado, excluído  da Igreja:   “Recomendo-vos, irmãos que tomeis cuidado com os que produzem divisões contra a doutrina que aprendestes.
Afastai-vos,  deles”. ( Rm  16,17 ).  “Se alguém vos anunciar um Evangelho diferente, seja execrado, isto é, seja excomungado”  ( Gl  1,7-9 )

Unidade de Culto:
“Porque há um só pão, um só corpo somos nós, embora muitos, visto participar todos  do único pão”  ( 1Cr  10,17 )
Unidade de governo:
“Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil.  Estas tenho de reunir, e elas ouvirão a minha voz. Então haverá um só rebanho e um só pastor”  ( Jo  10,16; Mt  16,15-16  ). “Irmão, conjuro-vos que sejais sempre perfeitamente unidos, num só sentimento e num mesmo pensar”  ( 1,Cr 1,10 ).

     Podemos  perceber nestes relatos bíblicos a preocupação de Jesus e dos apóstolos , com a unidade da Igreja. Jesus fundou uma só Igreja e a esta entregou a sua mensagem para ser anunciada ao mundo. Esta mensagem não pode sofrer alterações, ou adulterações. A igreja de Jesus é uma, a doutrina é uma só, a autoridade é uma só.  “Um só rebanho e um só pastor”.  Ovelha ferida retorne ao redil. Enxugue sua lágrimas perdoe quem te feriu. Na casa do Pai há muitas moradas, aqui também é seu lugar.
JESUS É O ÚNICO FILHO DE MARIA Maria foi virgem ante e depois do parto. Esta verdade é ensinada na Igreja desde o início do cristianismo, se encontra na Bíblia e na Tradição. Foi definida pelo V Concilio de Constantinopla, 553. Maria é a criatura mais perfeita pura e sublime. Porque Jesus esco-lheu sua mãe antes de nascer entre nós, é claro que a escolheu perfeita, santa e imacu-lada. Há muitos que não gostam destas verdades lindas, por isso procuram por todos os meios rebaixar Maria. Mas não conseguem. O gesto de Jesus é sublime demais em escolher uma mãe sublime. A final, Ele merecia uma mãe perfeita. MARIA TEVE UM SÓ FILHO. Os que dizem que Maria teve outros filhos se baseiam nestas palavras de Marcos: “Por acaso, não é ele o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? ( Mc 6,3 ). E também em Lc 8,19 . Explicação: A palavra irmão aqui, tem o significado de primo ou parente próximo, pois a língua hebraica não possui a palavra primo. No lugar de primo ou parente próxi-mo aparece sempre a palavra irmão. Depois de conhecermos estas verdades, mais nos alegramos em pertencer a Igreja de Cristo. Alguém pode imaginar Jesus expulsando a sua mão de sua casa, jamais Ele faria isso. Pelo contrario, daria a ela um luar de destaque, para nós católicos Maria é a rainha da Igreja. A mãe do Rei só pode ser Rainha. Maria disse: “Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada” ( Lc 1,48 ). “O poderoso fez em mim grandes coisas, santo é o seu nome” ( Lc 1,49 ). Isto aqui é bíblico, romper com estas palavras ,distorcendo-as a gosto do freguês é pecar contra o Espirito, toda palavra é inspirada. O pecado contra o Espirito Santo não tem perdão. A nossa Igreja tem Pai, mãe e filho. Explicando: Deus é Pai de Jesus, Jesus é filho de Deus e filho de Maria, Maria Santíssima é também mãe da Igreja por isso ela é nossa mãe. Quem duvida de Maria, de sua santidade e de sua coparticipação no plano de Deus é com Adão que perdeu o paraíso. Maria é a nova Eva. Eva disse não a Deus, e Maria SIM. Do seu sim a humanidade pode ver o rosto de Deus. Do seu sim brotou a esperança e chegou para toda a humanidade o cumprimento das profecias. “Da cepa brotou a rama, da rama brotou a flor da flor nasceu Maria e de Maria o Salvador”. Este verso que também é bíblico, nos remete ao tronco de Jesse. As profecias bíblicas falam de Maria. “Ave Maria cheia de graça o senhor é convosco, Bendita sois voz entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria mãe de Deus rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amem”. Reze esta oração todos os dias, e terás o céu dentro de ti. Com certeza, nesta hora Jesus estará sorrindo para você. Qual filho não se sente bem vendo sua mãe sendo homenageada e qual filho não se sentiria mal vendo sua mãe sendo maltratada e humilhada.
A VIRGEM MARIA É MÃE DE JESUS, E MÃE DE DEUS. A Santa Igreja Católica sempre tributou a Maria uma veneração, uma imitação, um amor muito especial, desde o início do cristianismo. O motivo é que ela é mãe de Jesus, o filho de Deus e nosso Salvador. PARA ESCLARECER Pontos doutrinários: Jesus cristo é o único salvador e redentor. Jesus é filho de Deus, igual ao Pai e ao Espírito Santo na natureza. A Jesus devemos o culto máximo de adora-ção. Em relação a Maria: Maria é uma criatura como nós criada por Deus. A Maria não de-vemos culto de adoração, mas veneração, amor e imitação. Maria é mãe de Jesus, Mão de Deus, porque Jesus é Deus: Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O filho, eterno como o pai e o espirito Santo, por vontade do Pai se encarna para salvar a humanidade. Encarnação do Filho de Deus: A divindade do Filho de Deus se uniu a humanidade no seio de Maria, e esta por obra do Espirito Santo, deu a luz a pessoa de Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. Maria, então, sendo mãe de Jesus Cristo e este sendo homem e Deus, é mãe doo Filho de Deus feito homem.
REZAR A DEUS POR MEIO DOS SANTOS E DA VIRGEM MARIA Maria, os apóstolos, os santos são amigos de Deus e nossos irmãos; por isso pode-mos contar com sua intercessão no céu. No céu, eles os santos, são nossos intercessores. Há muitos exemplos disso na bíblia: Conferir: (1Sm 7,8; Ecl 44,1-2; 1Rs 18,7). Maria, em Cana da Galileia, pediu em favor dos noivos. E Jesus realizou o seu pri-meiro milagre em atenção a sua mãe ( Jo 2,1-12 ). O mesmo Lutero, pai dos protestante, dizia: “Ninguém nunca se esqueça de invocar a virgem Maria e os santos pois eles podem interceder por nós” ( Prep. ad mortem ). Pedro, em nome de Jesus, realizou muitos milagres ( At. 3,8 ). S. Paulo diz: “É bom rezar uns pelos outros e isto é agradável aos olhos de Deus” (1Tm 2,1-3; Ef 6,18-19 ).
DEUS MANDA FAZER IMAGENS Quando as imagens não são para serem colocadas no lugar de Deus, isto é, quando as imagens não são para serem adoradas, então o mesmo Deus as manda fazer. E muitas. “O senhor disse a Moises: farás dois querubins de ouro. Estes querubins terão suas asas estendidas para o alto e com suas asas protegerão a tampa da Arca da Aliança. E ali eu virei ter contigo” ( Ez 25,18-22 ) Veja, que o mesmo Deus que proíbe adorar imagens também manda fazer imagens. Será que a bíblia está errada? Ou falta parafusos em nossas cabeças para compreender melhor a Bíblia? “Dentro do santíssimo foram postos dois querubins de madeira” ( 1Rs 6,29 ). “Todas as paredes do Templo em redor eram entalhadas com figura de querubins e palmas”. ( 1Rs 6,29 ) “O Senhor disse a Moisés: fazei uma serpente de bronze...” ( Nm 21,8; Ez 41,18 ) Como se vê, Deus não proibiu fazer imagens, pois ele mesmo as mandou fazer. Deus proibiu fazer imagens de ídolos, isto é falso deuses e a eles presar culto de adoração, a saber, considera-los como criadores do mondo. As imagens de Maria, dos santos, como também os monumentos dos heróis nacionais, não são ídolos, mas retratos de pessoas que se destacaram na fé em Cristo e na amor ao próximo e que nós devemos imita-los

CARIDADE E AMOR

Fazer o bem na medida certa é ser bom e justo, ultrapassar, transbordar a medida é caridade e amor.

Ovelha Ferida

http://www.youtube.com/watch?v=QUZUd6AUssg&feature=g-all-u&context=G2db1a7eFAAAAAAAAJAA

CATEQUESE

Catequese, tempo oportuno de preparar nossas crianças as verdades divinas, que norteia toda existência humana.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

1º. - São Pedro - Mártir -(Simão, filho de Jonas); Galiléia; c A INFALIBILIDADE DO PAPA. Os não católicos não compreendem esta doutrina, da infalibilidade, ou seja o Papa e´ Infalível. Confundem com impecabilidade. O papa é infalível, ou seja não pode errar, quando ensina uma verdade de fé e de moral. Ao definir uma verdade de fé não está inventando uma nova doutrina. Confirma uma verdade que está contida na Palavra de Deus. O Papa é infalível e não pode errar, quando: 1º ) Fala ex cathedra, ou seja, fala como pastor supremo e mestre supremo para toda a Igreja. 2º ) Quando decide ou define uma doutrina de fé ou moral para todos os fieis. O papa tem a assistência direta do Espírito Santo. O Papa jamais poderá ensinar um erro. Ele é a roxa na qual Cristo edificou a sua Igreja. Cristo deu a Pedro e seus sucessores amplos poderes, de ligar e desligar. “Tudo oque ligares na erra será ligado no céu ( Mt 16,18 ). Deus aprova tudo oque Pedro e seu legítimos sucessores ensinarem neste mundo. Eles não podem ensinar o erro. Quando Jesus disse, tudo oque ligares na terra estará ligado no céu, estava dizendo que Pedro era o seu legítimo representante na terra. Deu a ele a missão de apascentar o seu rebanho, “apascente as minhas ovelhas”. Ovelhas sem Pedro, sem o Santo Padre o Papa é ovelha sem pastor, prestes a serem devoradas pelos lobos. Cristo rezou por São Pedro, para que sua fé fosse firme e assim pudesse confirmar na fé a sua Igreja. “Eu, porem, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça”. Em relação a Igreja de Cristo e suas autoridades por ele constituído, os sacramen-tos nela gerado, ninguém melhor que Santo Tomas de Aquino para nos orientar. No seu livro “Suma Teológica Contra os Gentios”, no capitulo LXXIV tratando sabre o sacramento da ordem nos faz ver que a Igreja católica para melhor conformar com os ensinamentos de Nosso Senhor desde seu início rege seu governo de forma ordenada. Com seus ministérios instituídos a Igreja comunica o evangelho de Cristo. Nela está presente todos os elementos de salvação. A Igreja de cristo é completa. Por isso afirma alguns Santos que “fora da Igreja Católica não há salvação”. Na verdade, nela foi colocado por Cristo todos os elementos de salvação. É bom lembrar, que os demais cristãos e não cristãos, pertencentes a outras Igrejas ou denominações religiosas também alcançarão a graça da salvação em Cristo. Nosso Senhor disse “ eu vim para que todos tenham vida”. Acredito que a salvação em Cristo para toda a humanidade passe pela catolicidade da fé. A fé de Abraão. Transcrevo o capítulo LXXIV, que discorre sobre este tema, para vermos quão profun-do é Santo Tomas e o quanto nos esclarece. Capitulo LXXIV Sobre o sacramento da ordem “Em todos os sacramentos que foram por nós tratados, a graça espiritual é conferida pelo sacramento constituído de coisas visíveis. Ora, toda ação deve ser proporcionada ao agente. Por isso é necessário que a dispensação dos referidos sacramentos seja feitos por homens visíveis com poder espiritual. Com efeito não cabe aos anjos dispensarem os sacramentos, mas a homens revestido de carne visível. Por isso diz o Apostolo: Todo pontífice, tirado de entre os homens, é constituído para as coisas que são de Deus ( Hb 5,1 ) 2. A razão disso pode ser encontrada ainda em outro fundamento. Ora o princípio e a virtude dos sacramentos vem de Cristo, pois de Cristo diz o Apóstolo: Cristo amo sua Igreja e se entregou por ela, para santifica-la, purificando-a na pia batismal com a palavra da vida ( Ef 5,25 ). É também sabido que Cristo deu na Ceia o Sacramento do seu corpo e do seu sangue, instituindo para ser usado, e ambos são os principais sacramentos. Mas, como Cristo iria retirar da Igreja a sua presença corpórea, foi necessário instituir a outros como seus ministros para distribuírem aos fiéis os sacramentos segundo a palavra do Apostolo: Os homens nos considerem como ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus ( 1 Cor 4,1 ) por isso, confiou aos discípulos a consagração do seu corpo e de seu sangue dizendo: Fazei isto em memória de mim ( Lc 22,19 ); e deu-lhes o poder de perdoar os pecados, segundo se lê: A quem perdoar-lhes os pecados, ser-lhes-ão perdoados ( Jo 20,23 ); e outorgou-lhes o oficio de ensinar e batizar, segundo lê: Ide, e ensinai todos os povos, batizando-os ( Mt ( 28,19 ). Ora, o ministro está para o senhor como o instrumento para o agente principal; pois como o agente move o instrumento para alguma operação, o ministro também é movido pela ordem do senhor para executar alguma coisa. Ademais o instrumento deve estar proporcionada ao agente. Por isso, é conveniente os ministros de Cristo estarem conformados com Cristo. Ora, Cristo sendo Senhor, por sua autoridade e virtude, operou a nossa salvação, enquanto Deus e homem. É assim, enquanto homem, suportou a paixão para a nossa redenção e, enquanto Deus, sua paixão nos trouxe a salvação. Por esse motivo é conveniente que os ministros de Cristo sejam homens e participem da sua divindade com poder espiritual, como também o instrumento participa da virtude do agente principal. Refere-se o Apostolo a esse poder dizendo: O Senhor lhes deu poder para a edificação, e não para a destruição. ( 2Cor 13,10 ). 3. Porém, não se há de pensar que Cristo deu esse poder aos discípulos para não ser estendido a outros, pois lhes foi dado segundo a palavra do Apóstolo, para a edificação da Igreja. Por isso, esse poder deverá ser perpetuado no tempo necessário para a edificação da Igreja. Ora, isso foi necessário acontecer até desde a morte de Cristo até o fim dos séculos. E, desse modo, foi conferido o poder espiritual aos discípulos , para que mediante eles, chegasse a outros. Também, por esse motivo o senhor dirigia-se aos discípulos como se estivesse dirigindo a outros fieis, como se depreende destes textos: O que vos digo, digo a todos. ( Mc 13,17 ); Eis que estarei convosco até a consumação dos séculos ( Mt 28,20 ) 4. Por conseguinte, como esse poder espiritual vem de Cristo e se estende aos minis-tros da Igreja, e como os efeitos espirituais derivam de Cristo e se estende a nos mediante sinais sensíveis, como se depreende do que acima foi dito, também foi conveniente que esse poder fosse conferidos aos homens mediante certos sinais sensíveis. E tais são certas fórmulas verbais e determinadas ações, como sejam, imposição das mãos, unção, entrega do livro ou do cálice, ou coisas semelhantes que pertencem a execução do poder do poder espiritual. Ora, sempre que uma coisa espiritual é entregue mediante um sinal sensível, a isso se chama sacramento. É, pois, manifesto que na colocação do poder espiritual realiza-se algum sacramento, que será chamado de sacramento da Ordem. 5. No entanto, pertence a liberdade divina que, ao conferir a alguém o poder de reali-zar alguma coisa, também seja conferidas as coisas sem as quais a operação não se reali-za. Ora, administração dos sacramentos aos quais se ordena aos quais se ordena o poder espiritual não se efetua convenientemente sem que a pessoa seja para tal auxiliada pela graça divina. Por isso, como nos demais sacramentos, neste é conferida a graça. 6. Como o poder da Ordem destina-se a distribuição dos sacramentos, e como o sa-cramento da eucaristia é, entre os demais sacramentos, o mais nobre, e consumativo, como se depreende do que foi acima dito, é conveniente que o poder da Ordem seja principalmente referido a este sacramento, pois cada coisa é denominada pelo seu fim. 7. Mas parece ser próprio do mesmo poder conferir alguma perfeição, preparar a matéria para a sua recepção, como por exemplo, o fogo que tem a virtude de transferir a sua forma para outro e de dispor a matéria para a recepção da forma. Ora, como o poder da Ordem se estende a realização do sacramento do corpo de Cristo e a sua entrega aos fiéis, é conveniente que este mesmo poder se também se estenda a fazer os fiéis aptos e preparados para receberem este sacramento. Por isso, é também conveniente que o sacramento da Ordem se estenda a remissão dos pecados pela distribuição dos ouros sacramentos que se destine a remissão dos pecados, quis sejam o Batismo e a Penitência, como se depreende do que foi dito acima. Com efeito, foi dito acima, o senhor deu aos discípulos, aos quais confiou a consagração do seu corpo, também o poder de perdoar os pecados. Esse poder é significado pelas chaves, a respeito das quais Cristo disse a Pedro: Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus ( Mt 16,19 ). Ora, o céu é aberto e fechado a cada um quando alguém se submente ao pecado ou é purificado do pecado. Por isso, diz-se que essas chaves ligam ou desligam, isto é, dos pecados”. Quantos desconhecem esta arguição de Santo Tomaz sobre o sacramento da Or-dem? Quantos navegam por mares revoltos rompidos coma fé católica por não ter esta ciência. Por desconhecê-la. A teologia do sacramento da ordem feita por este doutor da Igreja, nos interpela. Exorta-nos. Enche-nos de satisfação. Isto só acontece na Igreja de Cristo. A filosofia da desconstrução, muito comum hoje, quer com argumentos falaciosos, destruir estes pilares da fé católica. Atacando os padres, desinformando sabre os sacra-mentos, querendo desta forma, minar as bases da Igreja de Cristo. Acredito que os presbíteros de nossa Igreja também deveriam aprofundar este assunto, em retiros ou cursos de formação permanente. Também, nós presbíteros, devido a tantos trabalhos que sugam as nossas forças, nossas energias, precisamos “beber do próprio poço”. Fonte que jorra para avida eterna. O presbítero precisa beber da água viva, a mesma que ele oferece ao rebanho. Assim, fortalecido, defenderá o rebanho de Cristo a ele confiado das matilhas que atacam as ovelhas. O lobo escolhe a ovelha mais fraca, frágil. O presbítero deve estar atento armado com o cajado do conhecimento forjado pelos Santos da Igreja. A fé dos místicos, sua experiências, suas orações, fortalece nossa caminhada e também do rebanho do Senhor. São Clemente, São Policarpo, São Gregório, Santo Augustinho, São Francisco de Assis, São Boaventura, Santo Tomás de Aquino, Santo Inácio, Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz, Santa Terezinha do Menino Jesus e tantos outros, que deram grandes contribuições na construção da cultura religiosa católica. Quantos mártires derramaram o seu sangue, defendendo a fé crista na Igreja Católica , segue um relato do martírio de São Policarpo. Martírio de São Policarpo [+250]) INTRODUÇÃO A Igreja de Deus que vive como estrangeira em Esmirna, para a Igreja de Deus que vive como estrangeira em Filemon e para todas as comunidades da santa Igreja católica que vivem como estrangeira em todos os lugares. Que a misericórdia, a paz e o amor de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo sejam abundantes. CAPÍTULO I 1. Irmãos, nós vos escrevemos a respeito dos mártires e do bem-aventurado Policarpo, que fez a perseguição cessar, selando-a com seu martírio. Quase todos os acontecimen-tos se realizaram para que o Senhor nos mostrasse novamente um martírio segundo o Evangelho. 2. De fato, como o Senhor, ele esperou ser libertado, para que também nós nos tornás-semos seus imitadores, não olhando só para nós, mas também para o próximo. É próprio do amor verdadeiro e firme querer salvar não só a si mesmo, mas também a todos os irmãos. CAPÍTULO II 1. Felizes e generosos todos os mártires que surgem segundo a vontade de Deus. De fato, é necessário que tenhamos fé, para atribuir a Deus o poder sobre todas as coisas. 2. Quem não admiraria a generosidade deles, a perseverança e o amor ao Senhor? Dilacerados pelos flagelos a ponto de ser ver a constituição do corpo até as veias e artérias, permaneciam firmes, enquanto os presentes choravam de compaixão. A sua coragem chegou a tal ponto que nenhum deles disse uma palavra ou emitiu um gemido. Eles mostravam em seus corpos, mas que o Senhor, aí presente, conservava com eles. 3. Atentos à graça de Cristo, eles desprezavam as torturas deste mundo e adquiriram, em uma hora, a vida eterna. O fogo dos torturadores desumanos era frio para eles. De fato, tinham diante dos olhos escapar do (fogo) eterno, que jamais se extingue; com os olhos do coração olhavam os bens reservados à perseverança, bens que o ouvido não ouviu, nem o olho viu, nem o coração do homem sonhou, mostrados pelo Senhor àqueles que não que não eram mais homens, mas que já eram anjos. 4. Do mesmo modo, os que foram entregues às feras suportaram suplícios terríveis. Estendidos sobre conchas, eram submetidos a todo tipo de tormentos, para que fossem induzidos a renegar, se possível, por meio do suplício contínuo. CAPÍTULO III 1. O diabo maquinava muitas coisas contra eles; graças a Deus, porém, não prevaleceu contra nenhum deles. O generoso Germânico fortalecia a timidez deles através de sua perseverança. Ele foi admirável na luta contra as feras. O Procônsul queria que ele cedesse e lhe dizia que tivesse piedade de sua própria juventude. Ele, porém, atiçando a fera, a chamava para si, desejando estar quanto antes livre desta vida injusta e iníqua. 2. Então, a multidão toda, admirada diante da coragem da piedosa e crente geração dos cristãos, gritou: "Abaixo os ateus! Trazei Policarpo." CAPÍTULO IV 1. Um dentre eles, chamado Quinto, frígio recentemente vindo da Frígia, ficou apavorado à vista das feras. Era ele que havia forçado a si mesmo e a outros e a comparecerem ao tribunal. O pro cônsul, através de muita insistência, conseguiu persuadi-lo a jurar e sacrificar. Por isso, irmãos, não louvamos aqueles que se apresentam espontaneamente, pois não é isso que o Evangelho ensina. CAPÍTULO V 1. Quanto a Policarpo, ele inicialmente não se perturbou ao ouvir isso, mas quis perma-necer na cidade. A maioria, porém, o persuadiu a se afastar. Então ele se refugiou numa propriedade pequena, não longe da cidade, e passou o tempo com poucos (companhei-ros). Noite e dia, ele não fazia senão rezar por todos e por todas as igrejas do mundo, como era seu costume. 2. Rezando, ele teve uma visão, três dias antes de o prenderem: viu seu travesseiro queimado pelo fogo. Voltando-se para os seus companheiros, disse: "Devo ser queimado vivo!" CAPÍTULO VI 1. Como persistiam em procurá-lo, transferiu-se para outra pequena propriedade, e logo chegaram os que o procuravam. Não o encontrando, prenderam dois pequenos escravos, e um deles torturado confessou. Era-lhe, de fato, impossível permanecer escondido, porque até mesmo os de sua casa o traíram. O chefe da polícia, que tinha recebido o nome de Herodes, tinha pressa em levá-lo para o estádio, a fim de que Policarpo realizasse o seu destino, entrando em comunhão com Cristo, enquanto aqueles que o tinham estregue recebessem o castigo do próprio Judas. CAPÍTULO VII 1. Numa sexta-feira, pela honra da ceia, guardas e cavaleiros, armados como de costume, tomaram consigo o escravo e partiram, como se estivessem perseguindo um bandido. Chegando pela noite, encontraram-no deitado num pequeno quarto do piso superior. Ele podia ainda fugir daí para outro lugar, mas não quis, e disse: "Seja feita a vontade de Deus". 2. Ouvindo que tinham chegado, ele desceu e conversou com eles, que ficaram espantados com a sua idade avançada, com a sua calma, e com tanta preocupação por capturar um homem tão velho. Ele imediatamente mandou que lhes dessem de comer e beber à vontade, e pediu que lhe concedessem uma hora para rezar tranquilamente. 3. E lhe concederam. Então ele, de pé, começou a rezar, tão repleto da graça de Deus, que por duas horas ninguém pôde interrompê-lo. Os que ouviam ficaram espantados, e muitos se arrependeram de ter vindo prender um velho tão santo. CAPÍTULO VIII 1. Quando por fim terminou de rezar, lembrou-se de todos aqueles que tinha conhecido, pequenos e grandes, ilustres e obscuros, e de toda a Igreja Católica espa-lhada por toda a terra. Chegando a hora de partir, fizeram-no montar sobre um jumento e o levaram para a cidade. Era o dia do grande sábado. 2. Herodes, o chefe da polícia, e seu pai Nicetas foram até ele. Fizeram-no subir ao seu carro e, sentando-se ao seu lado, procuravam persuadi-lo, dizendo: "Que mal há em dizer que César é o Senhor, oferecer sacrifícios e fazer tudo o mais para salvar-se?" De início, ele nada respondeu. Como insistissem, ele falou: "Não farei o que vós estais me aconselhando." 3. Não conseguindo persuadi-lo, lançaram-no todo tipo de injúrias, e o fizeram descer do carro tão apressadamente que ele se feriu na parta da frente da perna. Sem se voltar, como se nada houvesse acontecido, ele caminhou alegremente em direção ao estádio. Aí o tumulto era tão grande que ninguém conseguia escutar ninguém. CAPÍTULO IX 1. Quando Policarpo entrou no estádio, veio do céu uma voz, dizendo: "Sê forte, Policar-po! Sê homem!" Ninguém viu quem tinha falado, mas alguns dos nossos que estavam presentes ouviram a voz. Finalmente o fizeram entrar e, quando souberam que Policarpo fora preso, levantou-se grande tumulto. 2. Levado até o pro cônsul, este lhe perguntou se ele era Policarpo. Respondeu que sim. E o pro cônsul procurava fazê-lo renegar, dizendo: "Pensa na tua idade", e tudo o mais que se costumava dizer, como: "Jura pela fortuna de César! Muda teu modo de pensar e dize: 'Abaixo os ateus!'" Policarpo, contudo, olhava severamente toda a multidão de pagãos cruéis no estádio, fez um gesto para ela com a mão suspirou, elevou os olhos e disse: "Abaixo os ateus!" 3. O chefe da polícia insistia: "Jura, e eu te liberto. Amaldiçoa o Cristo!" Policarpo respon-deu: "Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e ele não me fez nenhum mal. Como poderia blasfemar o meu rei que me salvou?" CAPÍTULO X 1. Ele continuava a insistir, dizendo: "Jura pela fortuna de César!" Policarpo respondeu: "Se tu pensas que vou jurar pela fortuna de César, como dizes, e finges ignorar quem sou eu, escuta claramente: eu sou cristão. Se queres aprender a doutrina do cristianismo, concede-me um dia e escuta." O pro cônsul respondeu: "Convence o povo!" 2. Policarpo replicou: "A ti eu considero digno de escutar a explicação. Com efeito, aprendemos a tratar as autoridades e os poderes estabelecidos por Deus com o respeito devido, contanto que isso não nos prejudique. Quanto a esses outros, eu não os considero dignos, para me defender diante deles." CAPÍTULO XI 1. O pro cônsul disse: "Eu tenho feras, e te entregarei a elas, se não mudares de ideia." Ele disse: "Pode chamá-las. Para nós, é impossível mudar de ideia, a fim de passar do melhor para o pior; mas é bom mudar, para passar do mal à justiça." 2. O pro cônsul insistiu: "Já que desprezas as feras, eu te farei queimar no fogo, se não mudares de ideia." Policarpo respondeu-lhe: "Tu me ameaças com um fogo que queima por um momento, e pouco depois se apaga, porque ignoras o fogo do julgamento futuro e do suplício eterno, reservado para os ímpios. Mas por que tardar? Vai e faze o queres." CAPÍTULO XII 1. Dizendo isso e tantas outras coisas, ele permanecia cheio de força e alegria, e seu rosto estava repleto de graça. Ele não só não se deixou abater pelas ameaças que lhe eram dirigidas, mas o próprio pro cônsul ficou estupefato e mandou seu arauto ao meio do estádio, para anunciar três vezes: "Policarpo se declarou cristão!" 2. A essas palavras do arauto, toda a multidão de pagão e judeus moradores de Esmirna, com furor incontido, começou a gritar: "Eis o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor de nosso deuses! É ele que ensina muita gente a não sacrificar e a não adorar." Dizendo isso, gritavam e pediam aos asiarca Filipe que lançasse um leão contra Policarpo. Este respondeu que não lhe era lícito, pois os combates de feras já haviam terminado. 3. Então unânimes se puseram a gritar que Policarpo fosse queimado vivo. Devia cumprir a visão que lhe fora mostrada: enquanto rezava, ele tinha visto o travesseiro pegando fogo, e dissera profeticamente aos fiéis que estavam com ele: "Devo ser queimado vivo." CAPÍTULO XIII 1. Então as coisas caminharam rapidamente, mais depressa do que dizê-las. Imediata-mente a multidão começou a recolher lenha e feixes tirados das oficinas e termas. Sobretudo os judeus se deram a isso com mais zelo, segundo o costume deles. 2. Quando a pira ficou pronta, o próprio Policarpo se despiu, desamarrou o cinto, e ele mesmo tirou o calçado. Ele nunca fizera isso antes, porque sempre cada um dos fiéis se apressava a ser o primeiro a tocar-lhe o corpo; mesmo antes do martírio, ele já fora constantemente venerado pela sua santidade de vida. 3. Imediatamente colocaram em torno dele o material preparado para a pira. Como que-riam pregá-lo, ele disse: "Deixai-me assim. Aquele que me concede força para suportar o fogo, dar-me-á força para permanecer imóvel na fogueira, também sem proteção de vosso pregos." CAPÍTULO XIV 1. Então não o pregaram, mas o amarraram. com suas mãos amarradas atrás das costas, ele parecia um cordeiro escolhido de grande rebanho para o sacrifício, holocausto agra-dável preparado para Deus. Erguendo os olhos ao céu, disse: "Senhor, Deus todo-poderoso, Pai de teu Filho amado e bendito, Jesus Cristo, pelo qual recebemos o conhe-cimento do teu nome, Deus dos anjos, dos poderes de toda criação, e de toda geração de justos que vivem na tua presença! 2. Eu te bendigo por me teres julgado digno deste dia e desta hora, de tomar parte entre os mártires, e do cálice de teu Cristo, para a ressurreição da vida eterna da alma e do corpo, na incorruptibilidade do Espírito Santo. Com eles, possa eu hoje ser admitido à tua presença como sacrifício gordo e agradável, como tu preparaste e manifestaste de antemão, e como realizaste, ó Deus sem mentira e veraz. 3. Por isso e por todas as outras coisas, eu te louvo, te bendigo, te glorifico, pelo eterno e celestial sacerdote Jesus Cristo, teu Filho amado, pelo qual seja dada a glória a ti, como ele o Espírito, agora e pelos séculos futuros. Amém. CAPÍTULO XV 1. Quando ele ergueu o seu Amém e terminou sua oração, os homens da pira acenderam o fogo. Grande chama brilhou e nós vimos o prodígio, nós a quem foi dado ver e que fomos preservados para anunciar estes acontecimentos a outros. 2. O fogo fez uma espécie de abóbada, como vela de navio inflada pelo vento, e envolveu como parede o corpo do mártir. Ele estava no meio, não como carne que queima, mas como pão que assa, como ouro ou prata brilhando na fornalha. Sentimos então um perfume semelhante a baforada de incenso ou outro aroma parecido. CAPÍTULO XVI 1. Por fim, vendo que o fogo não podia consumir o seu corpo, os ímpios ordenaram ao carrasco que fosse dar o golpe de misericórdia com o punhal. Feito isso, jorrou tanto sangue que apagou o fogo. Toda a multidão admirou-se de ver tão grande diferença entre os incrédulos e os eleitos. 2. Entre estes, o admirável mártir Policarpo, que foi, em nosso dias, mestre apostólico e profético, o bispo da Igreja católica de Esmirna. Toda palavra que saiu de sua boca se cumpriu e se cumprirá. CAPÍTULO XVII 1. Contudo, o invejoso, o perverso e o mau, o adversário da geração dos justos, vendo a grandeza do seu testemunho e de sua vida irrepreensível desde o início, vendo-o ornado com a coroa da incorruptibilidade e conquistando uma recompensa incontestável, procurou impedir-nos de levar o corpo, embora muitos de nós o desejassem fazer e possuir sua carne santa. 2. Ele sugeriu a Nicetas, pai de Herodes e irmão de Alce, que procurrase o magistrado, a fim que ele não nos entregasse o corpo. Ele disse: "Não aconteça que eles, abandonando o crucificado, passem a cultuar esse aí." Dizia essas coisas por sugestão insistente dos judeus, que nos tinham vigiado quando queríamos retirar o corpo do fogo. Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestarmos culto a outro. 3. Nós o adoramos, porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos jus-tamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com o rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos! CAPÍTULO XVIII 1. Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era de costume. 2. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos, mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-los em lugar conveniente. 3. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos, na alegria e contenta-mento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro. CAPÍTULO XIX 1. Essa é a história do bem-aventurado Policarpo, que foi, juntamente com os irmãos da Filadélfia, o décimo segundo a sofrer o martírio em Esmirna. Contudo, apenas dele se guarda a lembrança mais do que dos outros, a ponto de até os próprios pagãos falarem dele por toda parte. Ele foi, não apenas mestre célebre, mas também mártir eminente, cujo martírio segundo o Evangelho de Cristo todos desejam imitar. 2. Por sua perseverança, ele triunfou sobre o iníquo magistrado, e assim foi cingido com a coroa da incorruptibilidade. Juntamente com os apóstolos e todos os justos, na alegria, ele glorifica a Deus, Pai todo-poderoso, e bendiz nosso Senhor Jesus Cristo, o salvador de nossas almas, guia de nossos corpos, e pastor da Igreja católica no mundo inteiro. CAPÍTULO XX 1. Havíeis pedido para ser informados com mais pormenores sobre esses acontecimen-tos. Por enquanto vos demos uma narração resumida por intermédio do nosso irmão Marcião. Quando tomardes conhecimento desta carta, transmiti-a aos irmão que estão mais longe, para que também eles glorifiquem o Senhor, que fez sua escolha entre seus servidores. 2. Àquele que, pela sua graça e pelo seu dom, nos pode introduzir no seu reino eterno, por seu Filho único Jesus Cristo, a ele a glória, a honra, o poder e a grandeza pelos sécu-los. Saudai todos os santos. Aqueles que estão conosco vos saúdam, e também Evaristo, que escreveu esta carta, com toda a sua família. CAPÍTULO XXI 1. O bem-aventurado Policarpo deu testemunho no início do mês Xântico, no décimo segundo dia, o sétimo dia antes das calendas de março, dia do grande sábado, na oitava hora. Ele fora preso por Herodes, sob o pontificado de Filipe de Trália e do pro consulado de Estácio Quadrato, mas sob o reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem seja dada a glória, a honra, a grandeza, o trono eterno de geração em geração. Amém. CAPÍTULO XXII - Apêndice 1. Nós vos desejamos boa saúde. Irmãos, andai segundo o Evangelho, na palavra de Jesus Cristo. Com ele, glória a Deus Pai e ao Espírito Santo, para a salvação dso santos eleitos. Foi assim que o bem-aventurado Policarpo testemunhou. Possamos nós caminhar em suas pegadas e sermos encontrados com ele no Reino de Deus. 2. Gaio transcreveu estas coisas de Irineu, discípulo de Policarpo; ele viveu com Irineu. Eu, Sócrates, as copiei em Corinto, da cópia de Gaio. A graça esteja com todos. 3. Por minha vez, eu, Piônio, copiei do exemplar acima, que procurei, depois que o bem-aventurado Policarpo o mostrou a mim em revelação, como contarei em seguida. Reuni os fragmentos quase destruídos pelo tempo. Que o Senhor Jesus Cristo me reúna tam-bém com seus eleitos no Reino do céu. A ele seja dada a glória com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém. Ao lermos o relato do martírio de são Policarpo, mais amamos a nossa Igreja. Não podemos trair aqueles que a regaram com o próprio sangue. Quantos estão abandonado a Igreja de Cristo nos últimos tempos. Quantos abandonam a Igreja de Cristo por tão pouco. Quantos “católicos” contaminados com o viro do protestantismo. Influenciados pela filosofia da desconstrução, vão cedendo espaço para a dúvida e deixando que as verdades da fé sejam varridas de sua história pessoal. Rompem com o histórico da família. Renegam a família, chegam a dizer que seus pais, já falecidos, estão no inferno por não terem morrido na fé católica. Elas eram pessoas cheias de santidade, com certeza estão na glória do Pai. Não julgueis, para não serem julgados. Não condeneis, para serdes condenados. ( Lc 6,37 ) Nós católicos, somos julgados todos os dias, pelo tribunal das seitas protestantes. A palavra de Cristo é a sentença deles. Quem julga será julgado, quem condena será condenado. Somos acusados de idólatras, adoradores de imagens. Acreditamos em Santos. Em Maria mãe de Jesus. Os protestantes tem estas três acusações contra nós. No livro, Igreja do Deus vivo de Frei Battistini, temos uma orientação bastante pedagógica sobre o culto as imagens, a qual passo a vocês. CULTO DAS IMAGENS “O cavalo de batalha de muitos membros de seitas é acusar os católicos de adorar imagens. Muitas vezes conseguem confundir os mais simples, dizendo que Deus proibiu fazer imagens etc. etc. Vamos demonstrar aqui que Deus não proibiu fazer imagens, as alias, mandou fazer ESCCLARECIMENTO Imagem: é a representação de um ser em seu aspecto físico. Assim imagem é uma fotografia, uma estátua, um quadro etc. Adorar: é o ato de considerar Deus como único criador e senhor do universo. Ídolo: é um falso deus, inventado pela fantasia humana ( sol, lua, animais e outras entidades, etc. Idolatria: é o ato de adorar o falso deus. Ou seja, é considerar o falso deus como cria-dor e senhor do universo. É o pior e mais grave pecado que alguém possa fazer. Venerar: é imitar, honrar, louvar a virgem e os santos porque são nossos modelos na fé na prática da caridade. DEUS PROIBE A FABRICAÇÃO DE IDOLOS E NÃO DE IMAGENS Uma vez que o povo hebreu estava cercado de povos que adoravam ídolos ( falsos deuses ), para que o povo hebreu não os imitasse nesse horrível pecado, Deus fez saber ao seu povo: “Eu sou o Senhor teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim. Não faras para ti imagem de escultura nem figura alguma do que está no céu ou embaixo sobre a terra ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor teu Deus, um Deus zeloso” ( Ex 20 1-5 ) Como se percebe, Deus proíbe severamente a fabricação de imagens de ídolos ( falsos deuses ) para serem colocados no lugar do Deus verdadeiro, porque somente Ele, Deus, é o único e verdadeiro Deus. DEUS MANDA FAZER IMAGENS Quando as imagens não são para serem colocadas no lugar de Deus, isto é, quando as imagens não são para serem adoradas, então o mesmo Deus as manda fazer. E muitas. “O senhor disse a Moises: farás dois querubins de ouro. Estes querubins terão suas asas estendidas para o alto e com suas asas protegerão a tampa da Arca da Aliança. E ali eu virei ter contigo” ( Ez 25,18-22 ) Veja, que o mesmo Deus que proíbe adorar imagens também manda fazer imagens. Será que a bíblia está errada? Ou falta parafusos em nossas cabeças para compreender melhor a Bíblia? “Dentro do santíssimo foram postos dois querubins de madeira” ( 1Rs 6,29 ). “Todas as paredes do Templo em redor eram entalhadas com figura de querubins e palmas”. ( 1Rs 6,29 ) “O Senhor disse a Moisés: fazei uma serpente de bronze...” ( Nm 21,8; Ez 41,18 ) Como se vê, Deus não proibiu fazer imagens, pois ele mesmo as mandou fazer. Deus proibiu fazer imagens de ídolos, isto é falso deuses e a eles presar culto de adoração, a saber, considera-los como criadores do mondo. As imagens de Maria, dos santos, como também os monumentos dos heróis nacionais, não são ídolos, mas retratos de pessoas que se destacaram na fé em Cristo e na amor ao próximo e que nós devemos imita-los. REZAR A DEUS POR MEIO DOS SANTOS E DA VIRGEM MARIA Maria, os apóstolos, os santos são amigos de Deus e nossos irmãos; por isso pode-mos contar com sua intercessão no céu. No céu, eles os santos, são nossos intercessores. Há muitos exemplos disso na bíblia: Conferir: (1Sm 7,8; Ecl 44,1-2; 1Rs 18,7). Maria, em Cana da Galileia, pediu em favor dos noivos. E Jesus realizou o seu pri-meiro milagre em atenção a sua mãe ( Jo 2,1-12 ). O mesmo Lutero, pai dos protestante, dizia: “Ninguém nunca se esqueça de invocar a virgem Maria e os santos pois eles podem interceder por nós” ( Prep. ad mortem ). Pedro, em nome de Jesus, realizou muitos milagres ( At. 3,8 ). S. Paulo diz: “É bom rezar uns pelos outros e isto é agradável aos olhos de Deus” (1Tm 2,1-3; Ef 6,18-19 ). A VIRGEM MARIA É MÃE DE JESUS, E MÃE DE DEUS. A Santa Igreja Católica sempre tributou a Maria uma veneração, uma imitação, um amor muito especial, desde o início do cristianismo. O motivo é que ela é mãe de Jesus, o filho de Deus e nosso Salvador. PARA ESCLARECER Pontos doutrinários: Jesus cristo é o único salvador e redentor. Jesus é filho de Deus, igual ao Pai e ao Espírito Santo na natureza. A Jesus devemos o culto máximo de adora-ção. Em relação a Maria: Maria é uma criatura como nós criada por Deus. A Maria não de-vemos culto de adoração, mas veneração, amor e imitação. Maria é mãe de Jesus, Mão de Deus, porque Jesus é Deus: Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O filho, eterno como o pai e o espirito Santo, por vontade do Pai se encarna para salvar a humanidade. Encarnação do Filho de Deus: A divindade do Filho de Deus se uniu a humanidade no seio de Maria, e esta por obra do Espirito Santo, deu a luz a pessoa de Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. Maria, então, sendo mãe de Jesus Cristo e este sendo homem e Deus, é mãe doo Filho de Deus feito homem. PROVA BIBLICA “O senhor mesmo vos dará um sinal: Eis a Virgem que conceberá e dá a luz um filho que se chamara Emanuel. ( Deus conosco )” ( Is 7,14 ). “O anjo disse a Maria: Não tenhais medo, Maria, encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás a luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo. Maria, porém, disse: Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum? O anjo respondeu: O Espirito Santo virá sobre ti e o poder do altíssimo vai te cobrir com sua sombra, por isso o santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” ( Lc 1,30-35 ). Maria é a nova Eva, derrota satanás . Esmaga a cabeça da serpente, uma das vitórias de satanás, hoje, é colocar na cabeça de alguns a não aceitação de Maria. Todas vezes que Maria não é aceita, satanás faz ecoar no in-ferno uma grande salva de palmas. Dizer não a Maria é dizer sim a satanás. “ A nossa Igreja tem Pai, mãe e filho. Explicando: Deus é Pai de Jesus, Jesus é filho de Deus e filho de Maria, Maria Santíssima é também mãe da Igreja por isso ela é nossa mãe. . JESUS É O ÚNICO FILHO DE MARIA Maria foi virgem ante e depois do parto. Esta verdade é ensinada na Igreja desde o início do cristianismo, se encontra na Bíblia e na Tradição. Foi definida pelo V Concilio de Constantinopla, 553. Maria é a criatura mais perfeita pura e sublime. Porque Jesus esco-lheu sua mãe antes de nascer entre nós, é claro que a escolheu perfeita, santa e imacu-lada. Há muitos que não gostam destas verdades lindas, por isso procuram por todos os meios rebaixar Maria. Mas não conseguem. O gesto de Jesus é sublime demais em escolher uma mãe sublime. A final, Ele merecia uma mãe perfeita. MARIA TEVE UM SÓ FILHO. Os que dizem que Maria teve outros filhos se baseiam nestas palavras de Marcos: “Por acaso, não é ele o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? ( Mc 6,3 ). E também em Lc 8,19 . Explicação: A palavra irmão aqui, tem o significado de primo ou parente próximo, pois a língua hebraica não possui a palavra primo. No lugar de primo ou parente próxi-mo aparece sempre a palavra irmão. Depois de conhecermos estas verdades, mais nos alegramos em pertencer a Igreja de Cristo. Alguém pode imaginar Jesus expulsando a sua mão de sua casa, jamais Ele faria isso. Pelo contrario, daria a ela um luar de destaque, para nós católicos Maria é a rainha da Igreja. A mãe do Rei só pode ser Rainha. Maria disse: “Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada” ( Lc 1,48 ). “O poderoso fez em mim grandes coisas, santo é o seu nome” ( Lc 1,49 ). Isto aqui é bíblico, romper com estas palavras ,distorcendo-as a gosto do freguês é pecar contra o Espirito, toda palavra é inspirada. O pecado contra o Espirito Santo não tem perdão. A nossa Igreja tem Pai, mãe e filho. Explicando: Deus é Pai de Jesus, Jesus é filho de Deus e filho de Maria, Maria Santíssima é também mãe da Igreja por isso ela é nossa mãe. Quem duvida de Maria, de sua santidade e de sua coparticipação no plano de Deus é com Adão que perdeu o paraíso. Maria é a nova Eva. Eva disse não a Deus, e Maria SIM. Do seu sim a humanidade pode ver o rosto de Deus. Do seu sim brotou a esperança e chegou para toda a humanidade o cumprimento das profecias. “Da cepa brotou a rama, da rama brotou a flor da flor nasceu Maria e de Maria o Salvador”. Este verso que também é bíblico, nos remete ao tronco de Jesse. As profecias bíblicas falam de Maria. “Ave Maria cheia de graça o senhor é convosco, Bendita sois voz entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria mãe de Deus rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amem”. Reze esta oração todos os dias, e terás o céu dentro de ti. Com certeza, nesta hora Jesus estará sorrindo para você. Qual filho não se sente bem vendo sua mãe sendo homenageada e qual filho não se sentiria mal vendo sua mãe sendo maltratada e humilhada. DOGMAS SABRE MARIA VIRGEM, MÃE, IMACULADA E ASSUNTA AO CÉU 1. A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA O Papa Pio IX, na Bula "Ineffabilis Deus", de 8 de Dezembro de l854 definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria: "Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada de todo o pecado, imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fiéis" (Dz. 1641).É bom lembrar, que um dogma não é algo imposto, pelo Santo Padre o Papa, é a confirmação de uma verdade constatada na fé do povo católico. a. Maria desde o primeiro instante que é constituída como pessoa no seio de sua mãe, o é sem mancha alguma de pecado (=pecado original). b. Como foi concebida sem pecado: 1. Ausência de toda mancha de pecado. 2. Lema da graça Santificante. 3. Ausência da inclinação o mal. c. Este privilégio e dom gratuito foi concedido apenas à Virgem e a ninguém mais, em atenção àquela que havia sido predestinada para ser a Mãe de Deus. d. Em previsão dos méritos de Cristo porque a Maria a Redenção foi aplicada antes da morte do Senhor. Provas das Escrituras: "Estabeleço hostilidade..." (Gn 3,15). "Deus te salve, cheia de graça." (Lc 1,28). "Bendita tu entre as mulheres..." (Lc 1,42). 2. MARIA, É A MÃE DE DEUS O Concilio de Éfeso (431), sob o Papa São Clementino I (422-432), definiu solenemente que: • \"Se alguém afirmar que o Emanuel (Cristo) não é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem não é Mãe de Deus, porque deu à luz segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja excomungado.\" (Dz. 113). Muitos Concílios repetiram e confirmaram esta doutrina: • Concílio de Calcedônia (Dz. 148). • Concílio de Constantinopla II (Dz. 218, 256). • Concílio de Constantinopla III (Dz. 290). Maria gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas por obra e ação do Espirito santo, Jesus é de natureza humana e divina. Provas das Escrituras: • \"Eis que uma Virgem conceberá...\" (Is 7,14). • \"Eis que conceberás...\" (Lc 1,31). • \"O que nascerá de Ti será...\" (Lc 1,35). • \"Enviou Deus a seu Filho nascido...\" (Gl 4,4). • \"Cristo, que é Deus...\" (Rm 9, 5). 3. A ASSUNÇÃO DE MARIA O Papa Pio XII, na Bula \"Munificentissimus Deus\", de 1º de Novembro de 1950, proclamou solenemente o dogma da assunção de Maria ao céu: • \"Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma ? gloria celeste\" (Dz. 2333). A Virgem Maria foi assunta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida ter-rena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os ho-mens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição. O essencial do dogma é que a Virgem foi levada ao céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dotes próprios da alma dos bem-aventurados e igualmente com todas as qualidades próprias dos corpos gloriosos. Entende-se melhor tudo ao recordar: 1. Maria foi isenta de pecado original e atual. 2. Teve a plenitude da graça. Fundamentos deste dogma: Desde os primeiros séculos foi um sentir unânime da fé do povo do Deus, dos cris-tãos. Os Santos Padres e Doutores manifestaram sua fé nesta verdade: • São João Damasceno (séc. VII): \"Convinha que aquela que no parto havia con-servado a íntegra de sua virgindade, conservasse sem nenhuma corrupção seu Cor-po, depois da morte.\" • São Germano de Constantinopla (séc. VII): \"Assim como um filho busca estar com a própria Mãe, e a Mãe anseia viver com o filho, assim foi justo também que Tu, que amavas com um coração materno a Teu Filho, Deus, voltasses a Ele.\" Portanto, o fundamento deste dogma se depreende e é consequência dos anteriores. 4. MARIA É VIRGEM E MÃE, ANTES, DURANTE E DEPOIS DO PARTO PROVA DA BÍBLIA “O senhor mesmo vos dará um sinal: Eis a Virgem que conceberá e dá a luz um filho que se chamara Emanuel. ( Deus conosco )” ( Is 7,14 ). “O anjo disse a Maria: Não tenhais medo, Maria, encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás a luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo. Maria, porém, disse: Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum? O anjo respondeu: O Espirito Santo virá sobre ti e o poder do altíssimo vai te cobrir com sua sombra, por isso o santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” ( Lc 1,30-35 ). Maria é a nova Eva, derrota satanás . Esmaga a cabeça da serpente, uma das vitórias de satanás, hoje, é colocar na cabeça de alguns a não aceitação de Maria. Todas vezes que Maria não é aceita, satanás faz ecoar no inferno uma grande salva de palmas. Dizer não a Maria é dizer sim a satanás. “Maria disse: Fazei tudo o que ele vos disser”. PARA ESCLARECER Pontos doutrinários: Jesus cristo é o único salvador e redentor. Jesus é filho de Deus, igual ao Pai e ao Espírito Santo na natureza. A Jesus devemos o culto máximo de adoração. Em relação a Maria: Maria é uma criatura como nós criada por Deus. A Maria não devemos culto de adoração, mas veneração, amor e imitação. Maria é mãe de Jesus, Mão de Deus, porque Jesus é Deus: Em Deus há três pes-soas: Pai, Filho e Espírito Santo. O filho, eterno como o pai e o espirito Santo, por vontade do Pai se encarna para salvar a humanidade. Encarnação do Filho de Deus: A divindade do Filho de Deus se uniu a humani-dade no seio de Maria, e esta por obra do Espirito Santo, deu a luz a pessoa de Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. Maria, então, sendo mãe de Jesus Cristo e este sendo homem e Deus, é mãe doo Filho de Deus feito homem. Em sentido próprio é a integridade física dos órgãos reprodutivos. Muitas vezes a virgin-dade de Maria foi atacada pelos hereges. É verdade da fé católica que Nossa Senhora ficou perfeitamente sempre virgem, antes do parto, no parto e depois do parto. No Símbolo apostólico se diz: \"Nascido de Maria Virgem\"; nas antigas liturgias é fre-qüente o titulo de Maria sempre virgem. No Concílio Romano do ano 649 se definiu Maria Imaculada, sempre virgem, que concebeu sem concurso de homem e ficou também intacta depois do parto. Na Sagrada Escritura temos a famoso trecho de Isaías 7, 14: \"Eis que uma virgem conce-berá e dará a luz a um filho e o chamará Emanoel, que quer dizer Deus conosco.\". O texto é certamente messiânico e, portanto a Virgem é Maria. No Evangelho cita-se esta profecia (Mt. 1, 18-23) e se conta com exatas palavras o nascimento virginal de Jesus, por obra do Espírito Santo. Os Padres da Igreja, no trecho de Ez. 44,2 veja a virgindade de Maria depois do parto: \"este pórtico ficará fechado. Não se abrirá e ninguém entrara por ele, porque por ele entrara Iahweh, o Deus de Israel, pelo que permanecera fechado\". Toda a Tradição e concorde em defender a virgindade perpetua de Maria: Santo Agosti-nho afirma: \"A Virgem concebeu, a Virgem ficou grávida, a Virgem deu a luz, a Virgem é virgem perpetua\". A razão teológica deste dogma é clara e tão simples, ela esta na divindade do Verbo e na maternidade de Maria, ao qual repugnou toda a corrupção. OBS: Esperamos ansiosamente a para BREVE a promulgação do 5º Dogma de Maria como: a - Medianeira de todas as graças e advogada nossa; b - Co-redentora do gênero humano. Quando isso acontecer todo o canal de graças que nos vem da Igreja por Maria, passará a fluir de forma perfeita até Jesus, e dele ao Pai. Estará bem próximo o dia então em que Maria esmagará a cabeça da serpente, pelo triunfo do seu Coração Imaculado, conforme ela previu em Fátima. Então ela será realmente aceita como Mãe, por todos os povos da terra. Mas este triunfo dela virá somente depois do Triunfo da Eucaristia! Maria é Rainha do céu e da terra, Rinha da Igreja, fundada por seu Filho. JESUS FUNDOU UMA SÓ IGREJA: UMA SÓ DOUTRINA, UM SÓ CULTO,UM SÓ GOVERNO. Uma só doutrina: “Quem não esta comigo é contra mim”. ( Mt 12,30 ) “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e pai de todos” ( Ef 43,6 ) Jesus reza ao Pai para que os apóstolos e futuros cristãos sejam sempre unidos. A unidade de fé deve ser um sinal de sua Igreja diante do mundo: Não rogo apenas por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como Tu, Pai, estas em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste”. ( Jo 17,20-21 ) Os apóstolos não admitiam doutrinas diferentes, que dividem. Neste ponto usam uma severidade impressionante . Jesus ensinou uma só doutrina; quem ensinar uma doutrina diferente, que seja afastado, excluído da Igreja: “Recomendo-vos, irmãos que tomeis cuidado com os que produzem divisões contra a doutrina que aprendestes. Afastai-vos, deles”. ( Rm 16,17 ). “Se alguém vos anunciar um Evangelho diferente, seja execrado, isto é, seja excomungado” ( Gl 1,7-9 ) Unidade de Culto: “Porque há um só pão, um só corpo somos nós, embora muitos, visto participar todos do único pão” ( 1Cr 10,17 ) Unidade de governo: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Estas tenho de reunir, e elas ouvi-rão a minha voz. Então haverá um só rebanho e um só pastor” ( Jo 10,16; Mt 16,15-16 ). “Irmão, conjuro-vos que sejais sempre perfeitamente unidos, num só sentimento e num mesmo pensar” ( 1,Cr 1,10 ). Podemos perceber nestes relatos bíblicos a preocupação de Jesus e dos apóstolos , com a unidade da Igreja. Jesus fundou uma só Igreja e a esta entregou a sua mensagem para ser anunciada ao mundo. Esta mensagem não pode sofrer alterações, ou adultera-ções. A igreja de Jesus é uma, a doutrina é uma só, a autoridade é uma só. “Um só rebanho e um só pastor”. Ovelha ferida retorne ao redil. Enxugue sua lágrimas perdoe quem te feriu. Na casa do Pai há muitas moradas, aqui também é seu lugar. FÉ CATÓLICA E APOSTOLICA. A nossa fé é uma fé de qualidade, ou seja, católica e apostólica. Os bispos da igreja católica, são os legítimos sucessores dos apóstolos. Todos os sacramentos celebrados na Igreja é uma ação apostólica. Ou seja, é conferido ou ministrado por ordem do bispo, legitimo sucessor dos apóstolos. Por isso tem validade. O presbítero, o padre ao celebra-lo, o faz por ordem do bispo. Sem a ordem não há validade. É nulo qualquer sacramento celebrado ou seja conferido sem a ordem dos sucessores dos apóstolos. Tudo tem a sua Raiz em Pedro. Se o ramo não permanece na videira, não pode produzir frutos. Todo ramo cortado seca, e morre. Esta ordem não pode ser usurpada. Ou seja apropriar-se dela. Todo poder usurpado é falso e enganador, não condiz com a verdade. Jesus age em conformidade com o Pai. “Eu e o Pai somos um”. A Igreja católica age em conformidade com Cristo. A Igreja é una em Cristo. Por Cristo com Cristo e em Cristo. Nenhum presbítero pode exercer de forma válida o ministério sem comunhão com o seu Bispo. O bispo governa a Igreja o presbítero participa deste governo por ordem do bispo. Na verdade, todo o batizado em nome cristo é membro da Igreja, cuja caça é Cristo. O leigo é Igreja, nós, presbíteros prestamos um serviço na Igreja não somos nada ,somos apenas servidores. Quem tudo concede, é Cristo. “Somos, na verdade, servos inúteis. Fazemos oque devemos fazer”. Todo batizado possui os três múnus, Sacerdote, Profeta e Rei. Cristo possui os três múnus , o cristão deve ser um outro Cristo na terra, “já não sou eu que vivo mas Cristo que vive em mim”, “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”. ( Jo 6,54 ) “Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus” (Rm 12, 1). Ser hóstia viva eis o nosso desa-fio. Aparece aqui também um convite a santidade. Ser Santo é ser alguém separado do mal. Sede santo, como vosso Pai celeste é Santo. A Igreja de Cristo é Santa. Os Apósto-los, receberam de Jesus o dom da santidade. “Jesus soprou sobre eles, dizendo: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados” ( Jo 20,22,23 ) A Igreja é Santa em seu fundador, em seus meios, em seu fins, em sua doutrina e em seus membros. O católico precisa tomar consciência desta verdade. Cristo santifica o mundo através de sua Igreja. Ela, a Igreja é fermento de santidade. Por isso o mundo a rejeita e a persegue. “Não vos conformeis ao mundo”. Cada membro da Igreja é uma ovelha do rebanho do senhor, chamado a santidade. Isto não se dará sem sacrifício. “O cordeiro foi imolado”. As ove-lhas que fogem e procura outras pastagens não se alimenta da verdadeira comida e da verdadeira bebida, tem uma saciedade ilusória. Terá sempre uma sensação de vazio. “A quem iremos Senhor”. “Só tu tens palavras de vida eterna”. Ovelha ferida retorne ao redil. Quando Jesus disse: “Minha carne e verdadeira comida, meu sangue é verdadeira bebida”, muitos nesta hora, abandonaram o senhor, dizendo: “Esta palavra é dura de-mais”. Jesus olhou para os seu apóstolos e disse: “Vocês também querem ir embora?”. Nesta hora o Apostolo Pedro disse: “Aquém iremos senhor, só tu tens palavra de vida eterna”. Todo ser humano é por natureza um ser religioso. Tem sede de Deus. Toda historia do povo de Israel se desenvolve num contexto religioso . Abrão, nosso pai na fé sai de sua terra e vai, peregrino entrega a sua vida ao designo de Deus. “tornar-se-á Pai de uma grande multidão, tão numerosa como as estrelas do céu tão numeroso como a areia do mar. Jesus é mais que Abrão, Abrão construiu um povo, o povo da promessa. Jesus, o filho de Deus veio a este mundo para salvar todas as gentes que compõe esse povo. Ele é o novo Moises, o verdadeiro libertador, que nos conduz não mais há uma libertação terrena, mas plena, total, definitiva. Nos liberta da morte eterna. Nos conduz ao céu. “Na casa de meu Pai há muitas moradas”. Para que os meios de salvação chegassem a todas as gentes, Jesus construiu uma obra que ficará aqui na terra até o fim dos tempo, esta obra é a sua Igreja. “Pedro tu és pedra e sobre ti edificarei a minha Igreja”. Esta Igreja, como já vimos é organizado pelo Senhor, e governada pelo Espirito Santo, na pessoa do santo Padre o Papa e os Bispos, legítimos sucessores dos apóstolos. Oque não é legitimo não contem e nem transmite a seiva da verdadeira libertação. “Eu sou a videira verdadeira” ( Jo 15,1 ). BISPO, PRESBÍTERO E DIÁCONO. Bispo. Os bispos são os legítimos sucessores dos apóstolos. Jesus escolheu os apóstolos um por um os instrui e os enviou pelo mundo a pregar a boa nova do reino de Deus. ( Mc 3,13-19; Mt 10,1-42 ) Jesus está na sua Igreja com seus apóstolos, e ficará com eles até o fim do mundo . “Foi- me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo quanto vos mandei. E eis que estou convosco até o fim do mundo”. Os sucessores dos apóstolos são os bispo da Igreja católica. “Cuidai de vos mesmos e de todo o rebanho o qual o espírito Santo vos constituiu bispos para pastorear a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o seu próprio sangue”. ( At 20,28; 1Tm 5,23; 2Tm 4,6). Presbíteros. Os sacerdotes ( presbíteros ), junto como bispo, participam, embora em grau diferente, do mesmo e único sacerdócio de Cristo. DIACONO. O diaconato é um ministério presente na igreja desde a sua origem, o primeiro mártir da Igreja foi um diácono. Santo Estevão. Celebramos a sua festa no dia 26 de dezembro. A ORIGEM DOS MINISTÉRIOS NA IGREJA DE CRISTO O conceito de ministério na Igreja (diaconia = serviço ), caracteriza globalmente todos os serviços numa comunidade fundada em torno de cristo e sua Igreja (Grelot, Pierre, Eglise et ministéries ). Provem do serviço a palavra e a missão. São dons do Espíri-to Santo à Igreja. Os ministérios não acontecem por decreto, de cima para baixo, é gerado no meio do povo. São dons de Deus postos em pratica na comunidade ( Jose Comblin, O Futuro dos Ministérios , Edt Vozes ). Toda Igreja é ministerial. Todos os batizados tem o direito de exercer, a seu modo, segundo o carisma, um trabalho na Igreja, sempre em sintonia com o seu bispo e seu pároco, nunca em desacordo com eles. Em tudo haja unidade, sem unidade nada prospera , nada se edifica, nada constrói. Os ministérios tiveram sua origem nas primeira comunidades cristãs. Após ascensão de Jesus, um pequeno rupo se reúne em torno dos “doze”, em meio as perseguições e ao martírio, anunciam a ressurreição de cristo. Após a morte de Estevão e de Tiago não se fala mais no ministério dos “doze”. A função dos “doze” era: pregar o evangelho e dirigir a comunidade ( At 2,29-36 ). No inicio toda a comunidade estava nas mão deles, na medida que a comunidade ia crescendo, repartiam as funções. Em At 6,1-14, temos a escolha dos sete eleitos pela comunidade. Os diáconos cuidavam da assistência às viúvas e aos órfãos serviam as mesas e dirigiam as comunidades. Na Igreja do rito Maronita, a função do diácono é superior ao presbítero. É o diácono que coordena a comunidade, como acontecia nas primeiras comunidades cristãs. O governo da diocese, claro, é do bispo, mas a paróquia compete ao diácono. O diaconato é o primeiro ministério instituído na Igreja, pelos apóstolo ( Fl 1.1; 1Tm 3,8 ). EPOCA APOSTOLICA. Num segundo momento de expansão do cristianismo, temos em Jerusalém a época apostólica de 44 a 67. Neste período predomina a figura de Tiago, Pedro e João ( Gl 2,9). Surge neste período os anciãos e os presbíteros. A tarefa deles era: Administrar os bens da Igreja e interpretar a lei de Deus. ( At 11,29-30 ) Na primeira metade do segundo século, o bispo aparece rodeado por um conselho de presbítero e diáconos, como acontece ainda hoje. O primeiro modelo, feito pelos apóstolos, esta presente na Igreja católica. Por isso temos o Bispo, o presbítero e o diácono. Só lembrando, o Santo Padre o Papa é o bispo de Roma. Embora, o seu governo é para toda a Igreja e a Igreja toda. Nesta época a estrutura dos ministérios começa a se espalhar, chegando até hoje na Igreja, tanto do Oriente quanto do Ociden-te. Em cada Igreja local estabelecerá um bispo, um conselho ou um colégio de presbítero e alguns diáconos, mais tardiamente a serviço do Bispo. Os outros ministérios das primeiras comunidades desaparecerão rapidamente. OS MINISTÉRIOS NA IGREJA; COMO ESTÃO DISTRIBUIDOS? Para a Igreja existem dois modelos de ministérios. a ) Os ministérios hierárquicos. b ) Os ministérios não ordenados ( ministérios leigos ). No primeiro modelo, estão o bispo, o presbítero e o diácono. Presbítero e diácono são ordenados, o bispo é sagrado. Esta sagração confere um poder ligado ao chefe do colégio, o santo Padre o Papa. Na igreja, o ministério máximo é o ministério do bispo. “Aos bispos como sucessores dos apóstolos, compete na diocese a eles confiadas, de per si, todo o poder ordinário, próprio e mediato, que é requerida para o exercício de seu múnus pastoral. ( Vt II 1027 ). Em segundo lugar estão os presbíteros, na qualidade de simples cooperadores dos bispos ( Vt II 1248 ). São escolhidos e investidos por uma hierarquia que tem plenos poderes para ceder esta ordem ao novo presbítero. Felizmente a hierarquia da Igreja tem plena autonomia, não depende do poder civil para agir, escolher, preparar, ordenar , nomear e designar a função. A ordem é para sempre. É um sacramento. Os presbíteros recebem uma formação uniforme, comum a todos os países, uma mesma teologia e um só direito. Todos tem as mesmas obrigações e seguem a mesma disciplina. Deve dedicar tempo integral a serviço da Igreja, que é o povo santo de Deus Dotado de uma cultura teológica que o capacita desempenhar um oficio religioso ze-lando pela fé primando sempre pela sã doutrina de Cristo, para que o rebanho do senhor se fortaleça alimentado pela Santa Eucaristia. Compete ao presbítero celebrar os sacramentos seguindo o ritual litúrgico para maior e melhor apreciação do povo de Deus. A santa missa é o ponto mais alto da vida do presbítero. A Eucaristia é tudo. Transformar o pão e o vinho no Corpo e Sangue do Senhor é o maior milagre, para quem crê. O presbítero está próximo do povo. É o pastor junto do rebanho. Participa das alegrias e das tristezas do povo. Se alegra com os que se alegram e chora com os que choram. Em terceiro lugar estão os diáconos, num grau inferior da hierarquia. São lhes imposta as mãos não para o sacerdócio, mas para o ministério diaconal. Temos o diácono transitório e o diácono permanente. Todo presbítero da Igreja recebe primeiro o ministério de diácono, deve exerce-lo por seis meses ou um ano. O diácono permanente, são homens casados, tem a sua família, mas recebe da hierarquia da santa mãe Igreja este ministério. É de grande valia para as comunidades, principalmente coma falta enorme de presbíteros. A sua condição na Igreja é vaga e indeterminada, para alguns teólogos. Os ministérios não ordenados são os serviços prestados a Igreja de Cristo pelos leigos. Muitas vezes, são os leigos que carregam a Igreja nas costas. Além de ter que se dedicar a família, se doam de corpo e alma pela Igreja de Cristo. Coordenam movimentos, pastorais, ajudam na administração dos bens da Igreja, com bastante responsabilidade alguns assumem junto com o pároco o concelho administrativo e pastoral. Todos somos Igreja. Papa, bispos, presbíteros, diáconos e leigos, tomos somos Igreja. A igreja de Cristo. É sal da terra e luz do mundo. É o corpo místico de Cristo. Nas comunidades helenistas, fundada pelos apóstolos, em outras cidades, surgem outros modelos de dirigentes da comunidade; Em primeiro lugar os apóstolos, em segundo os profetas e em terceiro os doutores. ( 1 Cr 12,28 ) Os apóstolos são missionários itinerantes que pregam o Evangelho e dão inicio as no-vas comunidades. Os profetas tem um papel especial no culto, na oração e se reconhecem, sobretudo, porque falam sob inspiração de Deus. Os doutores se dedicam ao ensino. Ainda na época apostólica surgem os ministérios do Epíscopo e do Presbítero, que significa supervisor e ministro. GERAÇÃO POS-APOSTOLICA Na medida em que o tempo vai passando, vão surgindo novas comunidades, com suas exigências particulares, próprias do momento histórico com a qual os cristão deparam. Os ministérios na Igreja, não são estáticos, tem o dinamismo das comunidades. Vão surgindo ou desaparecendo de acordo com o mundo da necessida-de. Na era pós-apostólica, entre os anos 70 e 100, surge a figura do pastor, aquele que fica na comunidade para cuidar do “rebanho”. Esses pastores às vezes são indicados como guias ( Hb 13,17 ); À vezes recebem o nome de supervisores, episcopoy, mais tarde, bispo e presbiteroy ( presbíteros, anciãos ). Nesta época não há distinção entre episcopoy e presbyteroi. A IGREJA INSTITUCIONALIZA OS MINISTERIOS A igreja católica conduzida pelos seus santos pastores, depara, na época pós- apostólica, com o surgimento de falsos pastores, e falsos profetas com doutrinas enganadoras. Para evitarem maiores consequências, os ministérios foram institu-cionalizados ( Ti 1,5-9 ). O critério para a escolha ficou mais rigoroso, com algumas exigências importantes; que não seja interesseiro, violento, arrogante, dado ao vinho, tagarela, avido de sórdido lucro. Também, não se aceita acusações contra os presbí-teros e que eles recebam um salario devido. Como vimos, a Igreja de Cristo, na sua gênese, aparece os espíritos de discórdia. O Espirito Santo vai iluminando os seus verdadeiros pastores para que faça, já, na sua raiz o discernimento do verdadeiro tronco de Jessé. Os falsos pastores é como joio no meio do trigo. No começo ele confunde, mas depois se destaca e a diferença aparece. Aparece na hora da colheita. O trigo bom vai para o celeiro, o joio é lançado ao fogo que não se apaga. “Onde esta o bispo aí está a Igreja”, lembre-se, bispo é aquele que tem a legitima sucessão apostólica. Que provem do grupo dos doze escolhidos por Jesus. A Igreja católica não tem bispo genérico, similar, somente legítimos sucessores. Nela podemos confiar. Quando lemos em São Mateus a genealogia de Jesus, nos leva a meditar na origem da Igreja de Cristo. ( Mt 1,1-16 ). Genealogia , Mt 1,1-17 1 Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2 Abraão gerou a Isaque; Isaque a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; 3 Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá; Perez gerou a Esrom; Esrom a Arão; 4 Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom; 5 Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute gerou a Obede; e Obede, a Jessé; 6 Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão; da que fora mulher de Urias; 7 Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa; 8 Asa gerou a Josafá; Josafá, a Jorão; Jorão, a Uzias; 9 Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequeias; 10 Ezequeias gerou a Manassés; Manassés, a Amom; Amom, a Josias; 11 Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio em Babilônia. 12 Depois do exílio em Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel; 13 Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim a Azor; 14 Azor gerou a Sadoque; Sadoque a Aquim; Aquim, a Eliúde; 15 Eliúde gerou a Eleázar; Eleázar a Matã; Matã, a Jacó. 16 E Jacó gerou a José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. 17 De sorte que todas as gerações, desde a Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até o exilio na Babilônia, catorze; e desde o desterro da Babilônia até Cristo, catorze. Podemos dizer sem cometer heresias que Jesus gerou os seus doze apóstolos, e os colocou no governo de sua Igreja, gerando também os bispos, e os bispos geram para a Igreja os presbíteros , e os presbíteros geram para Igreja a Eucaristia que é o próprio Cristo Jesus, filho de Deus, alimento e sustento da fé. A Igreja é o povo de Deus nas suas, gerações. Pelo batismo somos descendentes de Abrão. A fé cristã é uma fé abraãmica. “Jesus filho de Davi tem piedade de nós”. Davi descende de Abrão. Pelo batismo nos tornamos irmãos de Jesus, o somos, gerado por Cristo no sacramento batismal. Romper com a IGREJA DE CRISTO é uma falta grave. O presbítero possui por ordem de Cristo um poder espiritual, para o exercício da missão. O poder de transformar o pão e o vinho no corpo e sangue de Cristo só é dado ao presbítero e a ninguém mais. Somente a Igreja católica possui este dom. O dom de ter os seus presbíteros conforme o designo de Cristo. Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque. Os legítimos sucessores dos Apóstolos governam a Igreja de Cristo, e confirmam a fé católica do povo eleito de Deus, e delegam aos presbíteros poderes, em grau menor, de ministrar todos os sacramentos na comunidade, para o sustento da fé do povo de Deus, sempre em comunhão com o Bispo. O povo de Deus é a raça escolhida e nação Santa. O novo Israel. A IREJA CATOLICA NUNCA FUGIU DO COMINHO E DA MISSÃO. A Igreja católica nasce do pensamento de Cristo. Ele pensou, quis e fundou a sua Igreja. É comum ouvirmos hoje, alguns falarem, até para justificar a sua conduta, que Jesus não fundou nenhuma Igreja. Jesus disse que diabo é o pai da mentira. Dizer que jesus não fundou uma Igreja é negar a Palavra. É professar e divulgar uma mentira. Ao verificarmos no dicionário de língua portuguesa, a palavra MINHA, vamos encontrar o seguinte: pronome possessivo, forma feminina de meu. Quando Jesus disse: Pedro tu és pedra e sobre ti edificarei a MINHA Igreja, ou Jesus mentiu, ou a bíblia mentiu, ou quem afirma o contrario está mentindo. Até onde aprendi, o pronome meu e ou minha significa posse, pertença. Exemplo, minha casa é tudo para mim. Minha família é uma benção. Minha Igreja foi edificada. Veja bem, o pronome meu / minha, significa uni-camente, pertença. Não se pode negar o obvio. “Contra fato não há argumento”. Jesus tem uma Igreja sim. “As portas do inferno jamais prevalecerão contra ela”, aqui, temos uma profecia de Nosso Senhor. Quantas vezes, as portas do inferno querem sufocar a obra de Cristo! Olha, se você não mudar de Igreja a sua vida não melhora. Ou a minha vida mudou depois que troquei de Igreja. Agora sim o pastor me chama pelo nome! Na Igreja católica o padre nem sabe o nome da gente! Como pode exigir do presbítero que saiba, de cor, o nome de mais de dez mil fiéis? Padre não é computador, é gente. Pode ter certeza, ele, o presbítero, sabe quem abandonou a Igreja de Cristo que está sob seu governo por ordem do Bispo. Ovelha ferida retorne ao redil. Quando era católico eu ia as missas mas não sentia nada. Agora sim eu sinto Jesus. A fé não depende de sentimento. O emocional não tem nada a ver com fé. A fé não depende de emoção. Emoção é uma coisa e fé é outra bem diferente. Nos emocionamos num show, casamento, velório, nascimento de um filho, já disse Roberto Carlos, “são tantas as emoções”. A fé e uma virtude e um dom. Se precisamos de emoção para justificar a fé estamos perdidos. Quem não se emociona não tem fé? A igreja católica é predestinada antes, até mesmo, da criação do mundo. Ela não se desvia em nada daquilo que Cristo pediu. E Cristo Jesus age em conformidade com o Pai, assim sendo, a Igreja é um designo de Deus. Nela congrega uma missão, a de fazer com que todos os povos conheça a verdade, e tome uma decisão, o de seguir ou não o Senhor. Que a todos seja dada a oportunidade de escolha. “Quem comigo não se ajunta se espalha”. A Igreja Católica nasce da boca de Cristo. “Sobre ti edificarei a minha Igreja”. Esta expressão saiu da boca de Jesus. Ele a pronunciou. Assim falou. Assim disse. Afirmou e confirmou. É palavra de Cristo. “Edificarei”, ou seja, será construída por Ele. Ele a edificará, no seu sangue derramado na cruz, prova maior de seu amor. O cordeiro imolado, congrega e salva todo o rebanho. A Igreja é o redil do Senhor. Ovelha ferida retorne ao redil. Deixa o Espirito Santo falar em seu coração, com sua voz calma e suave ele te conduz pela mão. Não se disperse. “Atrairei todos a mim”. Cada dia mais esta Igreja está sendo construída por Cristo, a pesar de nossas fraquezas. Que o rebanho possa atingir a pesar de sua fraqueza a fortaleza do Pastor. A Igreja católica nasce da ação de Cristo. Jesus passou fazendo o bem, curou os doen-tes, libertou os cativos, ressuscitou os mortos, multiplicou os pães saciando a fome da multidão. Na última ceia, assumiu a condição de escravo, lavando os pés dos Apóstolos. E disse a eles: “se assim fiz, fazei vós o mesmo”. Assim vemos que a Igreja é a fiel serva de Cristo, obediente ao seu fundador, na sua essência, nunca se desvia do caminho e da missão a ela confiada pelo seu fundador. Todas as vezes que praticamos o bem somos a Igreja de Cristo, ela é casa do bom samaritano. Santo Agostinho diz que Deus permite que alguns abandone a Igreja para purificar a qualidade da fé daqueles vão permanecer nela até o fim. Só assim para entender o por-que de alguns que eram tão fieis terem abandonado o rebanho do senhor. Temos de rezar por eles sempre. São nossos irmãos separados. Que um dia possamos estar todos juntos na casa do Pai na eternidade. “Na casa de meu Pai há muitas moradas se não fosse assim eu vos teria dito”. Quando visitamos a casa de alguém verdadeiramente católico, sentimos ali, um odor de santidade. Os símbolos da fé logo se destacam, a cruz, a imagem de um santo de devoção popular, um terço que indica e aponta que naquela casa a mãe de Jesus e rainha dos Apóstolos jamais será excluída e para completar, a paz verdadeira reina nesta casa, nunca falta o pão de cada dia mesmo sendo pobres. “O Filho do Homem não tem ode se quer reclinar a cabeça”. A teologia da prosperidade, deveria ser banida. O pobre para ela é um maldito, o rico é um abençoado, os bens confirmam a graça. Quem não possui bens é um desgraçado. Uma Igreja que pregue esta mentira com toda a certeza, não é a Igreja de Cristo. Muitos trocam de religião pensando com isso melhorar de vida, iludidos com propostas de prosperidade. A prosperidade não vem e nem eles voltam mais as suas origens. Alguns perdem a fé por completo. “Bem aventurados os pobres porque deles é o reino dos céus”. “O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua alma”. Uma vida digna é direito de todos, mas isto só acontece com justiça social e não a toque de caixa de forma milagreira. A religião pode ajudar a medida que mude o coração dos homens, não há outro caminho. Quando alguém promete riquezas para você na Igreja dele, desconfie. O diabo também prometeu reinos a Jesus. E Nosso Senhor o expulsou. “Afasta de mim satanás. Está escrito nas escrituras; adorarás somente a Deus e a Ele prestarás culto”. A IGREJA SEGUNDO SANTO AGOSTINHO “Eis que o Senhor, depois de sua ressurreição, aparece novamente aos discípulos. Interroga Pedro e o obriga a confessar três vezes seu amor, a ele que, por medo, três vezes o negara. Cristo ressuscitou na carne, e Pedro segundo o espírito; pois, enquanto o Senhor morria sofrendo, Pedro morria negando. Cristo Senhor ressuscitou dentre os mortos, e Pedro ressuscitou graças ao amor de Cristo para com ele. Àquele que agora o confessava, interrogou sobre seu amor, e lhe confiou suas ovelhas.(Jo 21,16.17). As ovelhas confiadas a Pedro é a sua Igreja. O rebanho, a Igreja de Cristo tem a sua frente alguém provado pelo Senhor. Três vezes negou, três vezes confirmou o seu amor. O Senhor nada mais pergunta, a não ser se o amava. Cristo não confia a Pedro coisa mais alguma senão o pastoreio de suas ovelhas”. Sermões 295,2: Entre estes somente Pedro mereceu representar toda a Igreja. Por causa desta representação da Igreja, que somente ele conduziu, mereceu escutar "Eu te darei as chaves do reino dos Céus" Carta 53, 2: Desta forma, se a linha sucessória dos apóstolos deve ser levada em consideração, com que maior certeza e benefício à Igreja devemos retornar até alcançar o próprio Pedro, a quem, como uma figura que comporta toda a Igreja, o Senhor disse "Sobre esta pedra edificarei e minha Igreja, e os portões do inferno não prevalecerão contra ela" A PROFECIA DE AGEU E SEU CUMPRIMENTO NA IGREJA Quando estudamos este texto de santo Agostinho, ou seja, esta pérola que é a profecia de Ageu e o seu cumprimento na Igreja, aprendemos com ele, Santo Agostinho, a querer e amar ainda mais a nossa Igreja. A Igreja católica foi preparada por Deus desde o princípio. Ela se faz presente no mundo pelo designo do Pai. Vejamos oque fala Santo Agostinho nesta profecia. “Esta casa de Deus é de maios gloria que a primeira, construída de madeira e de pedras preciosas e coberta de ouro. A profecia de Ageu não se cumpriu na restauração do templo, pois desde a restauração teve a sua época de maior esplendor no templo de Salomão. Mais ainda, pode-se dizer que sua glória minguou com o cessamento das profecias e, depois, por causa dos diversos estragos sofridos pelos judeus até sua destruição, levada acabo pelos romanos, como já apontamos. Por sua vez esta casa pertence ao Novo Testamento, é tanto mais gloriosa quanto melhores as pedras que a compõem, pedras viva pela renovação da fé. Figurou-a a restauração do templo, porque em linguagem profética, essa renovação significa o Novo Testamento. Nas palavras de Deus por meio do Profeta: Darei paz a este lugar, deve se entender pelo lugar que significa o lugar significado. Como esse lugar restaurado significa a Igreja, que seria edificada por Cristo, as referidas palavras tem o seguinte sentido: Estabelecerei a paz no lugar que figura. Com efeito todas coisas figurativas parecem representar, de certa maneira, as coisas figuradas. Por isso diz o Apóstolo: E a pedra era Cristo, porque a pedra de que falava era figura de Cristo. A gloria desta casa do Novo Testamento é, pois maior que a da do Antigo e assim aparecerá quando se faça a dedicação 1º. - São Pedro - Mártir -(Simão, filho de Jonas); Galiléia; c A INFALIBILIDADE DO PAPA. Os não católicos não compreendem esta doutrina, da infalibilidade, ou seja o Papa e´ Infalível. Confundem com impecabilidade. O papa é infalível, ou seja não pode errar, quando ensina uma verdade de fé e de moral. Ao definir uma verdade de fé não está inventando uma nova doutrina. Confirma uma verdade que está contida na Palavra de Deus. O Papa é infalível e não pode errar, quando: 1º ) Fala ex cathedra, ou seja, fala como pastor supremo e mestre supremo para toda a Igreja. 2º ) Quando decide ou define uma doutrina de fé ou moral para todos os fieis. O papa tem a assistência direta do Espírito Santo. O Papa jamais poderá ensinar um erro. Ele é a roxa na qual Cristo edificou a sua Igreja. Cristo deu a Pedro e seus sucessores amplos poderes, de ligar e desligar. “Tudo oque ligares na erra será ligado no céu ( Mt 16,18 ). Deus aprova tudo oque Pedro e seu legítimos sucessores ensinarem neste mundo. Eles não podem ensinar o erro. Quando Jesus disse, tudo oque ligares na terra estará ligado no céu, estava dizendo que Pedro era o seu legítimo representante na terra. Deu a ele a missão de apascentar o seu rebanho, “apascente as minhas ovelhas”. Ovelhas sem Pedro, sem o Santo Padre o Papa é ovelha sem pastor, prestes a serem devoradas pelos lobos. Cristo rezou por São Pedro, para que sua fé fosse firme e assim pudesse confirmar na fé a sua Igreja. “Eu, porem, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça”. Em relação a Igreja de Cristo e suas autoridades por ele constituído, os sacramen-tos nela gerado, ninguém melhor que Santo Tomas de Aquino para nos orientar. No seu livro “Suma Teológica Contra os Gentios”, no capitulo LXXIV tratando sabre o sacramento da ordem nos faz ver que a Igreja católica para melhor conformar com os ensinamentos de Nosso Senhor desde seu início rege seu governo de forma ordenada. Com seus ministérios instituídos a Igreja comunica o evangelho de Cristo. Nela está presente todos os elementos de salvação. A Igreja de cristo é completa. Por isso afirma alguns Santos que “fora da Igreja Católica não há salvação”. Na verdade, nela foi colocado por Cristo todos os elementos de salvação. É bom lembrar, que os demais cristãos e não cristãos, pertencentes a outras Igrejas ou denominações religiosas também alcançarão a graça da salvação em Cristo. Nosso Senhor disse “ eu vim para que todos tenham vida”. Acredito que a salvação em Cristo para toda a humanidade passe pela catolicidade da fé. A fé de Abraão. Transcrevo o capítulo LXXIV, que discorre sobre este tema, para vermos quão profun-do é Santo Tomas e o quanto nos esclarece. Capitulo LXXIV Sobre o sacramento da ordem “Em todos os sacramentos que foram por nós tratados, a graça espiritual é conferida pelo sacramento constituído de coisas visíveis. Ora, toda ação deve ser proporcionada ao agente. Por isso é necessário que a dispensação dos referidos sacramentos seja feitos por homens visíveis com poder espiritual. Com efeito não cabe aos anjos dispensarem os sacramentos, mas a homens revestido de carne visível. Por isso diz o Apostolo: Todo pontífice, tirado de entre os homens, é constituído para as coisas que são de Deus ( Hb 5,1 ) 2. A razão disso pode ser encontrada ainda em outro fundamento. Ora o princípio e a virtude dos sacramentos vem de Cristo, pois de Cristo diz o Apóstolo: Cristo amo sua Igreja e se entregou por ela, para santifica-la, purificando-a na pia batismal com a palavra da vida ( Ef 5,25 ). É também sabido que Cristo deu na Ceia o Sacramento do seu corpo e do seu sangue, instituindo para ser usado, e ambos são os principais sacramentos. Mas, como Cristo iria retirar da Igreja a sua presença corpórea, foi necessário instituir a outros como seus ministros para distribuírem aos fiéis os sacramentos segundo a palavra do Apostolo: Os homens nos considerem como ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus ( 1 Cor 4,1 ) por isso, confiou aos discípulos a consagração do seu corpo e de seu sangue dizendo: Fazei isto em memória de mim ( Lc 22,19 ); e deu-lhes o poder de perdoar os pecados, segundo se lê: A quem perdoar-lhes os pecados, ser-lhes-ão perdoados ( Jo 20,23 ); e outorgou-lhes o oficio de ensinar e batizar, segundo lê: Ide, e ensinai todos os povos, batizando-os ( Mt ( 28,19 ). Ora, o ministro está para o senhor como o instrumento para o agente principal; pois como o agente move o instrumento para alguma operação, o ministro também é movido pela ordem do senhor para executar alguma coisa. Ademais o instrumento deve estar proporcionada ao agente. Por isso, é conveniente os ministros de Cristo estarem conformados com Cristo. Ora, Cristo sendo Senhor, por sua autoridade e virtude, operou a nossa salvação, enquanto Deus e homem. É assim, enquanto homem, suportou a paixão para a nossa redenção e, enquanto Deus, sua paixão nos trouxe a salvação. Por esse motivo é conveniente que os ministros de Cristo sejam homens e participem da sua divindade com poder espiritual, como também o instrumento participa da virtude do agente principal. Refere-se o Apostolo a esse poder dizendo: O Senhor lhes deu poder para a edificação, e não para a destruição. ( 2Cor 13,10 ). 3. Porém, não se há de pensar que Cristo deu esse poder aos discípulos para não ser estendido a outros, pois lhes foi dado segundo a palavra do Apóstolo, para a edificação da Igreja. Por isso, esse poder deverá ser perpetuado no tempo necessário para a edificação da Igreja. Ora, isso foi necessário acontecer até desde a morte de Cristo até o fim dos séculos. E, desse modo, foi conferido o poder espiritual aos discípulos , para que mediante eles, chegasse a outros. Também, por esse motivo o senhor dirigia-se aos discípulos como se estivesse dirigindo a outros fieis, como se depreende destes textos: O que vos digo, digo a todos. ( Mc 13,17 ); Eis que estarei convosco até a consumação dos séculos ( Mt 28,20 ) 4. Por conseguinte, como esse poder espiritual vem de Cristo e se estende aos minis-tros da Igreja, e como os efeitos espirituais derivam de Cristo e se estende a nos mediante sinais sensíveis, como se depreende do que acima foi dito, também foi conveniente que esse poder fosse conferidos aos homens mediante certos sinais sensíveis. E tais são certas fórmulas verbais e determinadas ações, como sejam, imposição das mãos, unção, entrega do livro ou do cálice, ou coisas semelhantes que pertencem a execução do poder do poder espiritual. Ora, sempre que uma coisa espiritual é entregue mediante um sinal sensível, a isso se chama sacramento. É, pois, manifesto que na colocação do poder espiritual realiza-se algum sacramento, que será chamado de sacramento da Ordem. 5. No entanto, pertence a liberdade divina que, ao conferir a alguém o poder de reali-zar alguma coisa, também seja conferidas as coisas sem as quais a operação não se reali-za. Ora, administração dos sacramentos aos quais se ordena aos quais se ordena o poder espiritual não se efetua convenientemente sem que a pessoa seja para tal auxiliada pela graça divina. Por isso, como nos demais sacramentos, neste é conferida a graça. 6. Como o poder da Ordem destina-se a distribuição dos sacramentos, e como o sa-cramento da eucaristia é, entre os demais sacramentos, o mais nobre, e consumativo, como se depreende do que foi acima dito, é conveniente que o poder da Ordem seja principalmente referido a este sacramento, pois cada coisa é denominada pelo seu fim. 7. Mas parece ser próprio do mesmo poder conferir alguma perfeição, preparar a matéria para a sua recepção, como por exemplo, o fogo que tem a virtude de transferir a sua forma para outro e de dispor a matéria para a recepção da forma. Ora, como o poder da Ordem se estende a realização do sacramento do corpo de Cristo e a sua entrega aos fiéis, é conveniente que este mesmo poder se também se estenda a fazer os fiéis aptos e preparados para receberem este sacramento. Por isso, é também conveniente que o sacramento da Ordem se estenda a remissão dos pecados pela distribuição dos ouros sacramentos que se destine a remissão dos pecados, quis sejam o Batismo e a Penitência, como se depreende do que foi dito acima. Com efeito, foi dito acima, o senhor deu aos discípulos, aos quais confiou a consagração do seu corpo, também o poder de perdoar os pecados. Esse poder é significado pelas chaves, a respeito das quais Cristo disse a Pedro: Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus ( Mt 16,19 ). Ora, o céu é aberto e fechado a cada um quando alguém se submente ao pecado ou é purificado do pecado. Por isso, diz-se que essas chaves ligam ou desligam, isto é, dos pecados”. Quantos desconhecem esta arguição de Santo Tomaz sobre o sacramento da Or-dem? Quantos navegam por mares revoltos rompidos coma fé católica por não ter esta ciência. Por desconhecê-la. A teologia do sacramento da ordem feita por este doutor da Igreja, nos interpela. Exorta-nos. Enche-nos de satisfação. Isto só acontece na Igreja de Cristo. A filosofia da desconstrução, muito comum hoje, quer com argumentos falaciosos, destruir estes pilares da fé católica. Atacando os padres, desinformando sabre os sacra-mentos, querendo desta forma, minar as bases da Igreja de Cristo. Acredito que os presbíteros de nossa Igreja também deveriam aprofundar este assunto, em retiros ou cursos de formação permanente. Também, nós presbíteros, devido a tantos trabalhos que sugam as nossas forças, nossas energias, precisamos “beber do próprio poço”. Fonte que jorra para avida eterna. O presbítero precisa beber da água viva, a mesma que ele oferece ao rebanho. Assim, fortalecido, defenderá o rebanho de Cristo a ele confiado das matilhas que atacam as ovelhas. O lobo escolhe a ovelha mais fraca, frágil. O presbítero deve estar atento armado com o cajado do conhecimento forjado pelos Santos da Igreja. A fé dos místicos, sua experiências, suas orações, fortalece nossa caminhada e também do rebanho do Senhor. São Clemente, São Policarpo, São Gregório, Santo Augustinho, São Francisco de Assis, São Boaventura, Santo Tomás de Aquino, Santo Inácio, Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz, Santa Terezinha do Menino Jesus e tantos outros, que deram grandes contribuições na construção da cultura religiosa católica. Quantos mártires derramaram o seu sangue, defendendo a fé crista na Igreja Católica , segue um relato do martírio de São Policarpo. Martírio de São Policarpo [+250]) INTRODUÇÃO A Igreja de Deus que vive como estrangeira em Esmirna, para a Igreja de Deus que vive como estrangeira em Filemon e para todas as comunidades da santa Igreja católica que vivem como estrangeira em todos os lugares. Que a misericórdia, a paz e o amor de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo sejam abundantes. CAPÍTULO I 1. Irmãos, nós vos escrevemos a respeito dos mártires e do bem-aventurado Policarpo, que fez a perseguição cessar, selando-a com seu martírio. Quase todos os acontecimen-tos se realizaram para que o Senhor nos mostrasse novamente um martírio segundo o Evangelho. 2. De fato, como o Senhor, ele esperou ser libertado, para que também nós nos tornás-semos seus imitadores, não olhando só para nós, mas também para o próximo. É próprio do amor verdadeiro e firme querer salvar não só a si mesmo, mas também a todos os irmãos. CAPÍTULO II 1. Felizes e generosos todos os mártires que surgem segundo a vontade de Deus. De fato, é necessário que tenhamos fé, para atribuir a Deus o poder sobre todas as coisas. 2. Quem não admiraria a generosidade deles, a perseverança e o amor ao Senhor? Dilacerados pelos flagelos a ponto de ser ver a constituição do corpo até as veias e artérias, permaneciam firmes, enquanto os presentes choravam de compaixão. A sua coragem chegou a tal ponto que nenhum deles disse uma palavra ou emitiu um gemido. Eles mostravam em seus corpos, mas que o Senhor, aí presente, conservava com eles. 3. Atentos à graça de Cristo, eles desprezavam as torturas deste mundo e adquiriram, em uma hora, a vida eterna. O fogo dos torturadores desumanos era frio para eles. De fato, tinham diante dos olhos escapar do (fogo) eterno, que jamais se extingue; com os olhos do coração olhavam os bens reservados à perseverança, bens que o ouvido não ouviu, nem o olho viu, nem o coração do homem sonhou, mostrados pelo Senhor àqueles que não que não eram mais homens, mas que já eram anjos. 4. Do mesmo modo, os que foram entregues às feras suportaram suplícios terríveis. Estendidos sobre conchas, eram submetidos a todo tipo de tormentos, para que fossem induzidos a renegar, se possível, por meio do suplício contínuo. CAPÍTULO III 1. O diabo maquinava muitas coisas contra eles; graças a Deus, porém, não prevaleceu contra nenhum deles. O generoso Germânico fortalecia a timidez deles através de sua perseverança. Ele foi admirável na luta contra as feras. O Procônsul queria que ele cedesse e lhe dizia que tivesse piedade de sua própria juventude. Ele, porém, atiçando a fera, a chamava para si, desejando estar quanto antes livre desta vida injusta e iníqua. 2. Então, a multidão toda, admirada diante da coragem da piedosa e crente geração dos cristãos, gritou: "Abaixo os ateus! Trazei Policarpo." CAPÍTULO IV 1. Um dentre eles, chamado Quinto, frígio recentemente vindo da Frígia, ficou apavorado à vista das feras. Era ele que havia forçado a si mesmo e a outros e a comparecerem ao tribunal. O pro cônsul, através de muita insistência, conseguiu persuadi-lo a jurar e sacrificar. Por isso, irmãos, não louvamos aqueles que se apresentam espontaneamente, pois não é isso que o Evangelho ensina. CAPÍTULO V 1. Quanto a Policarpo, ele inicialmente não se perturbou ao ouvir isso, mas quis perma-necer na cidade. A maioria, porém, o persuadiu a se afastar. Então ele se refugiou numa propriedade pequena, não longe da cidade, e passou o tempo com poucos (companhei-ros). Noite e dia, ele não fazia senão rezar por todos e por todas as igrejas do mundo, como era seu costume. 2. Rezando, ele teve uma visão, três dias antes de o prenderem: viu seu travesseiro queimado pelo fogo. Voltando-se para os seus companheiros, disse: "Devo ser queimado vivo!" CAPÍTULO VI 1. Como persistiam em procurá-lo, transferiu-se para outra pequena propriedade, e logo chegaram os que o procuravam. Não o encontrando, prenderam dois pequenos escravos, e um deles torturado confessou. Era-lhe, de fato, impossível permanecer escondido, porque até mesmo os de sua casa o traíram. O chefe da polícia, que tinha recebido o nome de Herodes, tinha pressa em levá-lo para o estádio, a fim de que Policarpo realizasse o seu destino, entrando em comunhão com Cristo, enquanto aqueles que o tinham estregue recebessem o castigo do próprio Judas. CAPÍTULO VII 1. Numa sexta-feira, pela honra da ceia, guardas e cavaleiros, armados como de costume, tomaram consigo o escravo e partiram, como se estivessem perseguindo um bandido. Chegando pela noite, encontraram-no deitado num pequeno quarto do piso superior. Ele podia ainda fugir daí para outro lugar, mas não quis, e disse: "Seja feita a vontade de Deus". 2. Ouvindo que tinham chegado, ele desceu e conversou com eles, que ficaram espantados com a sua idade avançada, com a sua calma, e com tanta preocupação por capturar um homem tão velho. Ele imediatamente mandou que lhes dessem de comer e beber à vontade, e pediu que lhe concedessem uma hora para rezar tranquilamente. 3. E lhe concederam. Então ele, de pé, começou a rezar, tão repleto da graça de Deus, que por duas horas ninguém pôde interrompê-lo. Os que ouviam ficaram espantados, e muitos se arrependeram de ter vindo prender um velho tão santo. CAPÍTULO VIII 1. Quando por fim terminou de rezar, lembrou-se de todos aqueles que tinha conhecido, pequenos e grandes, ilustres e obscuros, e de toda a Igreja Católica espa-lhada por toda a terra. Chegando a hora de partir, fizeram-no montar sobre um jumento e o levaram para a cidade. Era o dia do grande sábado. 2. Herodes, o chefe da polícia, e seu pai Nicetas foram até ele. Fizeram-no subir ao seu carro e, sentando-se ao seu lado, procuravam persuadi-lo, dizendo: "Que mal há em dizer que César é o Senhor, oferecer sacrifícios e fazer tudo o mais para salvar-se?" De início, ele nada respondeu. Como insistissem, ele falou: "Não farei o que vós estais me aconselhando." 3. Não conseguindo persuadi-lo, lançaram-no todo tipo de injúrias, e o fizeram descer do carro tão apressadamente que ele se feriu na parta da frente da perna. Sem se voltar, como se nada houvesse acontecido, ele caminhou alegremente em direção ao estádio. Aí o tumulto era tão grande que ninguém conseguia escutar ninguém. CAPÍTULO IX 1. Quando Policarpo entrou no estádio, veio do céu uma voz, dizendo: "Sê forte, Policar-po! Sê homem!" Ninguém viu quem tinha falado, mas alguns dos nossos que estavam presentes ouviram a voz. Finalmente o fizeram entrar e, quando souberam que Policarpo fora preso, levantou-se grande tumulto. 2. Levado até o pro cônsul, este lhe perguntou se ele era Policarpo. Respondeu que sim. E o pro cônsul procurava fazê-lo renegar, dizendo: "Pensa na tua idade", e tudo o mais que se costumava dizer, como: "Jura pela fortuna de César! Muda teu modo de pensar e dize: 'Abaixo os ateus!'" Policarpo, contudo, olhava severamente toda a multidão de pagãos cruéis no estádio, fez um gesto para ela com a mão suspirou, elevou os olhos e disse: "Abaixo os ateus!" 3. O chefe da polícia insistia: "Jura, e eu te liberto. Amaldiçoa o Cristo!" Policarpo respon-deu: "Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e ele não me fez nenhum mal. Como poderia blasfemar o meu rei que me salvou?" CAPÍTULO X 1. Ele continuava a insistir, dizendo: "Jura pela fortuna de César!" Policarpo respondeu: "Se tu pensas que vou jurar pela fortuna de César, como dizes, e finges ignorar quem sou eu, escuta claramente: eu sou cristão. Se queres aprender a doutrina do cristianismo, concede-me um dia e escuta." O pro cônsul respondeu: "Convence o povo!" 2. Policarpo replicou: "A ti eu considero digno de escutar a explicação. Com efeito, aprendemos a tratar as autoridades e os poderes estabelecidos por Deus com o respeito devido, contanto que isso não nos prejudique. Quanto a esses outros, eu não os considero dignos, para me defender diante deles." CAPÍTULO XI 1. O pro cônsul disse: "Eu tenho feras, e te entregarei a elas, se não mudares de ideia." Ele disse: "Pode chamá-las. Para nós, é impossível mudar de ideia, a fim de passar do melhor para o pior; mas é bom mudar, para passar do mal à justiça." 2. O pro cônsul insistiu: "Já que desprezas as feras, eu te farei queimar no fogo, se não mudares de ideia." Policarpo respondeu-lhe: "Tu me ameaças com um fogo que queima por um momento, e pouco depois se apaga, porque ignoras o fogo do julgamento futuro e do suplício eterno, reservado para os ímpios. Mas por que tardar? Vai e faze o queres." CAPÍTULO XII 1. Dizendo isso e tantas outras coisas, ele permanecia cheio de força e alegria, e seu rosto estava repleto de graça. Ele não só não se deixou abater pelas ameaças que lhe eram dirigidas, mas o próprio pro cônsul ficou estupefato e mandou seu arauto ao meio do estádio, para anunciar três vezes: "Policarpo se declarou cristão!" 2. A essas palavras do arauto, toda a multidão de pagão e judeus moradores de Esmirna, com furor incontido, começou a gritar: "Eis o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor de nosso deuses! É ele que ensina muita gente a não sacrificar e a não adorar." Dizendo isso, gritavam e pediam aos asiarca Filipe que lançasse um leão contra Policarpo. Este respondeu que não lhe era lícito, pois os combates de feras já haviam terminado. 3. Então unânimes se puseram a gritar que Policarpo fosse queimado vivo. Devia cumprir a visão que lhe fora mostrada: enquanto rezava, ele tinha visto o travesseiro pegando fogo, e dissera profeticamente aos fiéis que estavam com ele: "Devo ser queimado vivo." CAPÍTULO XIII 1. Então as coisas caminharam rapidamente, mais depressa do que dizê-las. Imediata-mente a multidão começou a recolher lenha e feixes tirados das oficinas e termas. Sobretudo os judeus se deram a isso com mais zelo, segundo o costume deles. 2. Quando a pira ficou pronta, o próprio Policarpo se despiu, desamarrou o cinto, e ele mesmo tirou o calçado. Ele nunca fizera isso antes, porque sempre cada um dos fiéis se apressava a ser o primeiro a tocar-lhe o corpo; mesmo antes do martírio, ele já fora constantemente venerado pela sua santidade de vida. 3. Imediatamente colocaram em torno dele o material preparado para a pira. Como que-riam pregá-lo, ele disse: "Deixai-me assim. Aquele que me concede força para suportar o fogo, dar-me-á força para permanecer imóvel na fogueira, também sem proteção de vosso pregos." CAPÍTULO XIV 1. Então não o pregaram, mas o amarraram. com suas mãos amarradas atrás das costas, ele parecia um cordeiro escolhido de grande rebanho para o sacrifício, holocausto agra-dável preparado para Deus. Erguendo os olhos ao céu, disse: "Senhor, Deus todo-poderoso, Pai de teu Filho amado e bendito, Jesus Cristo, pelo qual recebemos o conhe-cimento do teu nome, Deus dos anjos, dos poderes de toda criação, e de toda geração de justos que vivem na tua presença! 2. Eu te bendigo por me teres julgado digno deste dia e desta hora, de tomar parte entre os mártires, e do cálice de teu Cristo, para a ressurreição da vida eterna da alma e do corpo, na incorruptibilidade do Espírito Santo. Com eles, possa eu hoje ser admitido à tua presença como sacrifício gordo e agradável, como tu preparaste e manifestaste de antemão, e como realizaste, ó Deus sem mentira e veraz. 3. Por isso e por todas as outras coisas, eu te louvo, te bendigo, te glorifico, pelo eterno e celestial sacerdote Jesus Cristo, teu Filho amado, pelo qual seja dada a glória a ti, como ele o Espírito, agora e pelos séculos futuros. Amém. CAPÍTULO XV 1. Quando ele ergueu o seu Amém e terminou sua oração, os homens da pira acenderam o fogo. Grande chama brilhou e nós vimos o prodígio, nós a quem foi dado ver e que fomos preservados para anunciar estes acontecimentos a outros. 2. O fogo fez uma espécie de abóbada, como vela de navio inflada pelo vento, e envolveu como parede o corpo do mártir. Ele estava no meio, não como carne que queima, mas como pão que assa, como ouro ou prata brilhando na fornalha. Sentimos então um perfume semelhante a baforada de incenso ou outro aroma parecido. CAPÍTULO XVI 1. Por fim, vendo que o fogo não podia consumir o seu corpo, os ímpios ordenaram ao carrasco que fosse dar o golpe de misericórdia com o punhal. Feito isso, jorrou tanto sangue que apagou o fogo. Toda a multidão admirou-se de ver tão grande diferença entre os incrédulos e os eleitos. 2. Entre estes, o admirável mártir Policarpo, que foi, em nosso dias, mestre apostólico e profético, o bispo da Igreja católica de Esmirna. Toda palavra que saiu de sua boca se cumpriu e se cumprirá. CAPÍTULO XVII 1. Contudo, o invejoso, o perverso e o mau, o adversário da geração dos justos, vendo a grandeza do seu testemunho e de sua vida irrepreensível desde o início, vendo-o ornado com a coroa da incorruptibilidade e conquistando uma recompensa incontestável, procurou impedir-nos de levar o corpo, embora muitos de nós o desejassem fazer e possuir sua carne santa. 2. Ele sugeriu a Nicetas, pai de Herodes e irmão de Alce, que procurrase o magistrado, a fim que ele não nos entregasse o corpo. Ele disse: "Não aconteça que eles, abandonando o crucificado, passem a cultuar esse aí." Dizia essas coisas por sugestão insistente dos judeus, que nos tinham vigiado quando queríamos retirar o corpo do fogo. Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestarmos culto a outro. 3. Nós o adoramos, porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos jus-tamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com o rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos! CAPÍTULO XVIII 1. Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era de costume. 2. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos, mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-los em lugar conveniente. 3. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos, na alegria e contenta-mento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro. CAPÍTULO XIX 1. Essa é a história do bem-aventurado Policarpo, que foi, juntamente com os irmãos da Filadélfia, o décimo segundo a sofrer o martírio em Esmirna. Contudo, apenas dele se guarda a lembrança mais do que dos outros, a ponto de até os próprios pagãos falarem dele por toda parte. Ele foi, não apenas mestre célebre, mas também mártir eminente, cujo martírio segundo o Evangelho de Cristo todos desejam imitar. 2. Por sua perseverança, ele triunfou sobre o iníquo magistrado, e assim foi cingido com a coroa da incorruptibilidade. Juntamente com os apóstolos e todos os justos, na alegria, ele glorifica a Deus, Pai todo-poderoso, e bendiz nosso Senhor Jesus Cristo, o salvador de nossas almas, guia de nossos corpos, e pastor da Igreja católica no mundo inteiro. CAPÍTULO XX 1. Havíeis pedido para ser informados com mais pormenores sobre esses acontecimen-tos. Por enquanto vos demos uma narração resumida por intermédio do nosso irmão Marcião. Quando tomardes conhecimento desta carta, transmiti-a aos irmão que estão mais longe, para que também eles glorifiquem o Senhor, que fez sua escolha entre seus servidores. 2. Àquele que, pela sua graça e pelo seu dom, nos pode introduzir no seu reino eterno, por seu Filho único Jesus Cristo, a ele a glória, a honra, o poder e a grandeza pelos sécu-los. Saudai todos os santos. Aqueles que estão conosco vos saúdam, e também Evaristo, que escreveu esta carta, com toda a sua família. CAPÍTULO XXI 1. O bem-aventurado Policarpo deu testemunho no início do mês Xântico, no décimo segundo dia, o sétimo dia antes das calendas de março, dia do grande sábado, na oitava hora. Ele fora preso por Herodes, sob o pontificado de Filipe de Trália e do pro consulado de Estácio Quadrato, mas sob o reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem seja dada a glória, a honra, a grandeza, o trono eterno de geração em geração. Amém. CAPÍTULO XXII - Apêndice 1. Nós vos desejamos boa saúde. Irmãos, andai segundo o Evangelho, na palavra de Jesus Cristo. Com ele, glória a Deus Pai e ao Espírito Santo, para a salvação dso santos eleitos. Foi assim que o bem-aventurado Policarpo testemunhou. Possamos nós caminhar em suas pegadas e sermos encontrados com ele no Reino de Deus. 2. Gaio transcreveu estas coisas de Irineu, discípulo de Policarpo; ele viveu com Irineu. Eu, Sócrates, as copiei em Corinto, da cópia de Gaio. A graça esteja com todos. 3. Por minha vez, eu, Piônio, copiei do exemplar acima, que procurei, depois que o bem-aventurado Policarpo o mostrou a mim em revelação, como contarei em seguida. Reuni os fragmentos quase destruídos pelo tempo. Que o Senhor Jesus Cristo me reúna tam-bém com seus eleitos no Reino do céu. A ele seja dada a glória com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém. Ao lermos o relato do martírio de são Policarpo, mais amamos a nossa Igreja. Não podemos trair aqueles que a regaram com o próprio sangue. Quantos estão abandonado a Igreja de Cristo nos últimos tempos. Quantos abandonam a Igreja de Cristo por tão pouco. Quantos “católicos” contaminados com o viro do protestantismo. Influenciados pela filosofia da desconstrução, vão cedendo espaço para a dúvida e deixando que as verdades da fé sejam varridas de sua história pessoal. Rompem com o histórico da família. Renegam a família, chegam a dizer que seus pais, já falecidos, estão no inferno por não terem morrido na fé católica. Elas eram pessoas cheias de santidade, com certeza estão na glória do Pai. Não julgueis, para não serem julgados. Não condeneis, para serdes condenados. ( Lc 6,37 ) Nós católicos, somos julgados todos os dias, pelo tribunal das seitas protestantes. A palavra de Cristo é a sentença deles. Quem julga será julgado, quem condena será condenado. Somos acusados de idólatras, adoradores de imagens. Acreditamos em Santos. Em Maria mãe de Jesus. Os protestantes tem estas três acusações contra nós. No livro, Igreja do Deus vivo de Frei Battistini, temos uma orientação bastante pedagógica sobre o culto as imagens, a qual passo a vocês. CULTO DAS IMAGENS “O cavalo de batalha de muitos membros de seitas é acusar os católicos de adorar imagens. Muitas vezes conseguem confundir os mais simples, dizendo que Deus proibiu fazer imagens etc. etc. Vamos demonstrar aqui que Deus não proibiu fazer imagens, as alias, mandou fazer ESCCLARECIMENTO Imagem: é a representação de um ser em seu aspecto físico. Assim imagem é uma fotografia, uma estátua, um quadro etc. Adorar: é o ato de considerar Deus como único criador e senhor do universo. Ídolo: é um falso deus, inventado pela fantasia humana ( sol, lua, animais e outras entidades, etc. Idolatria: é o ato de adorar o falso deus. Ou seja, é considerar o falso deus como cria-dor e senhor do universo. É o pior e mais grave pecado que alguém possa fazer. Venerar: é imitar, honrar, louvar a virgem e os santos porque são nossos modelos na fé na prática da caridade. DEUS PROIBE A FABRICAÇÃO DE IDOLOS E NÃO DE IMAGENS Uma vez que o povo hebreu estava cercado de povos que adoravam ídolos ( falsos deuses ), para que o povo hebreu não os imitasse nesse horrível pecado, Deus fez saber ao seu povo: “Eu sou o Senhor teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim. Não faras para ti imagem de escultura nem figura alguma do que está no céu ou embaixo sobre a terra ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor teu Deus, um Deus zeloso” ( Ex 20 1-5 ) Como se percebe, Deus proíbe severamente a fabricação de imagens de ídolos ( falsos deuses ) para serem colocados no lugar do Deus verdadeiro, porque somente Ele, Deus, é o único e verdadeiro Deus. DEUS MANDA FAZER IMAGENS Quando as imagens não são para serem colocadas no lugar de Deus, isto é, quando as imagens não são para serem adoradas, então o mesmo Deus as manda fazer. E muitas. “O senhor disse a Moises: farás dois querubins de ouro. Estes querubins terão suas asas estendidas para o alto e com suas asas protegerão a tampa da Arca da Aliança. E ali eu virei ter contigo” ( Ez 25,18-22 ) Veja, que o mesmo Deus que proíbe adorar imagens também manda fazer imagens. Será que a bíblia está errada? Ou falta parafusos em nossas cabeças para compreender melhor a Bíblia? “Dentro do santíssimo foram postos dois querubins de madeira” ( 1Rs 6,29 ). “Todas as paredes do Templo em redor eram entalhadas com figura de querubins e palmas”. ( 1Rs 6,29 ) “O Senhor disse a Moisés: fazei uma serpente de bronze...” ( Nm 21,8; Ez 41,18 ) Como se vê, Deus não proibiu fazer imagens, pois ele mesmo as mandou fazer. Deus proibiu fazer imagens de ídolos, isto é falso deuses e a eles presar culto de adoração, a saber, considera-los como criadores do mondo. As imagens de Maria, dos santos, como também os monumentos dos heróis nacionais, não são ídolos, mas retratos de pessoas que se destacaram na fé em Cristo e na amor ao próximo e que nós devemos imita-los. REZAR A DEUS POR MEIO DOS SANTOS E DA VIRGEM MARIA Maria, os apóstolos, os santos são amigos de Deus e nossos irmãos; por isso pode-mos contar com sua intercessão no céu. No céu, eles os santos, são nossos intercessores. Há muitos exemplos disso na bíblia: Conferir: (1Sm 7,8; Ecl 44,1-2; 1Rs 18,7). Maria, em Cana da Galileia, pediu em favor dos noivos. E Jesus realizou o seu pri-meiro milagre em atenção a sua mãe ( Jo 2,1-12 ). O mesmo Lutero, pai dos protestante, dizia: “Ninguém nunca se esqueça de invocar a virgem Maria e os santos pois eles podem interceder por nós” ( Prep. ad mortem ). Pedro, em nome de Jesus, realizou muitos milagres ( At. 3,8 ). S. Paulo diz: “É bom rezar uns pelos outros e isto é agradável aos olhos de Deus” (1Tm 2,1-3; Ef 6,18-19 ). A VIRGEM MARIA É MÃE DE JESUS, E MÃE DE DEUS. A Santa Igreja Católica sempre tributou a Maria uma veneração, uma imitação, um amor muito especial, desde o início do cristianismo. O motivo é que ela é mãe de Jesus, o filho de Deus e nosso Salvador. PARA ESCLARECER Pontos doutrinários: Jesus cristo é o único salvador e redentor. Jesus é filho de Deus, igual ao Pai e ao Espírito Santo na natureza. A Jesus devemos o culto máximo de adora-ção. Em relação a Maria: Maria é uma criatura como nós criada por Deus. A Maria não de-vemos culto de adoração, mas veneração, amor e imitação. Maria é mãe de Jesus, Mão de Deus, porque Jesus é Deus: Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O filho, eterno como o pai e o espirito Santo, por vontade do Pai se encarna para salvar a humanidade. Encarnação do Filho de Deus: A divindade do Filho de Deus se uniu a humanidade no seio de Maria, e esta por obra do Espirito Santo, deu a luz a pessoa de Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. Maria, então, sendo mãe de Jesus Cristo e este sendo homem e Deus, é mãe doo Filho de Deus feito homem. PROVA BIBLICA “O senhor mesmo vos dará um sinal: Eis a Virgem que conceberá e dá a luz um filho que se chamara Emanuel. ( Deus conosco )” ( Is 7,14 ). “O anjo disse a Maria: Não tenhais medo, Maria, encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás a luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo. Maria, porém, disse: Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum? O anjo respondeu: O Espirito Santo virá sobre ti e o poder do altíssimo vai te cobrir com sua sombra, por isso o santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” ( Lc 1,30-35 ). Maria é a nova Eva, derrota satanás . Esmaga a cabeça da serpente, uma das vitórias de satanás, hoje, é colocar na cabeça de alguns a não aceitação de Maria. Todas vezes que Maria não é aceita, satanás faz ecoar no in-ferno uma grande salva de palmas. Dizer não a Maria é dizer sim a satanás. “ A nossa Igreja tem Pai, mãe e filho. Explicando: Deus é Pai de Jesus, Jesus é filho de Deus e filho de Maria, Maria Santíssima é também mãe da Igreja por isso ela é nossa mãe. . JESUS É O ÚNICO FILHO DE MARIA Maria foi virgem ante e depois do parto. Esta verdade é ensinada na Igreja desde o início do cristianismo, se encontra na Bíblia e na Tradição. Foi definida pelo V Concilio de Constantinopla, 553. Maria é a criatura mais perfeita pura e sublime. Porque Jesus esco-lheu sua mãe antes de nascer entre nós, é claro que a escolheu perfeita, santa e imacu-lada. Há muitos que não gostam destas verdades lindas, por isso procuram por todos os meios rebaixar Maria. Mas não conseguem. O gesto de Jesus é sublime demais em escolher uma mãe sublime. A final, Ele merecia uma mãe perfeita. MARIA TEVE UM SÓ FILHO. Os que dizem que Maria teve outros filhos se baseiam nestas palavras de Marcos: “Por acaso, não é ele o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? ( Mc 6,3 ). E também em Lc 8,19 . Explicação: A palavra irmão aqui, tem o significado de primo ou parente próximo, pois a língua hebraica não possui a palavra primo. No lugar de primo ou parente próxi-mo aparece sempre a palavra irmão. Depois de conhecermos estas verdades, mais nos alegramos em pertencer a Igreja de Cristo. Alguém pode imaginar Jesus expulsando a sua mão de sua casa, jamais Ele faria isso. Pelo contrario, daria a ela um luar de destaque, para nós católicos Maria é a rainha da Igreja. A mãe do Rei só pode ser Rainha. Maria disse: “Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada” ( Lc 1,48 ). “O poderoso fez em mim grandes coisas, santo é o seu nome” ( Lc 1,49 ). Isto aqui é bíblico, romper com estas palavras ,distorcendo-as a gosto do freguês é pecar contra o Espirito, toda palavra é inspirada. O pecado contra o Espirito Santo não tem perdão. A nossa Igreja tem Pai, mãe e filho. Explicando: Deus é Pai de Jesus, Jesus é filho de Deus e filho de Maria, Maria Santíssima é também mãe da Igreja por isso ela é nossa mãe. Quem duvida de Maria, de sua santidade e de sua coparticipação no plano de Deus é com Adão que perdeu o paraíso. Maria é a nova Eva. Eva disse não a Deus, e Maria SIM. Do seu sim a humanidade pode ver o rosto de Deus. Do seu sim brotou a esperança e chegou para toda a humanidade o cumprimento das profecias. “Da cepa brotou a rama, da rama brotou a flor da flor nasceu Maria e de Maria o Salvador”. Este verso que também é bíblico, nos remete ao tronco de Jesse. As profecias bíblicas falam de Maria. “Ave Maria cheia de graça o senhor é convosco, Bendita sois voz entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria mãe de Deus rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amem”. Reze esta oração todos os dias, e terás o céu dentro de ti. Com certeza, nesta hora Jesus estará sorrindo para você. Qual filho não se sente bem vendo sua mãe sendo homenageada e qual filho não se sentiria mal vendo sua mãe sendo maltratada e humilhada. DOGMAS SABRE MARIA VIRGEM, MÃE, IMACULADA E ASSUNTA AO CÉU 1. A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA O Papa Pio IX, na Bula "Ineffabilis Deus", de 8 de Dezembro de l854 definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria: "Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada de todo o pecado, imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fiéis" (Dz. 1641).É bom lembrar, que um dogma não é algo imposto, pelo Santo Padre o Papa, é a confirmação de uma verdade constatada na fé do povo católico. a. Maria desde o primeiro instante que é constituída como pessoa no seio de sua mãe, o é sem mancha alguma de pecado (=pecado original). b. Como foi concebida sem pecado: 1. Ausência de toda mancha de pecado. 2. Lema da graça Santificante. 3. Ausência da inclinação o mal. c. Este privilégio e dom gratuito foi concedido apenas à Virgem e a ninguém mais, em atenção àquela que havia sido predestinada para ser a Mãe de Deus. d. Em previsão dos méritos de Cristo porque a Maria a Redenção foi aplicada antes da morte do Senhor. Provas das Escrituras: "Estabeleço hostilidade..." (Gn 3,15). "Deus te salve, cheia de graça." (Lc 1,28). "Bendita tu entre as mulheres..." (Lc 1,42). 2. MARIA, É A MÃE DE DEUS O Concilio de Éfeso (431), sob o Papa São Clementino I (422-432), definiu solenemente que: • \"Se alguém afirmar que o Emanuel (Cristo) não é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem não é Mãe de Deus, porque deu à luz segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja excomungado.\" (Dz. 113). Muitos Concílios repetiram e confirmaram esta doutrina: • Concílio de Calcedônia (Dz. 148). • Concílio de Constantinopla II (Dz. 218, 256). • Concílio de Constantinopla III (Dz. 290). Maria gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas por obra e ação do Espirito santo, Jesus é de natureza humana e divina. Provas das Escrituras: • \"Eis que uma Virgem conceberá...\" (Is 7,14). • \"Eis que conceberás...\" (Lc 1,31). • \"O que nascerá de Ti será...\" (Lc 1,35). • \"Enviou Deus a seu Filho nascido...\" (Gl 4,4). • \"Cristo, que é Deus...\" (Rm 9, 5). 3. A ASSUNÇÃO DE MARIA O Papa Pio XII, na Bula \"Munificentissimus Deus\", de 1º de Novembro de 1950, proclamou solenemente o dogma da assunção de Maria ao céu: • \"Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma ? gloria celeste\" (Dz. 2333). A Virgem Maria foi assunta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida ter-rena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os ho-mens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição. O essencial do dogma é que a Virgem foi levada ao céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dotes próprios da alma dos bem-aventurados e igualmente com todas as qualidades próprias dos corpos gloriosos. Entende-se melhor tudo ao recordar: 1. Maria foi isenta de pecado original e atual. 2. Teve a plenitude da graça. Fundamentos deste dogma: Desde os primeiros séculos foi um sentir unânime da fé do povo do Deus, dos cris-tãos. Os Santos Padres e Doutores manifestaram sua fé nesta verdade: • São João Damasceno (séc. VII): \"Convinha que aquela que no parto havia con-servado a íntegra de sua virgindade, conservasse sem nenhuma corrupção seu Cor-po, depois da morte.\" • São Germano de Constantinopla (séc. VII): \"Assim como um filho busca estar com a própria Mãe, e a Mãe anseia viver com o filho, assim foi justo também que Tu, que amavas com um coração materno a Teu Filho, Deus, voltasses a Ele.\" Portanto, o fundamento deste dogma se depreende e é consequência dos anteriores. 4. MARIA É VIRGEM E MÃE, ANTES, DURANTE E DEPOIS DO PARTO PROVA DA BÍBLIA “O senhor mesmo vos dará um sinal: Eis a Virgem que conceberá e dá a luz um filho que se chamara Emanuel. ( Deus conosco )” ( Is 7,14 ). “O anjo disse a Maria: Não tenhais medo, Maria, encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás a luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo. Maria, porém, disse: Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum? O anjo respondeu: O Espirito Santo virá sobre ti e o poder do altíssimo vai te cobrir com sua sombra, por isso o santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” ( Lc 1,30-35 ). Maria é a nova Eva, derrota satanás . Esmaga a cabeça da serpente, uma das vitórias de satanás, hoje, é colocar na cabeça de alguns a não aceitação de Maria. Todas vezes que Maria não é aceita, satanás faz ecoar no inferno uma grande salva de palmas. Dizer não a Maria é dizer sim a satanás. “Maria disse: Fazei tudo o que ele vos disser”. PARA ESCLARECER Pontos doutrinários: Jesus cristo é o único salvador e redentor. Jesus é filho de Deus, igual ao Pai e ao Espírito Santo na natureza. A Jesus devemos o culto máximo de adoração. Em relação a Maria: Maria é uma criatura como nós criada por Deus. A Maria não devemos culto de adoração, mas veneração, amor e imitação. Maria é mãe de Jesus, Mão de Deus, porque Jesus é Deus: Em Deus há três pes-soas: Pai, Filho e Espírito Santo. O filho, eterno como o pai e o espirito Santo, por vontade do Pai se encarna para salvar a humanidade. Encarnação do Filho de Deus: A divindade do Filho de Deus se uniu a humani-dade no seio de Maria, e esta por obra do Espirito Santo, deu a luz a pessoa de Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. Maria, então, sendo mãe de Jesus Cristo e este sendo homem e Deus, é mãe doo Filho de Deus feito homem. Em sentido próprio é a integridade física dos órgãos reprodutivos. Muitas vezes a virgin-dade de Maria foi atacada pelos hereges. É verdade da fé católica que Nossa Senhora ficou perfeitamente sempre virgem, antes do parto, no parto e depois do parto. No Símbolo apostólico se diz: \"Nascido de Maria Virgem\"; nas antigas liturgias é fre-qüente o titulo de Maria sempre virgem. No Concílio Romano do ano 649 se definiu Maria Imaculada, sempre virgem, que concebeu sem concurso de homem e ficou também intacta depois do parto. Na Sagrada Escritura temos a famoso trecho de Isaías 7, 14: \"Eis que uma virgem conce-berá e dará a luz a um filho e o chamará Emanoel, que quer dizer Deus conosco.\". O texto é certamente messiânico e, portanto a Virgem é Maria. No Evangelho cita-se esta profecia (Mt. 1, 18-23) e se conta com exatas palavras o nascimento virginal de Jesus, por obra do Espírito Santo. Os Padres da Igreja, no trecho de Ez. 44,2 veja a virgindade de Maria depois do parto: \"este pórtico ficará fechado. Não se abrirá e ninguém entrara por ele, porque por ele entrara Iahweh, o Deus de Israel, pelo que permanecera fechado\". Toda a Tradição e concorde em defender a virgindade perpetua de Maria: Santo Agosti-nho afirma: \"A Virgem concebeu, a Virgem ficou grávida, a Virgem deu a luz, a Virgem é virgem perpetua\". A razão teológica deste dogma é clara e tão simples, ela esta na divindade do Verbo e na maternidade de Maria, ao qual repugnou toda a corrupção. OBS: Esperamos ansiosamente a para BREVE a promulgação do 5º Dogma de Maria como: a - Medianeira de todas as graças e advogada nossa; b - Co-redentora do gênero humano. Quando isso acontecer todo o canal de graças que nos vem da Igreja por Maria, passará a fluir de forma perfeita até Jesus, e dele ao Pai. Estará bem próximo o dia então em que Maria esmagará a cabeça da serpente, pelo triunfo do seu Coração Imaculado, conforme ela previu em Fátima. Então ela será realmente aceita como Mãe, por todos os povos da terra. Mas este triunfo dela virá somente depois do Triunfo da Eucaristia! Maria é Rainha do céu e da terra, Rinha da Igreja, fundada por seu Filho. JESUS FUNDOU UMA SÓ IGREJA: UMA SÓ DOUTRINA, UM SÓ CULTO,UM SÓ GOVERNO. Uma só doutrina: “Quem não esta comigo é contra mim”. ( Mt 12,30 ) “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e pai de todos” ( Ef 43,6 ) Jesus reza ao Pai para que os apóstolos e futuros cristãos sejam sempre unidos. A unidade de fé deve ser um sinal de sua Igreja diante do mundo: Não rogo apenas por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como Tu, Pai, estas em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste”. ( Jo 17,20-21 ) Os apóstolos não admitiam doutrinas diferentes, que dividem. Neste ponto usam uma severidade impressionante . Jesus ensinou uma só doutrina; quem ensinar uma doutrina diferente, que seja afastado, excluído da Igreja: “Recomendo-vos, irmãos que tomeis cuidado com os que produzem divisões contra a doutrina que aprendestes. Afastai-vos, deles”. ( Rm 16,17 ). “Se alguém vos anunciar um Evangelho diferente, seja execrado, isto é, seja excomungado” ( Gl 1,7-9 ) Unidade de Culto: “Porque há um só pão, um só corpo somos nós, embora muitos, visto participar todos do único pão” ( 1Cr 10,17 ) Unidade de governo: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Estas tenho de reunir, e elas ouvi-rão a minha voz. Então haverá um só rebanho e um só pastor” ( Jo 10,16; Mt 16,15-16 ). “Irmão, conjuro-vos que sejais sempre perfeitamente unidos, num só sentimento e num mesmo pensar” ( 1,Cr 1,10 ). Podemos perceber nestes relatos bíblicos a preocupação de Jesus e dos apóstolos , com a unidade da Igreja. Jesus fundou uma só Igreja e a esta entregou a sua mensagem para ser anunciada ao mundo. Esta mensagem não pode sofrer alterações, ou adultera-ções. A igreja de Jesus é uma, a doutrina é uma só, a autoridade é uma só. “Um só rebanho e um só pastor”. Ovelha ferida retorne ao redil. Enxugue sua lágrimas perdoe quem te feriu. Na casa do Pai há muitas moradas, aqui também é seu lugar. FÉ CATÓLICA E APOSTOLICA. A nossa fé é uma fé de qualidade, ou seja, católica e apostólica. Os bispos da igreja católica, são os legítimos sucessores dos apóstolos. Todos os sacramentos celebrados na Igreja é uma ação apostólica. Ou seja, é conferido ou ministrado por ordem do bispo, legitimo sucessor dos apóstolos. Por isso tem validade. O presbítero, o padre ao celebra-lo, o faz por ordem do bispo. Sem a ordem não há validade. É nulo qualquer sacramento celebrado ou seja conferido sem a ordem dos sucessores dos apóstolos. Tudo tem a sua Raiz em Pedro. Se o ramo não permanece na videira, não pode produzir frutos. Todo ramo cortado seca, e morre. Esta ordem não pode ser usurpada. Ou seja apropriar-se dela. Todo poder usurpado é falso e enganador, não condiz com a verdade. Jesus age em conformidade com o Pai. “Eu e o Pai somos um”. A Igreja católica age em conformidade com Cristo. A Igreja é una em Cristo. Por Cristo com Cristo e em Cristo. Nenhum presbítero pode exercer de forma válida o ministério sem comunhão com o seu Bispo. O bispo governa a Igreja o presbítero participa deste governo por ordem do bispo. Na verdade, todo o batizado em nome cristo é membro da Igreja, cuja caça é Cristo. O leigo é Igreja, nós, presbíteros prestamos um serviço na Igreja não somos nada ,somos apenas servidores. Quem tudo concede, é Cristo. “Somos, na verdade, servos inúteis. Fazemos oque devemos fazer”. Todo batizado possui os três múnus, Sacerdote, Profeta e Rei. Cristo possui os três múnus , o cristão deve ser um outro Cristo na terra, “já não sou eu que vivo mas Cristo que vive em mim”, “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”. ( Jo 6,54 ) “Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus” (Rm 12, 1). Ser hóstia viva eis o nosso desa-fio. Aparece aqui também um convite a santidade. Ser Santo é ser alguém separado do mal. Sede santo, como vosso Pai celeste é Santo. A Igreja de Cristo é Santa. Os Apósto-los, receberam de Jesus o dom da santidade. “Jesus soprou sobre eles, dizendo: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados” ( Jo 20,22,23 ) A Igreja é Santa em seu fundador, em seus meios, em seu fins, em sua doutrina e em seus membros. O católico precisa tomar consciência desta verdade. Cristo santifica o mundo através de sua Igreja. Ela, a Igreja é fermento de santidade. Por isso o mundo a rejeita e a persegue. “Não vos conformeis ao mundo”. Cada membro da Igreja é uma ovelha do rebanho do senhor, chamado a santidade. Isto não se dará sem sacrifício. “O cordeiro foi imolado”. As ove-lhas que fogem e procura outras pastagens não se alimenta da verdadeira comida e da verdadeira bebida, tem uma saciedade ilusória. Terá sempre uma sensação de vazio. “A quem iremos Senhor”. “Só tu tens palavras de vida eterna”. Ovelha ferida retorne ao redil. Quando Jesus disse: “Minha carne e verdadeira comida, meu sangue é verdadeira bebida”, muitos nesta hora, abandonaram o senhor, dizendo: “Esta palavra é dura de-mais”. Jesus olhou para os seu apóstolos e disse: “Vocês também querem ir embora?”. Nesta hora o Apostolo Pedro disse: “Aquém iremos senhor, só tu tens palavra de vida eterna”. Todo ser humano é por natureza um ser religioso. Tem sede de Deus. Toda historia do povo de Israel se desenvolve num contexto religioso . Abrão, nosso pai na fé sai de sua terra e vai, peregrino entrega a sua vida ao designo de Deus. “tornar-se-á Pai de uma grande multidão, tão numerosa como as estrelas do céu tão numeroso como a areia do mar. Jesus é mais que Abrão, Abrão construiu um povo, o povo da promessa. Jesus, o filho de Deus veio a este mundo para salvar todas as gentes que compõe esse povo. Ele é o novo Moises, o verdadeiro libertador, que nos conduz não mais há uma libertação terrena, mas plena, total, definitiva. Nos liberta da morte eterna. Nos conduz ao céu. “Na casa de meu Pai há muitas moradas”. Para que os meios de salvação chegassem a todas as gentes, Jesus construiu uma obra que ficará aqui na terra até o fim dos tempo, esta obra é a sua Igreja. “Pedro tu és pedra e sobre ti edificarei a minha Igreja”. Esta Igreja, como já vimos é organizado pelo Senhor, e governada pelo Espirito Santo, na pessoa do santo Padre o Papa e os Bispos, legítimos sucessores dos apóstolos. Oque não é legitimo não contem e nem transmite a seiva da verdadeira libertação. “Eu sou a videira verdadeira” ( Jo 15,1 ). BISPO, PRESBÍTERO E DIÁCONO. Bispo. Os bispos são os legítimos sucessores dos apóstolos. Jesus escolheu os apóstolos um por um os instrui e os enviou pelo mundo a pregar a boa nova do reino de Deus. ( Mc 3,13-19; Mt 10,1-42 ) Jesus está na sua Igreja com seus apóstolos, e ficará com eles até o fim do mundo . “Foi- me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo quanto vos mandei. E eis que estou convosco até o fim do mundo”. Os sucessores dos apóstolos são os bispo da Igreja católica. “Cuidai de vos mesmos e de todo o rebanho o qual o espírito Santo vos constituiu bispos para pastorear a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o seu próprio sangue”. ( At 20,28; 1Tm 5,23; 2Tm 4,6). Presbíteros. Os sacerdotes ( presbíteros ), junto como bispo, participam, embora em grau diferente, do mesmo e único sacerdócio de Cristo. DIACONO. O diaconato é um ministério presente na igreja desde a sua origem, o primeiro mártir da Igreja foi um diácono. Santo Estevão. Celebramos a sua festa no dia 26 de dezembro. A ORIGEM DOS MINISTÉRIOS NA IGREJA DE CRISTO O conceito de ministério na Igreja (diaconia = serviço ), caracteriza globalmente todos os serviços numa comunidade fundada em torno de cristo e sua Igreja (Grelot, Pierre, Eglise et ministéries ). Provem do serviço a palavra e a missão. São dons do Espíri-to Santo à Igreja. Os ministérios não acontecem por decreto, de cima para baixo, é gerado no meio do povo. São dons de Deus postos em pratica na comunidade ( Jose Comblin, O Futuro dos Ministérios , Edt Vozes ). Toda Igreja é ministerial. Todos os batizados tem o direito de exercer, a seu modo, segundo o carisma, um trabalho na Igreja, sempre em sintonia com o seu bispo e seu pároco, nunca em desacordo com eles. Em tudo haja unidade, sem unidade nada prospera , nada se edifica, nada constrói. Os ministérios tiveram sua origem nas primeira comunidades cristãs. Após ascensão de Jesus, um pequeno rupo se reúne em torno dos “doze”, em meio as perseguições e ao martírio, anunciam a ressurreição de cristo. Após a morte de Estevão e de Tiago não se fala mais no ministério dos “doze”. A função dos “doze” era: pregar o evangelho e dirigir a comunidade ( At 2,29-36 ). No inicio toda a comunidade estava nas mão deles, na medida que a comunidade ia crescendo, repartiam as funções. Em At 6,1-14, temos a escolha dos sete eleitos pela comunidade. Os diáconos cuidavam da assistência às viúvas e aos órfãos serviam as mesas e dirigiam as comunidades. Na Igreja do rito Maronita, a função do diácono é superior ao presbítero. É o diácono que coordena a comunidade, como acontecia nas primeiras comunidades cristãs. O governo da diocese, claro, é do bispo, mas a paróquia compete ao diácono. O diaconato é o primeiro ministério instituído na Igreja, pelos apóstolo ( Fl 1.1; 1Tm 3,8 ). EPOCA APOSTOLICA. Num segundo momento de expansão do cristianismo, temos em Jerusalém a época apostólica de 44 a 67. Neste período predomina a figura de Tiago, Pedro e João ( Gl 2,9). Surge neste período os anciãos e os presbíteros. A tarefa deles era: Administrar os bens da Igreja e interpretar a lei de Deus. ( At 11,29-30 ) Na primeira metade do segundo século, o bispo aparece rodeado por um conselho de presbítero e diáconos, como acontece ainda hoje. O primeiro modelo, feito pelos apóstolos, esta presente na Igreja católica. Por isso temos o Bispo, o presbítero e o diácono. Só lembrando, o Santo Padre o Papa é o bispo de Roma. Embora, o seu governo é para toda a Igreja e a Igreja toda. Nesta época a estrutura dos ministérios começa a se espalhar, chegando até hoje na Igreja, tanto do Oriente quanto do Ociden-te. Em cada Igreja local estabelecerá um bispo, um conselho ou um colégio de presbítero e alguns diáconos, mais tardiamente a serviço do Bispo. Os outros ministérios das primeiras comunidades desaparecerão rapidamente. OS MINISTÉRIOS NA IGREJA; COMO ESTÃO DISTRIBUIDOS? Para a Igreja existem dois modelos de ministérios. a ) Os ministérios hierárquicos. b ) Os ministérios não ordenados ( ministérios leigos ). No primeiro modelo, estão o bispo, o presbítero e o diácono. Presbítero e diácono são ordenados, o bispo é sagrado. Esta sagração confere um poder ligado ao chefe do colégio, o santo Padre o Papa. Na igreja, o ministério máximo é o ministério do bispo. “Aos bispos como sucessores dos apóstolos, compete na diocese a eles confiadas, de per si, todo o poder ordinário, próprio e mediato, que é requerida para o exercício de seu múnus pastoral. ( Vt II 1027 ). Em segundo lugar estão os presbíteros, na qualidade de simples cooperadores dos bispos ( Vt II 1248 ). São escolhidos e investidos por uma hierarquia que tem plenos poderes para ceder esta ordem ao novo presbítero. Felizmente a hierarquia da Igreja tem plena autonomia, não depende do poder civil para agir, escolher, preparar, ordenar , nomear e designar a função. A ordem é para sempre. É um sacramento. Os presbíteros recebem uma formação uniforme, comum a todos os países, uma mesma teologia e um só direito. Todos tem as mesmas obrigações e seguem a mesma disciplina. Deve dedicar tempo integral a serviço da Igreja, que é o povo santo de Deus Dotado de uma cultura teológica que o capacita desempenhar um oficio religioso ze-lando pela fé primando sempre pela sã doutrina de Cristo, para que o rebanho do senhor se fortaleça alimentado pela Santa Eucaristia. Compete ao presbítero celebrar os sacramentos seguindo o ritual litúrgico para maior e melhor apreciação do povo de Deus. A santa missa é o ponto mais alto da vida do presbítero. A Eucaristia é tudo. Transformar o pão e o vinho no Corpo e Sangue do Senhor é o maior milagre, para quem crê. O presbítero está próximo do povo. É o pastor junto do rebanho. Participa das alegrias e das tristezas do povo. Se alegra com os que se alegram e chora com os que choram. Em terceiro lugar estão os diáconos, num grau inferior da hierarquia. São lhes imposta as mãos não para o sacerdócio, mas para o ministério diaconal. Temos o diácono transitório e o diácono permanente. Todo presbítero da Igreja recebe primeiro o ministério de diácono, deve exerce-lo por seis meses ou um ano. O diácono permanente, são homens casados, tem a sua família, mas recebe da hierarquia da santa mãe Igreja este ministério. É de grande valia para as comunidades, principalmente coma falta enorme de presbíteros. A sua condição na Igreja é vaga e indeterminada, para alguns teólogos. Os ministérios não ordenados são os serviços prestados a Igreja de Cristo pelos leigos. Muitas vezes, são os leigos que carregam a Igreja nas costas. Além de ter que se dedicar a família, se doam de corpo e alma pela Igreja de Cristo. Coordenam movimentos, pastorais, ajudam na administração dos bens da Igreja, com bastante responsabilidade alguns assumem junto com o pároco o concelho administrativo e pastoral. Todos somos Igreja. Papa, bispos, presbíteros, diáconos e leigos, tomos somos Igreja. A igreja de Cristo. É sal da terra e luz do mundo. É o corpo místico de Cristo. Nas comunidades helenistas, fundada pelos apóstolos, em outras cidades, surgem outros modelos de dirigentes da comunidade; Em primeiro lugar os apóstolos, em segundo os profetas e em terceiro os doutores. ( 1 Cr 12,28 ) Os apóstolos são missionários itinerantes que pregam o Evangelho e dão inicio as no-vas comunidades. Os profetas tem um papel especial no culto, na oração e se reconhecem, sobretudo, porque falam sob inspiração de Deus. Os doutores se dedicam ao ensino. Ainda na época apostólica surgem os ministérios do Epíscopo e do Presbítero, que significa supervisor e ministro. GERAÇÃO POS-APOSTOLICA Na medida em que o tempo vai passando, vão surgindo novas comunidades, com suas exigências particulares, próprias do momento histórico com a qual os cristão deparam. Os ministérios na Igreja, não são estáticos, tem o dinamismo das comunidades. Vão surgindo ou desaparecendo de acordo com o mundo da necessida-de. Na era pós-apostólica, entre os anos 70 e 100, surge a figura do pastor, aquele que fica na comunidade para cuidar do “rebanho”. Esses pastores às vezes são indicados como guias ( Hb 13,17 ); À vezes recebem o nome de supervisores, episcopoy, mais tarde, bispo e presbiteroy ( presbíteros, anciãos ). Nesta época não há distinção entre episcopoy e presbyteroi. A IGREJA INSTITUCIONALIZA OS MINISTERIOS A igreja católica conduzida pelos seus santos pastores, depara, na época pós- apostólica, com o surgimento de falsos pastores, e falsos profetas com doutrinas enganadoras. Para evitarem maiores consequências, os ministérios foram institu-cionalizados ( Ti 1,5-9 ). O critério para a escolha ficou mais rigoroso, com algumas exigências importantes; que não seja interesseiro, violento, arrogante, dado ao vinho, tagarela, avido de sórdido lucro. Também, não se aceita acusações contra os presbí-teros e que eles recebam um salario devido. Como vimos, a Igreja de Cristo, na sua gênese, aparece os espíritos de discórdia. O Espirito Santo vai iluminando os seus verdadeiros pastores para que faça, já, na sua raiz o discernimento do verdadeiro tronco de Jessé. Os falsos pastores é como joio no meio do trigo. No começo ele confunde, mas depois se destaca e a diferença aparece. Aparece na hora da colheita. O trigo bom vai para o celeiro, o joio é lançado ao fogo que não se apaga. “Onde esta o bispo aí está a Igreja”, lembre-se, bispo é aquele que tem a legitima sucessão apostólica. Que provem do grupo dos doze escolhidos por Jesus. A Igreja católica não tem bispo genérico, similar, somente legítimos sucessores. Nela podemos confiar. Quando lemos em São Mateus a genealogia de Jesus, nos leva a meditar na origem da Igreja de Cristo. ( Mt 1,1-16 ). Genealogia , Mt 1,1-17 1 Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2 Abraão gerou a Isaque; Isaque a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; 3 Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá; Perez gerou a Esrom; Esrom a Arão; 4 Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom; 5 Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute gerou a Obede; e Obede, a Jessé; 6 Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão; da que fora mulher de Urias; 7 Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa; 8 Asa gerou a Josafá; Josafá, a Jorão; Jorão, a Uzias; 9 Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequeias; 10 Ezequeias gerou a Manassés; Manassés, a Amom; Amom, a Josias; 11 Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio em Babilônia. 12 Depois do exílio em Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel; 13 Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim a Azor; 14 Azor gerou a Sadoque; Sadoque a Aquim; Aquim, a Eliúde; 15 Eliúde gerou a Eleázar; Eleázar a Matã; Matã, a Jacó. 16 E Jacó gerou a José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. 17 De sorte que todas as gerações, desde a Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até o exilio na Babilônia, catorze; e desde o desterro da Babilônia até Cristo, catorze. Podemos dizer sem cometer heresias que Jesus gerou os seus doze apóstolos, e os colocou no governo de sua Igreja, gerando também os bispos, e os bispos geram para a Igreja os presbíteros , e os presbíteros geram para Igreja a Eucaristia que é o próprio Cristo Jesus, filho de Deus, alimento e sustento da fé. A Igreja é o povo de Deus nas suas, gerações. Pelo batismo somos descendentes de Abrão. A fé cristã é uma fé abraãmica. “Jesus filho de Davi tem piedade de nós”. Davi descende de Abrão. Pelo batismo nos tornamos irmãos de Jesus, o somos, gerado por Cristo no sacramento batismal. Romper com a IGREJA DE CRISTO é uma falta grave. O presbítero possui por ordem de Cristo um poder espiritual, para o exercício da missão. O poder de transformar o pão e o vinho no corpo e sangue de Cristo só é dado ao presbítero e a ninguém mais. Somente a Igreja católica possui este dom. O dom de ter os seus presbíteros conforme o designo de Cristo. Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque. Os legítimos sucessores dos Apóstolos governam a Igreja de Cristo, e confirmam a fé católica do povo eleito de Deus, e delegam aos presbíteros poderes, em grau menor, de ministrar todos os sacramentos na comunidade, para o sustento da fé do povo de Deus, sempre em comunhão com o Bispo. O povo de Deus é a raça escolhida e nação Santa. O novo Israel. A IREJA CATOLICA NUNCA FUGIU DO COMINHO E DA MISSÃO. A Igreja católica nasce do pensamento de Cristo. Ele pensou, quis e fundou a sua Igreja. É comum ouvirmos hoje, alguns falarem, até para justificar a sua conduta, que Jesus não fundou nenhuma Igreja. Jesus disse que diabo é o pai da mentira. Dizer que jesus não fundou uma Igreja é negar a Palavra. É professar e divulgar uma mentira. Ao verificarmos no dicionário de língua portuguesa, a palavra MINHA, vamos encontrar o seguinte: pronome possessivo, forma feminina de meu. Quando Jesus disse: Pedro tu és pedra e sobre ti edificarei a MINHA Igreja, ou Jesus mentiu, ou a bíblia mentiu, ou quem afirma o contrario está mentindo. Até onde aprendi, o pronome meu e ou minha significa posse, pertença. Exemplo, minha casa é tudo para mim. Minha família é uma benção. Minha Igreja foi edificada. Veja bem, o pronome meu / minha, significa uni-camente, pertença. Não se pode negar o obvio. “Contra fato não há argumento”. Jesus tem uma Igreja sim. “As portas do inferno jamais prevalecerão contra ela”, aqui, temos uma profecia de Nosso Senhor. Quantas vezes, as portas do inferno querem sufocar a obra de Cristo! Olha, se você não mudar de Igreja a sua vida não melhora. Ou a minha vida mudou depois que troquei de Igreja. Agora sim o pastor me chama pelo nome! Na Igreja católica o padre nem sabe o nome da gente! Como pode exigir do presbítero que saiba, de cor, o nome de mais de dez mil fiéis? Padre não é computador, é gente. Pode ter certeza, ele, o presbítero, sabe quem abandonou a Igreja de Cristo que está sob seu governo por ordem do Bispo. Ovelha ferida retorne ao redil. Quando era católico eu ia as missas mas não sentia nada. Agora sim eu sinto Jesus. A fé não depende de sentimento. O emocional não tem nada a ver com fé. A fé não depende de emoção. Emoção é uma coisa e fé é outra bem diferente. Nos emocionamos num show, casamento, velório, nascimento de um filho, já disse Roberto Carlos, “são tantas as emoções”. A fé e uma virtude e um dom. Se precisamos de emoção para justificar a fé estamos perdidos. Quem não se emociona não tem fé? A igreja católica é predestinada antes, até mesmo, da criação do mundo. Ela não se desvia em nada daquilo que Cristo pediu. E Cristo Jesus age em conformidade com o Pai, assim sendo, a Igreja é um designo de Deus. Nela congrega uma missão, a de fazer com que todos os povos conheça a verdade, e tome uma decisão, o de seguir ou não o Senhor. Que a todos seja dada a oportunidade de escolha. “Quem comigo não se ajunta se espalha”. A Igreja Católica nasce da boca de Cristo. “Sobre ti edificarei a minha Igreja”. Esta expressão saiu da boca de Jesus. Ele a pronunciou. Assim falou. Assim disse. Afirmou e confirmou. É palavra de Cristo. “Edificarei”, ou seja, será construída por Ele. Ele a edificará, no seu sangue derramado na cruz, prova maior de seu amor. O cordeiro imolado, congrega e salva todo o rebanho. A Igreja é o redil do Senhor. Ovelha ferida retorne ao redil. Deixa o Espirito Santo falar em seu coração, com sua voz calma e suave ele te conduz pela mão. Não se disperse. “Atrairei todos a mim”. Cada dia mais esta Igreja está sendo construída por Cristo, a pesar de nossas fraquezas. Que o rebanho possa atingir a pesar de sua fraqueza a fortaleza do Pastor. A Igreja católica nasce da ação de Cristo. Jesus passou fazendo o bem, curou os doen-tes, libertou os cativos, ressuscitou os mortos, multiplicou os pães saciando a fome da multidão. Na última ceia, assumiu a condição de escravo, lavando os pés dos Apóstolos. E disse a eles: “se assim fiz, fazei vós o mesmo”. Assim vemos que a Igreja é a fiel serva de Cristo, obediente ao seu fundador, na sua essência, nunca se desvia do caminho e da missão a ela confiada pelo seu fundador. Todas as vezes que praticamos o bem somos a Igreja de Cristo, ela é casa do bom samaritano. Santo Agostinho diz que Deus permite que alguns abandone a Igreja para purificar a qualidade da fé daqueles vão permanecer nela até o fim. Só assim para entender o por-que de alguns que eram tão fieis terem abandonado o rebanho do senhor. Temos de rezar por eles sempre. São nossos irmãos separados. Que um dia possamos estar todos juntos na casa do Pai na eternidade. “Na casa de meu Pai há muitas moradas se não fosse assim eu vos teria dito”. Quando visitamos a casa de alguém verdadeiramente católico, sentimos ali, um odor de santidade. Os símbolos da fé logo se destacam, a cruz, a imagem de um santo de devoção popular, um terço que indica e aponta que naquela casa a mãe de Jesus e rainha dos Apóstolos jamais será excluída e para completar, a paz verdadeira reina nesta casa, nunca falta o pão de cada dia mesmo sendo pobres. “O Filho do Homem não tem ode se quer reclinar a cabeça”. A teologia da prosperidade, deveria ser banida. O pobre para ela é um maldito, o rico é um abençoado, os bens confirmam a graça. Quem não possui bens é um desgraçado. Uma Igreja que pregue esta mentira com toda a certeza, não é a Igreja de Cristo. Muitos trocam de religião pensando com isso melhorar de vida, iludidos com propostas de prosperidade. A prosperidade não vem e nem eles voltam mais as suas origens. Alguns perdem a fé por completo. “Bem aventurados os pobres porque deles é o reino dos céus”. “O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua alma”. Uma vida digna é direito de todos, mas isto só acontece com justiça social e não a toque de caixa de forma milagreira. A religião pode ajudar a medida que mude o coração dos homens, não há outro caminho. Quando alguém promete riquezas para você na Igreja dele, desconfie. O diabo também prometeu reinos a Jesus. E Nosso Senhor o expulsou. “Afasta de mim satanás. Está escrito nas escrituras; adorarás somente a Deus e a Ele prestarás culto”. A IGREJA SEGUNDO SANTO AGOSTINHO “Eis que o Senhor, depois de sua ressurreição, aparece novamente aos discípulos. Interroga Pedro e o obriga a confessar três vezes seu amor, a ele que, por medo, três vezes o negara. Cristo ressuscitou na carne, e Pedro segundo o espírito; pois, enquanto o Senhor morria sofrendo, Pedro morria negando. Cristo Senhor ressuscitou dentre os mortos, e Pedro ressuscitou graças ao amor de Cristo para com ele. Àquele que agora o confessava, interrogou sobre seu amor, e lhe confiou suas ovelhas.(Jo 21,16.17). As ovelhas confiadas a Pedro é a sua Igreja. O rebanho, a Igreja de Cristo tem a sua frente alguém provado pelo Senhor. Três vezes negou, três vezes confirmou o seu amor. O Senhor nada mais pergunta, a não ser se o amava. Cristo não confia a Pedro coisa mais alguma senão o pastoreio de suas ovelhas”. Sermões 295,2: Entre estes somente Pedro mereceu representar toda a Igreja. Por causa desta representação da Igreja, que somente ele conduziu, mereceu escutar "Eu te darei as chaves do reino dos Céus" Carta 53, 2: Desta forma, se a linha sucessória dos apóstolos deve ser levada em consideração, com que maior certeza e benefício à Igreja devemos retornar até alcançar o próprio Pedro, a quem, como uma figura que comporta toda a Igreja, o Senhor disse "Sobre esta pedra edificarei e minha Igreja, e os portões do inferno não prevalecerão contra ela" A PROFECIA DE AGEU E SEU CUMPRIMENTO NA IGREJA Quando estudamos este texto de santo Agostinho, ou seja, esta pérola que é a profecia de Ageu e o seu cumprimento na Igreja, aprendemos com ele, Santo Agostinho, a querer e amar ainda mais a nossa Igreja. A Igreja católica foi preparada por Deus desde o princípio. Ela se faz presente no mundo pelo designo do Pai. Vejamos oque fala Santo Agostinho nesta profecia. “Esta casa de Deus é de maios gloria que a primeira, construída de madeira e de pedras preciosas e coberta de ouro. A profecia de Ageu não se cumpriu na restauração do templo, pois desde a restauração teve a sua época de maior esplendor no templo de Salomão. Mais ainda, pode-se dizer que sua glória minguou com o cessamento das profecias e, depois, por causa dos diversos estragos sofridos pelos judeus até sua destruição, levada acabo pelos romanos, como já apontamos. Por sua vez esta casa pertence ao Novo Testamento, é tanto mais gloriosa quanto melhores as pedras que a compõem, pedras viva pela renovação da fé. Figurou-a a restauração do templo, porque em linguagem profética, essa renovação significa o Novo Testamento. Nas palavras de Deus por meio do Profeta: Darei paz a este lugar, deve se entender pelo lugar que significa o lugar significado. Como esse lugar restaurado significa a Igreja, que seria edificada por Cristo, as referidas palavras tem o seguinte sentido: Estabelecerei a paz no lugar que figura. Com efeito todas coisas figurativas parecem representar, de certa maneira, as coisas figuradas. Por isso diz o Apóstolo: E a pedra era Cristo, porque a pedra de que falava era figura de Cristo. A gloria desta casa do Novo Testamento é, pois maior que a da do Antigo e assim aparecerá quando se faça a dedicação 1º. - São Pedro - Mártir -(Simão, filho de Jonas); Galiléia; c A INFALIBILIDADE DO PAPA. Os não católicos não compreendem esta doutrina, da infalibilidade, ou seja o Papa e´ Infalível. Confundem com impecabilidade. O papa é infalível, ou seja não pode errar, quando ensina uma verdade de fé e de moral. Ao definir uma verdade de fé não está inventando uma nova doutrina. Confirma uma verdade que está contida na Palavra de Deus. O Papa é infalível e não pode errar, quando: 1º ) Fala ex cathedra, ou seja, fala como pastor supremo e mestre supremo para toda a Igreja. 2º ) Quando decide ou define uma doutrina de fé ou moral para todos os fieis. O papa tem a assistência direta do Espírito Santo. O Papa jamais poderá ensinar um erro. Ele é a roxa na qual Cristo edificou a sua Igreja. Cristo deu a Pedro e seus sucessores amplos poderes, de ligar e desligar. “Tudo oque ligares na erra será ligado no céu ( Mt 16,18 ). Deus aprova tudo oque Pedro e seu legítimos sucessores ensinarem neste mundo. Eles não podem ensinar o erro. Quando Jesus disse, tudo oque ligares na terra estará ligado no céu, estava dizendo que Pedro era o seu legítimo representante na terra. Deu a ele a missão de apascentar o seu rebanho, “apascente as minhas ovelhas”. Ovelhas sem Pedro, sem o Santo Padre o Papa é ovelha sem pastor, prestes a serem devoradas pelos lobos. Cristo rezou por São Pedro, para que sua fé fosse firme e assim pudesse confirmar na fé a sua Igreja. “Eu, porem, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça”. Em relação a Igreja de Cristo e suas autoridades por ele constituído, os sacramen-tos nela gerado, ninguém melhor que Santo Tomas de Aquino para nos orientar. No seu livro “Suma Teológica Contra os Gentios”, no capitulo LXXIV tratando sabre o sacramento da ordem nos faz ver que a Igreja católica para melhor conformar com os ensinamentos de Nosso Senhor desde seu início rege seu governo de forma ordenada. Com seus ministérios instituídos a Igreja comunica o evangelho de Cristo. Nela está presente todos os elementos de salvação. A Igreja de cristo é completa. Por isso afirma alguns Santos que “fora da Igreja Católica não há salvação”. Na verdade, nela foi colocado por Cristo todos os elementos de salvação. É bom lembrar, que os demais cristãos e não cristãos, pertencentes a outras Igrejas ou denominações religiosas também alcançarão a graça da salvação em Cristo. Nosso Senhor disse “ eu vim para que todos tenham vida”. Acredito que a salvação em Cristo para toda a humanidade passe pela catolicidade da fé. A fé de Abraão. Transcrevo o capítulo LXXIV, que discorre sobre este tema, para vermos quão profun-do é Santo Tomas e o quanto nos esclarece. Capitulo LXXIV Sobre o sacramento da ordem “Em todos os sacramentos que foram por nós tratados, a graça espiritual é conferida pelo sacramento constituído de coisas visíveis. Ora, toda ação deve ser proporcionada ao agente. Por isso é necessário que a dispensação dos referidos sacramentos seja feitos por homens visíveis com poder espiritual. Com efeito não cabe aos anjos dispensarem os sacramentos, mas a homens revestido de carne visível. Por isso diz o Apostolo: Todo pontífice, tirado de entre os homens, é constituído para as coisas que são de Deus ( Hb 5,1 ) 2. A razão disso pode ser encontrada ainda em outro fundamento. Ora o princípio e a virtude dos sacramentos vem de Cristo, pois de Cristo diz o Apóstolo: Cristo amo sua Igreja e se entregou por ela, para santifica-la, purificando-a na pia batismal com a palavra da vida ( Ef 5,25 ). É também sabido que Cristo deu na Ceia o Sacramento do seu corpo e do seu sangue, instituindo para ser usado, e ambos são os principais sacramentos. Mas, como Cristo iria retirar da Igreja a sua presença corpórea, foi necessário instituir a outros como seus ministros para distribuírem aos fiéis os sacramentos segundo a palavra do Apostolo: Os homens nos considerem como ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus ( 1 Cor 4,1 ) por isso, confiou aos discípulos a consagração do seu corpo e de seu sangue dizendo: Fazei isto em memória de mim ( Lc 22,19 ); e deu-lhes o poder de perdoar os pecados, segundo se lê: A quem perdoar-lhes os pecados, ser-lhes-ão perdoados ( Jo 20,23 ); e outorgou-lhes o oficio de ensinar e batizar, segundo lê: Ide, e ensinai todos os povos, batizando-os ( Mt ( 28,19 ). Ora, o ministro está para o senhor como o instrumento para o agente principal; pois como o agente move o instrumento para alguma operação, o ministro também é movido pela ordem do senhor para executar alguma coisa. Ademais o instrumento deve estar proporcionada ao agente. Por isso, é conveniente os ministros de Cristo estarem conformados com Cristo. Ora, Cristo sendo Senhor, por sua autoridade e virtude, operou a nossa salvação, enquanto Deus e homem. É assim, enquanto homem, suportou a paixão para a nossa redenção e, enquanto Deus, sua paixão nos trouxe a salvação. Por esse motivo é conveniente que os ministros de Cristo sejam homens e participem da sua divindade com poder espiritual, como também o instrumento participa da virtude do agente principal. Refere-se o Apostolo a esse poder dizendo: O Senhor lhes deu poder para a edificação, e não para a destruição. ( 2Cor 13,10 ). 3. Porém, não se há de pensar que Cristo deu esse poder aos discípulos para não ser estendido a outros, pois lhes foi dado segundo a palavra do Apóstolo, para a edificação da Igreja. Por isso, esse poder deverá ser perpetuado no tempo necessário para a edificação da Igreja. Ora, isso foi necessário acontecer até desde a morte de Cristo até o fim dos séculos. E, desse modo, foi conferido o poder espiritual aos discípulos , para que mediante eles, chegasse a outros. Também, por esse motivo o senhor dirigia-se aos discípulos como se estivesse dirigindo a outros fieis, como se depreende destes textos: O que vos digo, digo a todos. ( Mc 13,17 ); Eis que estarei convosco até a consumação dos séculos ( Mt 28,20 ) 4. Por conseguinte, como esse poder espiritual vem de Cristo e se estende aos minis-tros da Igreja, e como os efeitos espirituais derivam de Cristo e se estende a nos mediante sinais sensíveis, como se depreende do que acima foi dito, também foi conveniente que esse poder fosse conferidos aos homens mediante certos sinais sensíveis. E tais são certas fórmulas verbais e determinadas ações, como sejam, imposição das mãos, unção, entrega do livro ou do cálice, ou coisas semelhantes que pertencem a execução do poder do poder espiritual. Ora, sempre que uma coisa espiritual é entregue mediante um sinal sensível, a isso se chama sacramento. É, pois, manifesto que na colocação do poder espiritual realiza-se algum sacramento, que será chamado de sacramento da Ordem. 5. No entanto, pertence a liberdade divina que, ao conferir a alguém o poder de reali-zar alguma coisa, também seja conferidas as coisas sem as quais a operação não se reali-za. Ora, administração dos sacramentos aos quais se ordena aos quais se ordena o poder espiritual não se efetua convenientemente sem que a pessoa seja para tal auxiliada pela graça divina. Por isso, como nos demais sacramentos, neste é conferida a graça. 6. Como o poder da Ordem destina-se a distribuição dos sacramentos, e como o sa-cramento da eucaristia é, entre os demais sacramentos, o mais nobre, e consumativo, como se depreende do que foi acima dito, é conveniente que o poder da Ordem seja principalmente referido a este sacramento, pois cada coisa é denominada pelo seu fim. 7. Mas parece ser próprio do mesmo poder conferir alguma perfeição, preparar a matéria para a sua recepção, como por exemplo, o fogo que tem a virtude de transferir a sua forma para outro e de dispor a matéria para a recepção da forma. Ora, como o poder da Ordem se estende a realização do sacramento do corpo de Cristo e a sua entrega aos fiéis, é conveniente que este mesmo poder se também se estenda a fazer os fiéis aptos e preparados para receberem este sacramento. Por isso, é também conveniente que o sacramento da Ordem se estenda a remissão dos pecados pela distribuição dos ouros sacramentos que se destine a remissão dos pecados, quis sejam o Batismo e a Penitência, como se depreende do que foi dito acima. Com efeito, foi dito acima, o senhor deu aos discípulos, aos quais confiou a consagração do seu corpo, também o poder de perdoar os pecados. Esse poder é significado pelas chaves, a respeito das quais Cristo disse a Pedro: Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus ( Mt 16,19 ). Ora, o céu é aberto e fechado a cada um quando alguém se submente ao pecado ou é purificado do pecado. Por isso, diz-se que essas chaves ligam ou desligam, isto é, dos pecados”. Quantos desconhecem esta arguição de Santo Tomaz sobre o sacramento da Or-dem? Quantos navegam por mares revoltos rompidos coma fé católica por não ter esta ciência. Por desconhecê-la. A teologia do sacramento da ordem feita por este doutor da Igreja, nos interpela. Exorta-nos. Enche-nos de satisfação. Isto só acontece na Igreja de Cristo. A filosofia da desconstrução, muito comum hoje, quer com argumentos falaciosos, destruir estes pilares da fé católica. Atacando os padres, desinformando sabre os sacra-mentos, querendo desta forma, minar as bases da Igreja de Cristo. Acredito que os presbíteros de nossa Igreja também deveriam aprofundar este assunto, em retiros ou cursos de formação permanente. Também, nós presbíteros, devido a tantos trabalhos que sugam as nossas forças, nossas energias, precisamos “beber do próprio poço”. Fonte que jorra para avida eterna. O presbítero precisa beber da água viva, a mesma que ele oferece ao rebanho. Assim, fortalecido, defenderá o rebanho de Cristo a ele confiado das matilhas que atacam as ovelhas. O lobo escolhe a ovelha mais fraca, frágil. O presbítero deve estar atento armado com o cajado do conhecimento forjado pelos Santos da Igreja. A fé dos místicos, sua experiências, suas orações, fortalece nossa caminhada e também do rebanho do Senhor. São Clemente, São Policarpo, São Gregório, Santo Augustinho, São Francisco de Assis, São Boaventura, Santo Tomás de Aquino, Santo Inácio, Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz, Santa Terezinha do Menino Jesus e tantos outros, que deram grandes contribuições na construção da cultura religiosa católica. Quantos mártires derramaram o seu sangue, defendendo a fé crista na Igreja Católica , segue um relato do martírio de São Policarpo. Martírio de São Policarpo [+250]) INTRODUÇÃO A Igreja de Deus que vive como estrangeira em Esmirna, para a Igreja de Deus que vive como estrangeira em Filemon e para todas as comunidades da santa Igreja católica que vivem como estrangeira em todos os lugares. Que a misericórdia, a paz e o amor de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo sejam abundantes. CAPÍTULO I 1. Irmãos, nós vos escrevemos a respeito dos mártires e do bem-aventurado Policarpo, que fez a perseguição cessar, selando-a com seu martírio. Quase todos os acontecimen-tos se realizaram para que o Senhor nos mostrasse novamente um martírio segundo o Evangelho. 2. De fato, como o Senhor, ele esperou ser libertado, para que também nós nos tornás-semos seus imitadores, não olhando só para nós, mas também para o próximo. É próprio do amor verdadeiro e firme querer salvar não só a si mesmo, mas também a todos os irmãos. CAPÍTULO II 1. Felizes e generosos todos os mártires que surgem segundo a vontade de Deus. De fato, é necessário que tenhamos fé, para atribuir a Deus o poder sobre todas as coisas. 2. Quem não admiraria a generosidade deles, a perseverança e o amor ao Senhor? Dilacerados pelos flagelos a ponto de ser ver a constituição do corpo até as veias e artérias, permaneciam firmes, enquanto os presentes choravam de compaixão. A sua coragem chegou a tal ponto que nenhum deles disse uma palavra ou emitiu um gemido. Eles mostravam em seus corpos, mas que o Senhor, aí presente, conservava com eles. 3. Atentos à graça de Cristo, eles desprezavam as torturas deste mundo e adquiriram, em uma hora, a vida eterna. O fogo dos torturadores desumanos era frio para eles. De fato, tinham diante dos olhos escapar do (fogo) eterno, que jamais se extingue; com os olhos do coração olhavam os bens reservados à perseverança, bens que o ouvido não ouviu, nem o olho viu, nem o coração do homem sonhou, mostrados pelo Senhor àqueles que não que não eram mais homens, mas que já eram anjos. 4. Do mesmo modo, os que foram entregues às feras suportaram suplícios terríveis. Estendidos sobre conchas, eram submetidos a todo tipo de tormentos, para que fossem induzidos a renegar, se possível, por meio do suplício contínuo. CAPÍTULO III 1. O diabo maquinava muitas coisas contra eles; graças a Deus, porém, não prevaleceu contra nenhum deles. O generoso Germânico fortalecia a timidez deles através de sua perseverança. Ele foi admirável na luta contra as feras. O Procônsul queria que ele cedesse e lhe dizia que tivesse piedade de sua própria juventude. Ele, porém, atiçando a fera, a chamava para si, desejando estar quanto antes livre desta vida injusta e iníqua. 2. Então, a multidão toda, admirada diante da coragem da piedosa e crente geração dos cristãos, gritou: "Abaixo os ateus! Trazei Policarpo." CAPÍTULO IV 1. Um dentre eles, chamado Quinto, frígio recentemente vindo da Frígia, ficou apavorado à vista das feras. Era ele que havia forçado a si mesmo e a outros e a comparecerem ao tribunal. O pro cônsul, através de muita insistência, conseguiu persuadi-lo a jurar e sacrificar. Por isso, irmãos, não louvamos aqueles que se apresentam espontaneamente, pois não é isso que o Evangelho ensina. CAPÍTULO V 1. Quanto a Policarpo, ele inicialmente não se perturbou ao ouvir isso, mas quis perma-necer na cidade. A maioria, porém, o persuadiu a se afastar. Então ele se refugiou numa propriedade pequena, não longe da cidade, e passou o tempo com poucos (companhei-ros). Noite e dia, ele não fazia senão rezar por todos e por todas as igrejas do mundo, como era seu costume. 2. Rezando, ele teve uma visão, três dias antes de o prenderem: viu seu travesseiro queimado pelo fogo. Voltando-se para os seus companheiros, disse: "Devo ser queimado vivo!" CAPÍTULO VI 1. Como persistiam em procurá-lo, transferiu-se para outra pequena propriedade, e logo chegaram os que o procuravam. Não o encontrando, prenderam dois pequenos escravos, e um deles torturado confessou. Era-lhe, de fato, impossível permanecer escondido, porque até mesmo os de sua casa o traíram. O chefe da polícia, que tinha recebido o nome de Herodes, tinha pressa em levá-lo para o estádio, a fim de que Policarpo realizasse o seu destino, entrando em comunhão com Cristo, enquanto aqueles que o tinham estregue recebessem o castigo do próprio Judas. CAPÍTULO VII 1. Numa sexta-feira, pela honra da ceia, guardas e cavaleiros, armados como de costume, tomaram consigo o escravo e partiram, como se estivessem perseguindo um bandido. Chegando pela noite, encontraram-no deitado num pequeno quarto do piso superior. Ele podia ainda fugir daí para outro lugar, mas não quis, e disse: "Seja feita a vontade de Deus". 2. Ouvindo que tinham chegado, ele desceu e conversou com eles, que ficaram espantados com a sua idade avançada, com a sua calma, e com tanta preocupação por capturar um homem tão velho. Ele imediatamente mandou que lhes dessem de comer e beber à vontade, e pediu que lhe concedessem uma hora para rezar tranquilamente. 3. E lhe concederam. Então ele, de pé, começou a rezar, tão repleto da graça de Deus, que por duas horas ninguém pôde interrompê-lo. Os que ouviam ficaram espantados, e muitos se arrependeram de ter vindo prender um velho tão santo. CAPÍTULO VIII 1. Quando por fim terminou de rezar, lembrou-se de todos aqueles que tinha conhecido, pequenos e grandes, ilustres e obscuros, e de toda a Igreja Católica espa-lhada por toda a terra. Chegando a hora de partir, fizeram-no montar sobre um jumento e o levaram para a cidade. Era o dia do grande sábado. 2. Herodes, o chefe da polícia, e seu pai Nicetas foram até ele. Fizeram-no subir ao seu carro e, sentando-se ao seu lado, procuravam persuadi-lo, dizendo: "Que mal há em dizer que César é o Senhor, oferecer sacrifícios e fazer tudo o mais para salvar-se?" De início, ele nada respondeu. Como insistissem, ele falou: "Não farei o que vós estais me aconselhando." 3. Não conseguindo persuadi-lo, lançaram-no todo tipo de injúrias, e o fizeram descer do carro tão apressadamente que ele se feriu na parta da frente da perna. Sem se voltar, como se nada houvesse acontecido, ele caminhou alegremente em direção ao estádio. Aí o tumulto era tão grande que ninguém conseguia escutar ninguém. CAPÍTULO IX 1. Quando Policarpo entrou no estádio, veio do céu uma voz, dizendo: "Sê forte, Policar-po! Sê homem!" Ninguém viu quem tinha falado, mas alguns dos nossos que estavam presentes ouviram a voz. Finalmente o fizeram entrar e, quando souberam que Policarpo fora preso, levantou-se grande tumulto. 2. Levado até o pro cônsul, este lhe perguntou se ele era Policarpo. Respondeu que sim. E o pro cônsul procurava fazê-lo renegar, dizendo: "Pensa na tua idade", e tudo o mais que se costumava dizer, como: "Jura pela fortuna de César! Muda teu modo de pensar e dize: 'Abaixo os ateus!'" Policarpo, contudo, olhava severamente toda a multidão de pagãos cruéis no estádio, fez um gesto para ela com a mão suspirou, elevou os olhos e disse: "Abaixo os ateus!" 3. O chefe da polícia insistia: "Jura, e eu te liberto. Amaldiçoa o Cristo!" Policarpo respon-deu: "Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e ele não me fez nenhum mal. Como poderia blasfemar o meu rei que me salvou?" CAPÍTULO X 1. Ele continuava a insistir, dizendo: "Jura pela fortuna de César!" Policarpo respondeu: "Se tu pensas que vou jurar pela fortuna de César, como dizes, e finges ignorar quem sou eu, escuta claramente: eu sou cristão. Se queres aprender a doutrina do cristianismo, concede-me um dia e escuta." O pro cônsul respondeu: "Convence o povo!" 2. Policarpo replicou: "A ti eu considero digno de escutar a explicação. Com efeito, aprendemos a tratar as autoridades e os poderes estabelecidos por Deus com o respeito devido, contanto que isso não nos prejudique. Quanto a esses outros, eu não os considero dignos, para me defender diante deles." CAPÍTULO XI 1. O pro cônsul disse: "Eu tenho feras, e te entregarei a elas, se não mudares de ideia." Ele disse: "Pode chamá-las. Para nós, é impossível mudar de ideia, a fim de passar do melhor para o pior; mas é bom mudar, para passar do mal à justiça." 2. O pro cônsul insistiu: "Já que desprezas as feras, eu te farei queimar no fogo, se não mudares de ideia." Policarpo respondeu-lhe: "Tu me ameaças com um fogo que queima por um momento, e pouco depois se apaga, porque ignoras o fogo do julgamento futuro e do suplício eterno, reservado para os ímpios. Mas por que tardar? Vai e faze o queres." CAPÍTULO XII 1. Dizendo isso e tantas outras coisas, ele permanecia cheio de força e alegria, e seu rosto estava repleto de graça. Ele não só não se deixou abater pelas ameaças que lhe eram dirigidas, mas o próprio pro cônsul ficou estupefato e mandou seu arauto ao meio do estádio, para anunciar três vezes: "Policarpo se declarou cristão!" 2. A essas palavras do arauto, toda a multidão de pagão e judeus moradores de Esmirna, com furor incontido, começou a gritar: "Eis o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor de nosso deuses! É ele que ensina muita gente a não sacrificar e a não adorar." Dizendo isso, gritavam e pediam aos asiarca Filipe que lançasse um leão contra Policarpo. Este respondeu que não lhe era lícito, pois os combates de feras já haviam terminado. 3. Então unânimes se puseram a gritar que Policarpo fosse queimado vivo. Devia cumprir a visão que lhe fora mostrada: enquanto rezava, ele tinha visto o travesseiro pegando fogo, e dissera profeticamente aos fiéis que estavam com ele: "Devo ser queimado vivo." CAPÍTULO XIII 1. Então as coisas caminharam rapidamente, mais depressa do que dizê-las. Imediata-mente a multidão começou a recolher lenha e feixes tirados das oficinas e termas. Sobretudo os judeus se deram a isso com mais zelo, segundo o costume deles. 2. Quando a pira ficou pronta, o próprio Policarpo se despiu, desamarrou o cinto, e ele mesmo tirou o calçado. Ele nunca fizera isso antes, porque sempre cada um dos fiéis se apressava a ser o primeiro a tocar-lhe o corpo; mesmo antes do martírio, ele já fora constantemente venerado pela sua santidade de vida. 3. Imediatamente colocaram em torno dele o material preparado para a pira. Como que-riam pregá-lo, ele disse: "Deixai-me assim. Aquele que me concede força para suportar o fogo, dar-me-á força para permanecer imóvel na fogueira, também sem proteção de vosso pregos." CAPÍTULO XIV 1. Então não o pregaram, mas o amarraram. com suas mãos amarradas atrás das costas, ele parecia um cordeiro escolhido de grande rebanho para o sacrifício, holocausto agra-dável preparado para Deus. Erguendo os olhos ao céu, disse: "Senhor, Deus todo-poderoso, Pai de teu Filho amado e bendito, Jesus Cristo, pelo qual recebemos o conhe-cimento do teu nome, Deus dos anjos, dos poderes de toda criação, e de toda geração de justos que vivem na tua presença! 2. Eu te bendigo por me teres julgado digno deste dia e desta hora, de tomar parte entre os mártires, e do cálice de teu Cristo, para a ressurreição da vida eterna da alma e do corpo, na incorruptibilidade do Espírito Santo. Com eles, possa eu hoje ser admitido à tua presença como sacrifício gordo e agradável, como tu preparaste e manifestaste de antemão, e como realizaste, ó Deus sem mentira e veraz. 3. Por isso e por todas as outras coisas, eu te louvo, te bendigo, te glorifico, pelo eterno e celestial sacerdote Jesus Cristo, teu Filho amado, pelo qual seja dada a glória a ti, como ele o Espírito, agora e pelos séculos futuros. Amém. CAPÍTULO XV 1. Quando ele ergueu o seu Amém e terminou sua oração, os homens da pira acenderam o fogo. Grande chama brilhou e nós vimos o prodígio, nós a quem foi dado ver e que fomos preservados para anunciar estes acontecimentos a outros. 2. O fogo fez uma espécie de abóbada, como vela de navio inflada pelo vento, e envolveu como parede o corpo do mártir. Ele estava no meio, não como carne que queima, mas como pão que assa, como ouro ou prata brilhando na fornalha. Sentimos então um perfume semelhante a baforada de incenso ou outro aroma parecido. CAPÍTULO XVI 1. Por fim, vendo que o fogo não podia consumir o seu corpo, os ímpios ordenaram ao carrasco que fosse dar o golpe de misericórdia com o punhal. Feito isso, jorrou tanto sangue que apagou o fogo. Toda a multidão admirou-se de ver tão grande diferença entre os incrédulos e os eleitos. 2. Entre estes, o admirável mártir Policarpo, que foi, em nosso dias, mestre apostólico e profético, o bispo da Igreja católica de Esmirna. Toda palavra que saiu de sua boca se cumpriu e se cumprirá. CAPÍTULO XVII 1. Contudo, o invejoso, o perverso e o mau, o adversário da geração dos justos, vendo a grandeza do seu testemunho e de sua vida irrepreensível desde o início, vendo-o ornado com a coroa da incorruptibilidade e conquistando uma recompensa incontestável, procurou impedir-nos de levar o corpo, embora muitos de nós o desejassem fazer e possuir sua carne santa. 2. Ele sugeriu a Nicetas, pai de Herodes e irmão de Alce, que procurrase o magistrado, a fim que ele não nos entregasse o corpo. Ele disse: "Não aconteça que eles, abandonando o crucificado, passem a cultuar esse aí." Dizia essas coisas por sugestão insistente dos judeus, que nos tinham vigiado quando queríamos retirar o corpo do fogo. Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestarmos culto a outro. 3. Nós o adoramos, porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos jus-tamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com o rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos! CAPÍTULO XVIII 1. Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era de costume. 2. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos, mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-los em lugar conveniente. 3. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos, na alegria e contenta-mento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro. CAPÍTULO XIX 1. Essa é a história do bem-aventurado Policarpo, que foi, juntamente com os irmãos da Filadélfia, o décimo segundo a sofrer o martírio em Esmirna. Contudo, apenas dele se guarda a lembrança mais do que dos outros, a ponto de até os próprios pagãos falarem dele por toda parte. Ele foi, não apenas mestre célebre, mas também mártir eminente, cujo martírio segundo o Evangelho de Cristo todos desejam imitar. 2. Por sua perseverança, ele triunfou sobre o iníquo magistrado, e assim foi cingido com a coroa da incorruptibilidade. Juntamente com os apóstolos e todos os justos, na alegria, ele glorifica a Deus, Pai todo-poderoso, e bendiz nosso Senhor Jesus Cristo, o salvador de nossas almas, guia de nossos corpos, e pastor da Igreja católica no mundo inteiro. CAPÍTULO XX 1. Havíeis pedido para ser informados com mais pormenores sobre esses acontecimen-tos. Por enquanto vos demos uma narração resumida por intermédio do nosso irmão Marcião. Quando tomardes conhecimento desta carta, transmiti-a aos irmão que estão mais longe, para que também eles glorifiquem o Senhor, que fez sua escolha entre seus servidores. 2. Àquele que, pela sua graça e pelo seu dom, nos pode introduzir no seu reino eterno, por seu Filho único Jesus Cristo, a ele a glória, a honra, o poder e a grandeza pelos sécu-los. Saudai todos os santos. Aqueles que estão conosco vos saúdam, e também Evaristo, que escreveu esta carta, com toda a sua família. CAPÍTULO XXI 1. O bem-aventurado Policarpo deu testemunho no início do mês Xântico, no décimo segundo dia, o sétimo dia antes das calendas de março, dia do grande sábado, na oitava hora. Ele fora preso por Herodes, sob o pontificado de Filipe de Trália e do pro consulado de Estácio Quadrato, mas sob o reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem seja dada a glória, a honra, a grandeza, o trono eterno de geração em geração. Amém. CAPÍTULO XXII - Apêndice 1. Nós vos desejamos boa saúde. Irmãos, andai segundo o Evangelho, na palavra de Jesus Cristo. Com ele, glória a Deus Pai e ao Espírito Santo, para a salvação dso santos eleitos. Foi assim que o bem-aventurado Policarpo testemunhou. Possamos nós caminhar em suas pegadas e sermos encontrados com ele no Reino de Deus. 2. Gaio transcreveu estas coisas de Irineu, discípulo de Policarpo; ele viveu com Irineu. Eu, Sócrates, as copiei em Corinto, da cópia de Gaio. A graça esteja com todos. 3. Por minha vez, eu, Piônio, copiei do exemplar acima, que procurei, depois que o bem-aventurado Policarpo o mostrou a mim em revelação, como contarei em seguida. Reuni os fragmentos quase destruídos pelo tempo. Que o Senhor Jesus Cristo me reúna tam-bém com seus eleitos no Reino do céu. A ele seja dada a glória com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém. Ao lermos o relato do martírio de são Policarpo, mais amamos a nossa Igreja. Não podemos trair aqueles que a regaram com o próprio sangue. Quantos estão abandonado a Igreja de Cristo nos últimos tempos. Quantos abandonam a Igreja de Cristo por tão pouco. Quantos “católicos” contaminados com o viro do protestantismo. Influenciados pela filosofia da desconstrução, vão cedendo espaço para a dúvida e deixando que as verdades da fé sejam varridas de sua história pessoal. Rompem com o histórico da família. Renegam a família, chegam a dizer que seus pais, já falecidos, estão no inferno por não terem morrido na fé católica. Elas eram pessoas cheias de santidade, com certeza estão na glória do Pai. Não julgueis, para não serem julgados. Não condeneis, para serdes condenados. ( Lc 6,37 ) Nós católicos, somos julgados todos os dias, pelo tribunal das seitas protestantes. A palavra de Cristo é a sentença deles. Quem julga será julgado, quem condena será condenado. Somos acusados de idólatras, adoradores de imagens. Acreditamos em Santos. Em Maria mãe de Jesus. Os protestantes tem estas três acusações contra nós. No livro, Igreja do Deus vivo de Frei Battistini, temos uma orientação bastante pedagógica sobre o culto as imagens, a qual passo a vocês. CULTO DAS IMAGENS “O cavalo de batalha de muitos membros de seitas é acusar os católicos de adorar imagens. Muitas vezes conseguem confundir os mais simples, dizendo que Deus proibiu fazer imagens etc. etc. Vamos demonstrar aqui que Deus não proibiu fazer imagens, as alias, mandou fazer ESCCLARECIMENTO Imagem: é a representação de um ser em seu aspecto físico. Assim imagem é uma fotografia, uma estátua, um quadro etc. Adorar: é o ato de considerar Deus como único criador e senhor do universo. Ídolo: é um falso deus, inventado pela fantasia humana ( sol, lua, animais e outras entidades, etc. Idolatria: é o ato de adorar o falso deus. Ou seja, é considerar o falso deus como cria-dor e senhor do universo. É o pior e mais grave pecado que alguém possa fazer. Venerar: é imitar, honrar, louvar a virgem e os santos porque são nossos modelos na fé na prática da caridade. DEUS PROIBE A FABRICAÇÃO DE IDOLOS E NÃO DE IMAGENS Uma vez que o povo hebreu estava cercado de povos que adoravam ídolos ( falsos deuses ), para que o povo hebreu não os imitasse nesse horrível pecado, Deus fez saber ao seu povo: “Eu sou o Senhor teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim. Não faras para ti imagem de escultura nem figura alguma do que está no céu ou embaixo sobre a terra ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor teu Deus, um Deus zeloso” ( Ex 20 1-5 ) Como se percebe, Deus proíbe severamente a fabricação de imagens de ídolos ( falsos deuses ) para serem colocados no lugar do Deus verdadeiro, porque somente Ele, Deus, é o único e verdadeiro Deus. DEUS MANDA FAZER IMAGENS Quando as imagens não são para serem colocadas no lugar de Deus, isto é, quando as imagens não são para serem adoradas, então o mesmo Deus as manda fazer. E muitas. “O senhor disse a Moises: farás dois querubins de ouro. Estes querubins terão suas asas estendidas para o alto e com suas asas protegerão a tampa da Arca da Aliança. E ali eu virei ter contigo” ( Ez 25,18-22 ) Veja, que o mesmo Deus que proíbe adorar imagens também manda fazer imagens. Será que a bíblia está errada? Ou falta parafusos em nossas cabeças para compreender melhor a Bíblia? “Dentro do santíssimo foram postos dois querubins de madeira” ( 1Rs 6,29 ). “Todas as paredes do Templo em redor eram entalhadas com figura de querubins e palmas”. ( 1Rs 6,29 ) “O Senhor disse a Moisés: fazei uma serpente de bronze...” ( Nm 21,8; Ez 41,18 ) Como se vê, Deus não proibiu fazer imagens, pois ele mesmo as mandou fazer. Deus proibiu fazer imagens de ídolos, isto é falso deuses e a eles presar culto de adoração, a saber, considera-los como criadores do mondo. As imagens de Maria, dos santos, como também os monumentos dos heróis nacionais, não são ídolos, mas retratos de pessoas que se destacaram na fé em Cristo e na amor ao próximo e que nós devemos imita-los. REZAR A DEUS POR MEIO DOS SANTOS E DA VIRGEM MARIA Maria, os apóstolos, os santos são amigos de Deus e nossos irmãos; por isso pode-mos contar com sua intercessão no céu. No céu, eles os santos, são nossos intercessores. Há muitos exemplos disso na bíblia: Conferir: (1Sm 7,8; Ecl 44,1-2; 1Rs 18,7). Maria, em Cana da Galileia, pediu em favor dos noivos. E Jesus realizou o seu pri-meiro milagre em atenção a sua mãe ( Jo 2,1-12 ). O mesmo Lutero, pai dos protestante, dizia: “Ninguém nunca se esqueça de invocar a virgem Maria e os santos pois eles podem interceder por nós” ( Prep. ad mortem ). Pedro, em nome de Jesus, realizou muitos milagres ( At. 3,8 ). S. Paulo diz: “É bom rezar uns pelos outros e isto é agradável aos olhos de Deus” (1Tm 2,1-3; Ef 6,18-19 ). A VIRGEM MARIA É MÃE DE JESUS, E MÃE DE DEUS. A Santa Igreja Católica sempre tributou a Maria uma veneração, uma imitação, um amor muito especial, desde o início do cristianismo. O motivo é que ela é mãe de Jesus, o filho de Deus e nosso Salvador. PARA ESCLARECER Pontos doutrinários: Jesus cristo é o único salvador e redentor. Jesus é filho de Deus, igual ao Pai e ao Espírito Santo na natureza. A Jesus devemos o culto máximo de adora-ção. Em relação a Maria: Maria é uma criatura como nós criada por Deus. A Maria não de-vemos culto de adoração, mas veneração, amor e imitação. Maria é mãe de Jesus, Mão de Deus, porque Jesus é Deus: Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O filho, eterno como o pai e o espirito Santo, por vontade do Pai se encarna para salvar a humanidade. Encarnação do Filho de Deus: A divindade do Filho de Deus se uniu a humanidade no seio de Maria, e esta por obra do Espirito Santo, deu a luz a pessoa de Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. Maria, então, sendo mãe de Jesus Cristo e este sendo homem e Deus, é mãe doo Filho de Deus feito homem. PROVA BIBLICA “O senhor mesmo vos dará um sinal: Eis a Virgem que conceberá e dá a luz um filho que se chamara Emanuel. ( Deus conosco )” ( Is 7,14 ). “O anjo disse a Maria: Não tenhais medo, Maria, encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás a luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo. Maria, porém, disse: Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum? O anjo respondeu: O Espirito Santo virá sobre ti e o poder do altíssimo vai te cobrir com sua sombra, por isso o santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” ( Lc 1,30-35 ). Maria é a nova Eva, derrota satanás . Esmaga a cabeça da serpente, uma das vitórias de satanás, hoje, é colocar na cabeça de alguns a não aceitação de Maria. Todas vezes que Maria não é aceita, satanás faz ecoar no in-ferno uma grande salva de palmas. Dizer não a Maria é dizer sim a satanás. “ A nossa Igreja tem Pai, mãe e filho. Explicando: Deus é Pai de Jesus, Jesus é filho de Deus e filho de Maria, Maria Santíssima é também mãe da Igreja por isso ela é nossa mãe. . JESUS É O ÚNICO FILHO DE MARIA Maria foi virgem ante e depois do parto. Esta verdade é ensinada na Igreja desde o início do cristianismo, se encontra na Bíblia e na Tradição. Foi definida pelo V Concilio de Constantinopla, 553. Maria é a criatura mais perfeita pura e sublime. Porque Jesus esco-lheu sua mãe antes de nascer entre nós, é claro que a escolheu perfeita, santa e imacu-lada. Há muitos que não gostam destas verdades lindas, por isso procuram por todos os meios rebaixar Maria. Mas não conseguem. O gesto de Jesus é sublime demais em escolher uma mãe sublime. A final, Ele merecia uma mãe perfeita. MARIA TEVE UM SÓ FILHO. Os que dizem que Maria teve outros filhos se baseiam nestas palavras de Marcos: “Por acaso, não é ele o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? ( Mc 6,3 ). E também em Lc 8,19 . Explicação: A palavra irmão aqui, tem o significado de primo ou parente próximo, pois a língua hebraica não possui a palavra primo. No lugar de primo ou parente próxi-mo aparece sempre a palavra irmão. Depois de conhecermos estas verdades, mais nos alegramos em pertencer a Igreja de Cristo. Alguém pode imaginar Jesus expulsando a sua mão de sua casa, jamais Ele faria isso. Pelo contrario, daria a ela um luar de destaque, para nós católicos Maria é a rainha da Igreja. A mãe do Rei só pode ser Rainha. Maria disse: “Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada” ( Lc 1,48 ). “O poderoso fez em mim grandes coisas, santo é o seu nome” ( Lc 1,49 ). Isto aqui é bíblico, romper com estas palavras ,distorcendo-as a gosto do freguês é pecar contra o Espirito, toda palavra é inspirada. O pecado contra o Espirito Santo não tem perdão. A nossa Igreja tem Pai, mãe e filho. Explicando: Deus é Pai de Jesus, Jesus é filho de Deus e filho de Maria, Maria Santíssima é também mãe da Igreja por isso ela é nossa mãe. Quem duvida de Maria, de sua santidade e de sua coparticipação no plano de Deus é com Adão que perdeu o paraíso. Maria é a nova Eva. Eva disse não a Deus, e Maria SIM. Do seu sim a humanidade pode ver o rosto de Deus. Do seu sim brotou a esperança e chegou para toda a humanidade o cumprimento das profecias. “Da cepa brotou a rama, da rama brotou a flor da flor nasceu Maria e de Maria o Salvador”. Este verso que também é bíblico, nos remete ao tronco de Jesse. As profecias bíblicas falam de Maria. “Ave Maria cheia de graça o senhor é convosco, Bendita sois voz entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria mãe de Deus rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amem”. Reze esta oração todos os dias, e terás o céu dentro de ti. Com certeza, nesta hora Jesus estará sorrindo para você. Qual filho não se sente bem vendo sua mãe sendo homenageada e qual filho não se sentiria mal vendo sua mãe sendo maltratada e humilhada. DOGMAS SABRE MARIA VIRGEM, MÃE, IMACULADA E ASSUNTA AO CÉU 1. A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA O Papa Pio IX, na Bula "Ineffabilis Deus", de 8 de Dezembro de l854 definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria: "Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada de todo o pecado, imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fiéis" (Dz. 1641).É bom lembrar, que um dogma não é algo imposto, pelo Santo Padre o Papa, é a confirmação de uma verdade constatada na fé do povo católico. a. Maria desde o primeiro instante que é constituída como pessoa no seio de sua mãe, o é sem mancha alguma de pecado (=pecado original). b. Como foi concebida sem pecado: 1. Ausência de toda mancha de pecado. 2. Lema da graça Santificante. 3. Ausência da inclinação o mal. c. Este privilégio e dom gratuito foi concedido apenas à Virgem e a ninguém mais, em atenção àquela que havia sido predestinada para ser a Mãe de Deus. d. Em previsão dos méritos de Cristo porque a Maria a Redenção foi aplicada antes da morte do Senhor. Provas das Escrituras: "Estabeleço hostilidade..." (Gn 3,15). "Deus te salve, cheia de graça." (Lc 1,28). "Bendita tu entre as mulheres..." (Lc 1,42). 2. MARIA, É A MÃE DE DEUS O Concilio de Éfeso (431), sob o Papa São Clementino I (422-432), definiu solenemente que: • \"Se alguém afirmar que o Emanuel (Cristo) não é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem não é Mãe de Deus, porque deu à luz segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja excomungado.\" (Dz. 113). Muitos Concílios repetiram e confirmaram esta doutrina: • Concílio de Calcedônia (Dz. 148). • Concílio de Constantinopla II (Dz. 218, 256). • Concílio de Constantinopla III (Dz. 290). Maria gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas por obra e ação do Espirito santo, Jesus é de natureza humana e divina. Provas das Escrituras: • \"Eis que uma Virgem conceberá...\" (Is 7,14). • \"Eis que conceberás...\" (Lc 1,31). • \"O que nascerá de Ti será...\" (Lc 1,35). • \"Enviou Deus a seu Filho nascido...\" (Gl 4,4). • \"Cristo, que é Deus...\" (Rm 9, 5). 3. A ASSUNÇÃO DE MARIA O Papa Pio XII, na Bula \"Munificentissimus Deus\", de 1º de Novembro de 1950, proclamou solenemente o dogma da assunção de Maria ao céu: • \"Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma ? gloria celeste\" (Dz. 2333). A Virgem Maria foi assunta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida ter-rena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os ho-mens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição. O essencial do dogma é que a Virgem foi levada ao céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dotes próprios da alma dos bem-aventurados e igualmente com todas as qualidades próprias dos corpos gloriosos. Entende-se melhor tudo ao recordar: 1. Maria foi isenta de pecado original e atual. 2. Teve a plenitude da graça. Fundamentos deste dogma: Desde os primeiros séculos foi um sentir unânime da fé do povo do Deus, dos cris-tãos. Os Santos Padres e Doutores manifestaram sua fé nesta verdade: • São João Damasceno (séc. VII): \"Convinha que aquela que no parto havia con-servado a íntegra de sua virgindade, conservasse sem nenhuma corrupção seu Cor-po, depois da morte.\" • São Germano de Constantinopla (séc. VII): \"Assim como um filho busca estar com a própria Mãe, e a Mãe anseia viver com o filho, assim foi justo também que Tu, que amavas com um coração materno a Teu Filho, Deus, voltasses a Ele.\" Portanto, o fundamento deste dogma se depreende e é consequência dos anteriores. 4. MARIA É VIRGEM E MÃE, ANTES, DURANTE E DEPOIS DO PARTO PROVA DA BÍBLIA “O senhor mesmo vos dará um sinal: Eis a Virgem que conceberá e dá a luz um filho que se chamara Emanuel. ( Deus conosco )” ( Is 7,14 ). “O anjo disse a Maria: Não tenhais medo, Maria, encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás a luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo. Maria, porém, disse: Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum? O anjo respondeu: O Espirito Santo virá sobre ti e o poder do altíssimo vai te cobrir com sua sombra, por isso o santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” ( Lc 1,30-35 ). Maria é a nova Eva, derrota satanás . Esmaga a cabeça da serpente, uma das vitórias de satanás, hoje, é colocar na cabeça de alguns a não aceitação de Maria. Todas vezes que Maria não é aceita, satanás faz ecoar no inferno uma grande salva de palmas. Dizer não a Maria é dizer sim a satanás. “Maria disse: Fazei tudo o que ele vos disser”. PARA ESCLARECER Pontos doutrinários: Jesus cristo é o único salvador e redentor. Jesus é filho de Deus, igual ao Pai e ao Espírito Santo na natureza. A Jesus devemos o culto máximo de adoração. Em relação a Maria: Maria é uma criatura como nós criada por Deus. A Maria não devemos culto de adoração, mas veneração, amor e imitação. Maria é mãe de Jesus, Mão de Deus, porque Jesus é Deus: Em Deus há três pes-soas: Pai, Filho e Espírito Santo. O filho, eterno como o pai e o espirito Santo, por vontade do Pai se encarna para salvar a humanidade. Encarnação do Filho de Deus: A divindade do Filho de Deus se uniu a humani-dade no seio de Maria, e esta por obra do Espirito Santo, deu a luz a pessoa de Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. Maria, então, sendo mãe de Jesus Cristo e este sendo homem e Deus, é mãe doo Filho de Deus feito homem. Em sentido próprio é a integridade física dos órgãos reprodutivos. Muitas vezes a virgin-dade de Maria foi atacada pelos hereges. É verdade da fé católica que Nossa Senhora ficou perfeitamente sempre virgem, antes do parto, no parto e depois do parto. No Símbolo apostólico se diz: \"Nascido de Maria Virgem\"; nas antigas liturgias é fre-qüente o titulo de Maria sempre virgem. No Concílio Romano do ano 649 se definiu Maria Imaculada, sempre virgem, que concebeu sem concurso de homem e ficou também intacta depois do parto. Na Sagrada Escritura temos a famoso trecho de Isaías 7, 14: \"Eis que uma virgem conce-berá e dará a luz a um filho e o chamará Emanoel, que quer dizer Deus conosco.\". O texto é certamente messiânico e, portanto a Virgem é Maria. No Evangelho cita-se esta profecia (Mt. 1, 18-23) e se conta com exatas palavras o nascimento virginal de Jesus, por obra do Espírito Santo. Os Padres da Igreja, no trecho de Ez. 44,2 veja a virgindade de Maria depois do parto: \"este pórtico ficará fechado. Não se abrirá e ninguém entrara por ele, porque por ele entrara Iahweh, o Deus de Israel, pelo que permanecera fechado\". Toda a Tradição e concorde em defender a virgindade perpetua de Maria: Santo Agosti-nho afirma: \"A Virgem concebeu, a Virgem ficou grávida, a Virgem deu a luz, a Virgem é virgem perpetua\". A razão teológica deste dogma é clara e tão simples, ela esta na divindade do Verbo e na maternidade de Maria, ao qual repugnou toda a corrupção. OBS: Esperamos ansiosamente a para BREVE a promulgação do 5º Dogma de Maria como: a - Medianeira de todas as graças e advogada nossa; b - Co-redentora do gênero humano. Quando isso acontecer todo o canal de graças que nos vem da Igreja por Maria, passará a fluir de forma perfeita até Jesus, e dele ao Pai. Estará bem próximo o dia então em que Maria esmagará a cabeça da serpente, pelo triunfo do seu Coração Imaculado, conforme ela previu em Fátima. Então ela será realmente aceita como Mãe, por todos os povos da terra. Mas este triunfo dela virá somente depois do Triunfo da Eucaristia! Maria é Rainha do céu e da terra, Rinha da Igreja, fundada por seu Filho. JESUS FUNDOU UMA SÓ IGREJA: UMA SÓ DOUTRINA, UM SÓ CULTO,UM SÓ GOVERNO. Uma só doutrina: “Quem não esta comigo é contra mim”. ( Mt 12,30 ) “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e pai de todos” ( Ef 43,6 ) Jesus reza ao Pai para que os apóstolos e futuros cristãos sejam sempre unidos. A unidade de fé deve ser um sinal de sua Igreja diante do mundo: Não rogo apenas por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como Tu, Pai, estas em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste”. ( Jo 17,20-21 ) Os apóstolos não admitiam doutrinas diferentes, que dividem. Neste ponto usam uma severidade impressionante . Jesus ensinou uma só doutrina; quem ensinar uma doutrina diferente, que seja afastado, excluído da Igreja: “Recomendo-vos, irmãos que tomeis cuidado com os que produzem divisões contra a doutrina que aprendestes. Afastai-vos, deles”. ( Rm 16,17 ). “Se alguém vos anunciar um Evangelho diferente, seja execrado, isto é, seja excomungado” ( Gl 1,7-9 ) Unidade de Culto: “Porque há um só pão, um só corpo somos nós, embora muitos, visto participar todos do único pão” ( 1Cr 10,17 ) Unidade de governo: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Estas tenho de reunir, e elas ouvi-rão a minha voz. Então haverá um só rebanho e um só pastor” ( Jo 10,16; Mt 16,15-16 ). “Irmão, conjuro-vos que sejais sempre perfeitamente unidos, num só sentimento e num mesmo pensar” ( 1,Cr 1,10 ). Podemos perceber nestes relatos bíblicos a preocupação de Jesus e dos apóstolos , com a unidade da Igreja. Jesus fundou uma só Igreja e a esta entregou a sua mensagem para ser anunciada ao mundo. Esta mensagem não pode sofrer alterações, ou adultera-ções. A igreja de Jesus é uma, a doutrina é uma só, a autoridade é uma só. “Um só rebanho e um só pastor”. Ovelha ferida retorne ao redil. Enxugue sua lágrimas perdoe quem te feriu. Na casa do Pai há muitas moradas, aqui também é seu lugar. FÉ CATÓLICA E APOSTOLICA. A nossa fé é uma fé de qualidade, ou seja, católica e apostólica. Os bispos da igreja católica, são os legítimos sucessores dos apóstolos. Todos os sacramentos celebrados na Igreja é uma ação apostólica. Ou seja, é conferido ou ministrado por ordem do bispo, legitimo sucessor dos apóstolos. Por isso tem validade. O presbítero, o padre ao celebra-lo, o faz por ordem do bispo. Sem a ordem não há validade. É nulo qualquer sacramento celebrado ou seja conferido sem a ordem dos sucessores dos apóstolos. Tudo tem a sua Raiz em Pedro. Se o ramo não permanece na videira, não pode produzir frutos. Todo ramo cortado seca, e morre. Esta ordem não pode ser usurpada. Ou seja apropriar-se dela. Todo poder usurpado é falso e enganador, não condiz com a verdade. Jesus age em conformidade com o Pai. “Eu e o Pai somos um”. A Igreja católica age em conformidade com Cristo. A Igreja é una em Cristo. Por Cristo com Cristo e em Cristo. Nenhum presbítero pode exercer de forma válida o ministério sem comunhão com o seu Bispo. O bispo governa a Igreja o presbítero participa deste governo por ordem do bispo. Na verdade, todo o batizado em nome cristo é membro da Igreja, cuja caça é Cristo. O leigo é Igreja, nós, presbíteros prestamos um serviço na Igreja não somos nada ,somos apenas servidores. Quem tudo concede, é Cristo. “Somos, na verdade, servos inúteis. Fazemos oque devemos fazer”. Todo batizado possui os três múnus, Sacerdote, Profeta e Rei. Cristo possui os três múnus , o cristão deve ser um outro Cristo na terra, “já não sou eu que vivo mas Cristo que vive em mim”, “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”. ( Jo 6,54 ) “Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus” (Rm 12, 1). Ser hóstia viva eis o nosso desa-fio. Aparece aqui também um convite a santidade. Ser Santo é ser alguém separado do mal. Sede santo, como vosso Pai celeste é Santo. A Igreja de Cristo é Santa. Os Apósto-los, receberam de Jesus o dom da santidade. “Jesus soprou sobre eles, dizendo: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados” ( Jo 20,22,23 ) A Igreja é Santa em seu fundador, em seus meios, em seu fins, em sua doutrina e em seus membros. O católico precisa tomar consciência desta verdade. Cristo santifica o mundo através de sua Igreja. Ela, a Igreja é fermento de santidade. Por isso o mundo a rejeita e a persegue. “Não vos conformeis ao mundo”. Cada membro da Igreja é uma ovelha do rebanho do senhor, chamado a santidade. Isto não se dará sem sacrifício. “O cordeiro foi imolado”. As ove-lhas que fogem e procura outras pastagens não se alimenta da verdadeira comida e da verdadeira bebida, tem uma saciedade ilusória. Terá sempre uma sensação de vazio. “A quem iremos Senhor”. “Só tu tens palavras de vida eterna”. Ovelha ferida retorne ao redil. Quando Jesus disse: “Minha carne e verdadeira comida, meu sangue é verdadeira bebida”, muitos nesta hora, abandonaram o senhor, dizendo: “Esta palavra é dura de-mais”. Jesus olhou para os seu apóstolos e disse: “Vocês também querem ir embora?”. Nesta hora o Apostolo Pedro disse: “Aquém iremos senhor, só tu tens palavra de vida eterna”. Todo ser humano é por natureza um ser religioso. Tem sede de Deus. Toda historia do povo de Israel se desenvolve num contexto religioso . Abrão, nosso pai na fé sai de sua terra e vai, peregrino entrega a sua vida ao designo de Deus. “tornar-se-á Pai de uma grande multidão, tão numerosa como as estrelas do céu tão numeroso como a areia do mar. Jesus é mais que Abrão, Abrão construiu um povo, o povo da promessa. Jesus, o filho de Deus veio a este mundo para salvar todas as gentes que compõe esse povo. Ele é o novo Moises, o verdadeiro libertador, que nos conduz não mais há uma libertação terrena, mas plena, total, definitiva. Nos liberta da morte eterna. Nos conduz ao céu. “Na casa de meu Pai há muitas moradas”. Para que os meios de salvação chegassem a todas as gentes, Jesus construiu uma obra que ficará aqui na terra até o fim dos tempo, esta obra é a sua Igreja. “Pedro tu és pedra e sobre ti edificarei a minha Igreja”. Esta Igreja, como já vimos é organizado pelo Senhor, e governada pelo Espirito Santo, na pessoa do santo Padre o Papa e os Bispos, legítimos sucessores dos apóstolos. Oque não é legitimo não contem e nem transmite a seiva da verdadeira libertação. “Eu sou a videira verdadeira” ( Jo 15,1 ). BISPO, PRESBÍTERO E DIÁCONO. Bispo. Os bispos são os legítimos sucessores dos apóstolos. Jesus escolheu os apóstolos um por um os instrui e os enviou pelo mundo a pregar a boa nova do reino de Deus. ( Mc 3,13-19; Mt 10,1-42 ) Jesus está na sua Igreja com seus apóstolos, e ficará com eles até o fim do mundo . “Foi- me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo quanto vos mandei. E eis que estou convosco até o fim do mundo”. Os sucessores dos apóstolos são os bispo da Igreja católica. “Cuidai de vos mesmos e de todo o rebanho o qual o espírito Santo vos constituiu bispos para pastorear a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o seu próprio sangue”. ( At 20,28; 1Tm 5,23; 2Tm 4,6). Presbíteros. Os sacerdotes ( presbíteros ), junto como bispo, participam, embora em grau diferente, do mesmo e único sacerdócio de Cristo. DIACONO. O diaconato é um ministério presente na igreja desde a sua origem, o primeiro mártir da Igreja foi um diácono. Santo Estevão. Celebramos a sua festa no dia 26 de dezembro. A ORIGEM DOS MINISTÉRIOS NA IGREJA DE CRISTO O conceito de ministério na Igreja (diaconia = serviço ), caracteriza globalmente todos os serviços numa comunidade fundada em torno de cristo e sua Igreja (Grelot, Pierre, Eglise et ministéries ). Provem do serviço a palavra e a missão. São dons do Espíri-to Santo à Igreja. Os ministérios não acontecem por decreto, de cima para baixo, é gerado no meio do povo. São dons de Deus postos em pratica na comunidade ( Jose Comblin, O Futuro dos Ministérios , Edt Vozes ). Toda Igreja é ministerial. Todos os batizados tem o direito de exercer, a seu modo, segundo o carisma, um trabalho na Igreja, sempre em sintonia com o seu bispo e seu pároco, nunca em desacordo com eles. Em tudo haja unidade, sem unidade nada prospera , nada se edifica, nada constrói. Os ministérios tiveram sua origem nas primeira comunidades cristãs. Após ascensão de Jesus, um pequeno rupo se reúne em torno dos “doze”, em meio as perseguições e ao martírio, anunciam a ressurreição de cristo. Após a morte de Estevão e de Tiago não se fala mais no ministério dos “doze”. A função dos “doze” era: pregar o evangelho e dirigir a comunidade ( At 2,29-36 ). No inicio toda a comunidade estava nas mão deles, na medida que a comunidade ia crescendo, repartiam as funções. Em At 6,1-14, temos a escolha dos sete eleitos pela comunidade. Os diáconos cuidavam da assistência às viúvas e aos órfãos serviam as mesas e dirigiam as comunidades. Na Igreja do rito Maronita, a função do diácono é superior ao presbítero. É o diácono que coordena a comunidade, como acontecia nas primeiras comunidades cristãs. O governo da diocese, claro, é do bispo, mas a paróquia compete ao diácono. O diaconato é o primeiro ministério instituído na Igreja, pelos apóstolo ( Fl 1.1; 1Tm 3,8 ). EPOCA APOSTOLICA. Num segundo momento de expansão do cristianismo, temos em Jerusalém a época apostólica de 44 a 67. Neste período predomina a figura de Tiago, Pedro e João ( Gl 2,9). Surge neste período os anciãos e os presbíteros. A tarefa deles era: Administrar os bens da Igreja e interpretar a lei de Deus. ( At 11,29-30 ) Na primeira metade do segundo século, o bispo aparece rodeado por um conselho de presbítero e diáconos, como acontece ainda hoje. O primeiro modelo, feito pelos apóstolos, esta presente na Igreja católica. Por isso temos o Bispo, o presbítero e o diácono. Só lembrando, o Santo Padre o Papa é o bispo de Roma. Embora, o seu governo é para toda a Igreja e a Igreja toda. Nesta época a estrutura dos ministérios começa a se espalhar, chegando até hoje na Igreja, tanto do Oriente quanto do Ociden-te. Em cada Igreja local estabelecerá um bispo, um conselho ou um colégio de presbítero e alguns diáconos, mais tardiamente a serviço do Bispo. Os outros ministérios das primeiras comunidades desaparecerão rapidamente. OS MINISTÉRIOS NA IGREJA; COMO ESTÃO DISTRIBUIDOS? Para a Igreja existem dois modelos de ministérios. a ) Os ministérios hierárquicos. b ) Os ministérios não ordenados ( ministérios leigos ). No primeiro modelo, estão o bispo, o presbítero e o diácono. Presbítero e diácono são ordenados, o bispo é sagrado. Esta sagração confere um poder ligado ao chefe do colégio, o santo Padre o Papa. Na igreja, o ministério máximo é o ministério do bispo. “Aos bispos como sucessores dos apóstolos, compete na diocese a eles confiadas, de per si, todo o poder ordinário, próprio e mediato, que é requerida para o exercício de seu múnus pastoral. ( Vt II 1027 ). Em segundo lugar estão os presbíteros, na qualidade de simples cooperadores dos bispos ( Vt II 1248 ). São escolhidos e investidos por uma hierarquia que tem plenos poderes para ceder esta ordem ao novo presbítero. Felizmente a hierarquia da Igreja tem plena autonomia, não depende do poder civil para agir, escolher, preparar, ordenar , nomear e designar a função. A ordem é para sempre. É um sacramento. Os presbíteros recebem uma formação uniforme, comum a todos os países, uma mesma teologia e um só direito. Todos tem as mesmas obrigações e seguem a mesma disciplina. Deve dedicar tempo integral a serviço da Igreja, que é o povo santo de Deus Dotado de uma cultura teológica que o capacita desempenhar um oficio religioso ze-lando pela fé primando sempre pela sã doutrina de Cristo, para que o rebanho do senhor se fortaleça alimentado pela Santa Eucaristia. Compete ao presbítero celebrar os sacramentos seguindo o ritual litúrgico para maior e melhor apreciação do povo de Deus. A santa missa é o ponto mais alto da vida do presbítero. A Eucaristia é tudo. Transformar o pão e o vinho no Corpo e Sangue do Senhor é o maior milagre, para quem crê. O presbítero está próximo do povo. É o pastor junto do rebanho. Participa das alegrias e das tristezas do povo. Se alegra com os que se alegram e chora com os que choram. Em terceiro lugar estão os diáconos, num grau inferior da hierarquia. São lhes imposta as mãos não para o sacerdócio, mas para o ministério diaconal. Temos o diácono transitório e o diácono permanente. Todo presbítero da Igreja recebe primeiro o ministério de diácono, deve exerce-lo por seis meses ou um ano. O diácono permanente, são homens casados, tem a sua família, mas recebe da hierarquia da santa mãe Igreja este ministério. É de grande valia para as comunidades, principalmente coma falta enorme de presbíteros. A sua condição na Igreja é vaga e indeterminada, para alguns teólogos. Os ministérios não ordenados são os serviços prestados a Igreja de Cristo pelos leigos. Muitas vezes, são os leigos que carregam a Igreja nas costas. Além de ter que se dedicar a família, se doam de corpo e alma pela Igreja de Cristo. Coordenam movimentos, pastorais, ajudam na administração dos bens da Igreja, com bastante responsabilidade alguns assumem junto com o pároco o concelho administrativo e pastoral. Todos somos Igreja. Papa, bispos, presbíteros, diáconos e leigos, tomos somos Igreja. A igreja de Cristo. É sal da terra e luz do mundo. É o corpo místico de Cristo. Nas comunidades helenistas, fundada pelos apóstolos, em outras cidades, surgem outros modelos de dirigentes da comunidade; Em primeiro lugar os apóstolos, em segundo os profetas e em terceiro os doutores. ( 1 Cr 12,28 ) Os apóstolos são missionários itinerantes que pregam o Evangelho e dão inicio as no-vas comunidades. Os profetas tem um papel especial no culto, na oração e se reconhecem, sobretudo, porque falam sob inspiração de Deus. Os doutores se dedicam ao ensino. Ainda na época apostólica surgem os ministérios do Epíscopo e do Presbítero, que significa supervisor e ministro. GERAÇÃO POS-APOSTOLICA Na medida em que o tempo vai passando, vão surgindo novas comunidades, com suas exigências particulares, próprias do momento histórico com a qual os cristão deparam. Os ministérios na Igreja, não são estáticos, tem o dinamismo das comunidades. Vão surgindo ou desaparecendo de acordo com o mundo da necessida-de. Na era pós-apostólica, entre os anos 70 e 100, surge a figura do pastor, aquele que fica na comunidade para cuidar do “rebanho”. Esses pastores às vezes são indicados como guias ( Hb 13,17 ); À vezes recebem o nome de supervisores, episcopoy, mais tarde, bispo e presbiteroy ( presbíteros, anciãos ). Nesta época não há distinção entre episcopoy e presbyteroi. A IGREJA INSTITUCIONALIZA OS MINISTERIOS A igreja católica conduzida pelos seus santos pastores, depara, na época pós- apostólica, com o surgimento de falsos pastores, e falsos profetas com doutrinas enganadoras. Para evitarem maiores consequências, os ministérios foram institu-cionalizados ( Ti 1,5-9 ). O critério para a escolha ficou mais rigoroso, com algumas exigências importantes; que não seja interesseiro, violento, arrogante, dado ao vinho, tagarela, avido de sórdido lucro. Também, não se aceita acusações contra os presbí-teros e que eles recebam um salario devido. Como vimos, a Igreja de Cristo, na sua gênese, aparece os espíritos de discórdia. O Espirito Santo vai iluminando os seus verdadeiros pastores para que faça, já, na sua raiz o discernimento do verdadeiro tronco de Jessé. Os falsos pastores é como joio no meio do trigo. No começo ele confunde, mas depois se destaca e a diferença aparece. Aparece na hora da colheita. O trigo bom vai para o celeiro, o joio é lançado ao fogo que não se apaga. “Onde esta o bispo aí está a Igreja”, lembre-se, bispo é aquele que tem a legitima sucessão apostólica. Que provem do grupo dos doze escolhidos por Jesus. A Igreja católica não tem bispo genérico, similar, somente legítimos sucessores. Nela podemos confiar. Quando lemos em São Mateus a genealogia de Jesus, nos leva a meditar na origem da Igreja de Cristo. ( Mt 1,1-16 ). Genealogia , Mt 1,1-17 1 Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2 Abraão gerou a Isaque; Isaque a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; 3 Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá; Perez gerou a Esrom; Esrom a Arão; 4 Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom; 5 Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute gerou a Obede; e Obede, a Jessé; 6 Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão; da que fora mulher de Urias; 7 Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa; 8 Asa gerou a Josafá; Josafá, a Jorão; Jorão, a Uzias; 9 Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequeias; 10 Ezequeias gerou a Manassés; Manassés, a Amom; Amom, a Josias; 11 Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio em Babilônia. 12 Depois do exílio em Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel; 13 Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim a Azor; 14 Azor gerou a Sadoque; Sadoque a Aquim; Aquim, a Eliúde; 15 Eliúde gerou a Eleázar; Eleázar a Matã; Matã, a Jacó. 16 E Jacó gerou a José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. 17 De sorte que todas as gerações, desde a Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até o exilio na Babilônia, catorze; e desde o desterro da Babilônia até Cristo, catorze. Podemos dizer sem cometer heresias que Jesus gerou os seus doze apóstolos, e os colocou no governo de sua Igreja, gerando também os bispos, e os bispos geram para a Igreja os presbíteros , e os presbíteros geram para Igreja a Eucaristia que é o próprio Cristo Jesus, filho de Deus, alimento e sustento da fé. A Igreja é o povo de Deus nas suas, gerações. Pelo batismo somos descendentes de Abrão. A fé cristã é uma fé abraãmica. “Jesus filho de Davi tem piedade de nós”. Davi descende de Abrão. Pelo batismo nos tornamos irmãos de Jesus, o somos, gerado por Cristo no sacramento batismal. Romper com a IGREJA DE CRISTO é uma falta grave. O presbítero possui por ordem de Cristo um poder espiritual, para o exercício da missão. O poder de transformar o pão e o vinho no corpo e sangue de Cristo só é dado ao presbítero e a ninguém mais. Somente a Igreja católica possui este dom. O dom de ter os seus presbíteros conforme o designo de Cristo. Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque. Os legítimos sucessores dos Apóstolos governam a Igreja de Cristo, e confirmam a fé católica do povo eleito de Deus, e delegam aos presbíteros poderes, em grau menor, de ministrar todos os sacramentos na comunidade, para o sustento da fé do povo de Deus, sempre em comunhão com o Bispo. O povo de Deus é a raça escolhida e nação Santa. O novo Israel. A IREJA CATOLICA NUNCA FUGIU DO COMINHO E DA MISSÃO. A Igreja católica nasce do pensamento de Cristo. Ele pensou, quis e fundou a sua Igreja. É comum ouvirmos hoje, alguns falarem, até para justificar a sua conduta, que Jesus não fundou nenhuma Igreja. Jesus disse que diabo é o pai da mentira. Dizer que jesus não fundou uma Igreja é negar a Palavra. É professar e divulgar uma mentira. Ao verificarmos no dicionário de língua portuguesa, a palavra MINHA, vamos encontrar o seguinte: pronome possessivo, forma feminina de meu. Quando Jesus disse: Pedro tu és pedra e sobre ti edificarei a MINHA Igreja, ou Jesus mentiu, ou a bíblia mentiu, ou quem afirma o contrario está mentindo. Até onde aprendi, o pronome meu e ou minha significa posse, pertença. Exemplo, minha casa é tudo para mim. Minha família é uma benção. Minha Igreja foi edificada. Veja bem, o pronome meu / minha, significa uni-camente, pertença. Não se pode negar o obvio. “Contra fato não há argumento”. Jesus tem uma Igreja sim. “As portas do inferno jamais prevalecerão contra ela”, aqui, temos uma profecia de Nosso Senhor. Quantas vezes, as portas do inferno querem sufocar a obra de Cristo! Olha, se você não mudar de Igreja a sua vida não melhora. Ou a minha vida mudou depois que troquei de Igreja. Agora sim o pastor me chama pelo nome! Na Igreja católica o padre nem sabe o nome da gente! Como pode exigir do presbítero que saiba, de cor, o nome de mais de dez mil fiéis? Padre não é computador, é gente. Pode ter certeza, ele, o presbítero, sabe quem abandonou a Igreja de Cristo que está sob seu governo por ordem do Bispo. Ovelha ferida retorne ao redil. Quando era católico eu ia as missas mas não sentia nada. Agora sim eu sinto Jesus. A fé não depende de sentimento. O emocional não tem nada a ver com fé. A fé não depende de emoção. Emoção é uma coisa e fé é outra bem diferente. Nos emocionamos num show, casamento, velório, nascimento de um filho, já disse Roberto Carlos, “são tantas as emoções”. A fé e uma virtude e um dom. Se precisamos de emoção para justificar a fé estamos perdidos. Quem não se emociona não tem fé? A igreja católica é predestinada antes, até mesmo, da criação do mundo. Ela não se desvia em nada daquilo que Cristo pediu. E Cristo Jesus age em conformidade com o Pai, assim sendo, a Igreja é um designo de Deus. Nela congrega uma missão, a de fazer com que todos os povos conheça a verdade, e tome uma decisão, o de seguir ou não o Senhor. Que a todos seja dada a oportunidade de escolha. “Quem comigo não se ajunta se espalha”. A Igreja Católica nasce da boca de Cristo. “Sobre ti edificarei a minha Igreja”. Esta expressão saiu da boca de Jesus. Ele a pronunciou. Assim falou. Assim disse. Afirmou e confirmou. É palavra de Cristo. “Edificarei”, ou seja, será construída por Ele. Ele a edificará, no seu sangue derramado na cruz, prova maior de seu amor. O cordeiro imolado, congrega e salva todo o rebanho. A Igreja é o redil do Senhor. Ovelha ferida retorne ao redil. Deixa o Espirito Santo falar em seu coração, com sua voz calma e suave ele te conduz pela mão. Não se disperse. “Atrairei todos a mim”. Cada dia mais esta Igreja está sendo construída por Cristo, a pesar de nossas fraquezas. Que o rebanho possa atingir a pesar de sua fraqueza a fortaleza do Pastor. A Igreja católica nasce da ação de Cristo. Jesus passou fazendo o bem, curou os doen-tes, libertou os cativos, ressuscitou os mortos, multiplicou os pães saciando a fome da multidão. Na última ceia, assumiu a condição de escravo, lavando os pés dos Apóstolos. E disse a eles: “se assim fiz, fazei vós o mesmo”. Assim vemos que a Igreja é a fiel serva de Cristo, obediente ao seu fundador, na sua essência, nunca se desvia do caminho e da missão a ela confiada pelo seu fundador. Todas as vezes que praticamos o bem somos a Igreja de Cristo, ela é casa do bom samaritano. Santo Agostinho diz que Deus permite que alguns abandone a Igreja para purificar a qualidade da fé daqueles vão permanecer nela até o fim. Só assim para entender o por-que de alguns que eram tão fieis terem abandonado o rebanho do senhor. Temos de rezar por eles sempre. São nossos irmãos separados. Que um dia possamos estar todos juntos na casa do Pai na eternidade. “Na casa de meu Pai há muitas moradas se não fosse assim eu vos teria dito”. Quando visitamos a casa de alguém verdadeiramente católico, sentimos ali, um odor de santidade. Os símbolos da fé logo se destacam, a cruz, a imagem de um santo de devoção popular, um terço que indica e aponta que naquela casa a mãe de Jesus e rainha dos Apóstolos jamais será excluída e para completar, a paz verdadeira reina nesta casa, nunca falta o pão de cada dia mesmo sendo pobres. “O Filho do Homem não tem ode se quer reclinar a cabeça”. A teologia da prosperidade, deveria ser banida. O pobre para ela é um maldito, o rico é um abençoado, os bens confirmam a graça. Quem não possui bens é um desgraçado. Uma Igreja que pregue esta mentira com toda a certeza, não é a Igreja de Cristo. Muitos trocam de religião pensando com isso melhorar de vida, iludidos com propostas de prosperidade. A prosperidade não vem e nem eles voltam mais as suas origens. Alguns perdem a fé por completo. “Bem aventurados os pobres porque deles é o reino dos céus”. “O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua alma”. Uma vida digna é direito de todos, mas isto só acontece com justiça social e não a toque de caixa de forma milagreira. A religião pode ajudar a medida que mude o coração dos homens, não há outro caminho. Quando alguém promete riquezas para você na Igreja dele, desconfie. O diabo também prometeu reinos a Jesus. E Nosso Senhor o expulsou. “Afasta de mim satanás. Está escrito nas escrituras; adorarás somente a Deus e a Ele prestarás culto”. A IGREJA SEGUNDO SANTO AGOSTINHO “Eis que o Senhor, depois de sua ressurreição, aparece novamente aos discípulos. Interroga Pedro e o obriga a confessar três vezes seu amor, a ele que, por medo, três vezes o negara. Cristo ressuscitou na carne, e Pedro segundo o espírito; pois, enquanto o Senhor morria sofrendo, Pedro morria negando. Cristo Senhor ressuscitou dentre os mortos, e Pedro ressuscitou graças ao amor de Cristo para com ele. Àquele que agora o confessava, interrogou sobre seu amor, e lhe confiou suas ovelhas.(Jo 21,16.17). As ovelhas confiadas a Pedro é a sua Igreja. O rebanho, a Igreja de Cristo tem a sua frente alguém provado pelo Senhor. Três vezes negou, três vezes confirmou o seu amor. O Senhor nada mais pergunta, a não ser se o amava. Cristo não confia a Pedro coisa mais alguma senão o pastoreio de suas ovelhas”. Sermões 295,2: Entre estes somente Pedro mereceu representar toda a Igreja. Por causa desta representação da Igreja, que somente ele conduziu, mereceu escutar "Eu te darei as chaves do reino dos Céus" Carta 53, 2: Desta forma, se a linha sucessória dos apóstolos deve ser levada em consideração, com que maior certeza e benefício à Igreja devemos retornar até alcançar o próprio Pedro, a quem, como uma figura que comporta toda a Igreja, o Senhor disse "Sobre esta pedra edificarei e minha Igreja, e os portões do inferno não prevalecerão contra ela" A PROFECIA DE AGEU E SEU CUMPRIMENTO NA IGREJA Quando estudamos este texto de santo Agostinho, ou seja, esta pérola que é a profecia de Ageu e o seu cumprimento na Igreja, aprendemos com ele, Santo Agostinho, a querer e amar ainda mais a nossa Igreja. A Igreja católica foi preparada por Deus desde o princípio. Ela se faz presente no mundo pelo designo do Pai. Vejamos oque fala Santo Agostinho nesta profecia. “Esta casa de Deus é de maios gloria que a primeira, construída de madeira e de pedras preciosas e coberta de ouro. A profecia de Ageu não se cumpriu na restauração do templo, pois desde a restauração teve a sua época de maior esplendor no templo de Salomão. Mais ainda, pode-se dizer que sua glória minguou com o cessamento das profecias e, depois, por causa dos diversos estragos sofridos pelos judeus até sua destruição, levada acabo pelos romanos, como já apontamos. Por sua vez esta casa pertence ao Novo Testamento, é tanto mais gloriosa quanto melhores as pedras que a compõem, pedras viva pela renovação da fé. Figurou-a a restauração do templo, porque em linguagem profética, essa renovação significa o Novo Testamento. Nas palavras de Deus por meio do Profeta: Darei paz a este lugar, deve se entender pelo lugar que significa o lugar significado. Como esse lugar restaurado significa a Igreja, que seria edificada por Cristo, as referidas palavras tem o seguinte sentido: Estabelecerei a paz no lugar que figura. Com efeito todas coisas figurativas parecem representar, de certa maneira, as coisas figuradas. Por isso diz o Apóstolo: E a pedra era Cristo, porque a pedra de que falava era figura de Cristo. A gloria desta casa do Novo Testamento é, pois maior que a da do Antigo e assim aparecerá quando se faça a dedicação 1º. - São Pedro - Mártir -(Simão, filho de Jonas); Galiléia; c A INFALIBILIDADE DO PAPA. Os não católicos não compreendem esta doutrina, da infalibilidade, ou seja o Papa e´ Infalível. Confundem com impecabilidade. O papa é infalível, ou seja não pode errar, quando ensina uma verdade de fé e de moral. Ao definir uma verdade de fé não está inventando uma nova doutrina. Confirma uma verdade que está contida na Palavra de Deus. O Papa é infalível e não pode errar, quando: 1º ) Fala ex cathedra, ou seja, fala como pastor supremo e mestre supremo para toda a Igreja. 2º ) Quando decide ou define uma doutrina de fé ou moral para todos os fieis. O papa tem a assistência direta do Espírito Santo. O Papa jamais poderá ensinar um erro. Ele é a roxa na qual Cristo edificou a sua Igreja. Cristo deu a Pedro e seus sucessores amplos poderes, de ligar e desligar. “Tudo oque ligares na erra será ligado no céu ( Mt 16,18 ). Deus aprova tudo oque Pedro e seu legítimos sucessores ensinarem neste mundo. Eles não podem ensinar o erro. Quando Jesus disse, tudo oque ligares na terra estará ligado no céu, estava dizendo que Pedro era o seu legítimo representante na terra. Deu a ele a missão de apascentar o seu rebanho, “apascente as minhas ovelhas”. Ovelhas sem Pedro, sem o Santo Padre o Papa é ovelha sem pastor, prestes a serem devoradas pelos lobos. Cristo rezou por São Pedro, para que sua fé fosse firme e assim pudesse confirmar na fé a sua Igreja. “Eu, porem, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça”. Em relação a Igreja de Cristo e suas autoridades por ele constituído, os sacramentos nela gerado, ninguém melhor que Santo Tomas de Aquino para nos orientar. No seu livro “Suma Teológica Contra os Gentios”, no capitulo LXXIV tratando sabre o sacramento da ordem nos faz ver que a Igreja católica para melhor conformar com os ensinamentos de Nosso Senhor desde seu início rege seu governo de forma ordenada. Com seus ministérios instituídos a Igreja comunica o evangelho de Cristo. Nela está presente todos os elementos de salvação. A Igreja de cristo é completa. Por isso afirma alguns Santos que “fora da Igreja Católica não há salvação”. Na verdade, nela foi colocado por Cristo todos os elementos de salvação. É bom lembrar, que os demais cristãos e não cristãos, pertencentes a outras Igrejas ou denominações religiosas também alcançarão a graça da salvação em Cristo. Nosso Senhor disse “ eu vim para que todos tenham vida”. Acredito que a salvação em Cristo para toda a humanidade passe pela catolicidade da fé. A fé de Abraão. Transcrevo o capítulo LXXIV, que discorre sobre este tema, para vermos quão profundo é Santo Tomas e o quanto nos esclarece. Capitulo LXXIV Sobre o sacramento da ordem “Em todos os sacramentos que foram por nós tratados, a graça espiritual é conferida pelo sacramento constituído de coisas visíveis. Ora, toda ação deve ser proporcionada ao agente. Por isso é necessário que a dispensação dos referidos sacramentos seja feitos por homens visíveis com poder espiritual. Com efeito não cabe aos anjos dispensarem os sacramentos, mas a homens revestido de carne visível. Por isso diz o Apostolo: Todo pontífice, tirado de entre os homens, é constituído para as coisas que são de Deus ( Hb 5,1 ) 2. A razão disso pode ser encontrada ainda em outro fundamento. Ora o princípio e a virtude dos sacramentos vem de Cristo, pois de Cristo diz o Apóstolo: Cristo amo sua Igreja e se entregou por ela, para santifica-la, purificando-a na pia batismal com a palavra da vida ( Ef 5,25 ). É também sabido que Cristo deu na Ceia o Sacramento do seu corpo e do seu sangue, instituindo para ser usado, e ambos são os principais sacramentos. Mas, como Cristo iria retirar da Igreja a sua presença corpórea, foi necessário instituir a outros como seus ministros para distribuírem aos fiéis os sacramentos segundo a palavra do Apostolo: Os homens nos considerem como ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus ( 1 Cor 4,1 ) por isso, confiou aos discípulos a consagração do seu corpo e de seu sangue dizendo: Fazei isto em memória de mim ( Lc 22,19 ); e deu-lhes o poder de perdoar os pecados, segundo se lê: A quem perdoar-lhes os pecados, ser-lhes-ão perdoados ( Jo 20,23 ); e outorgou-lhes o oficio de ensinar e batizar, segundo lê: Ide, e ensinai todos os povos, batizando-os ( Mt ( 28,19 ). Ora, o ministro está para o senhor como o instrumento para o agente principal; pois como o agente move o instrumento para alguma operação, o ministro também é movido pela ordem do senhor para executar alguma coisa. Ademais o instrumento deve estar proporcionada ao agente. Por isso, é conveniente os ministros de Cristo estarem conformados com Cristo. Ora, Cristo sendo Senhor, por sua autoridade e virtude, operou a nossa salvação, enquanto Deus e homem. É assim, enquanto homem, suportou a paixão para a nossa redenção e, enquanto Deus, sua paixão nos trouxe a salvação. Por esse motivo é conveniente que os ministros de Cristo sejam homens e participem da sua divindade com poder espiritual, como também o instrumento participa da virtude do agente principal. Refere-se o Apostolo a esse poder dizendo: O Senhor lhes deu poder para a edificação, e não para a destruição. ( 2Cor 13,10 ). 3. Porém, não se há de pensar que Cristo deu esse poder aos discípulos para não ser estendido a outros, pois lhes foi dado segundo a palavra do Apóstolo, para a edificação da Igreja. Por isso, esse poder deverá ser perpetuado no tempo necessário para a edificação da Igreja. Ora, isso foi necessário acontecer até desde a morte de Cristo até o fim dos séculos. E, desse modo, foi conferido o poder espiritual aos discípulos , para que mediante eles, chegasse a outros. Também, por esse motivo o senhor dirigia-se aos discípulos como se estivesse dirigindo a outros fieis, como se depreende destes textos: O que vos digo, digo a todos. ( Mc 13,17 ); Eis que estarei convosco até a consumação dos séculos ( Mt 28,20 ) 4. Por conseguinte, como esse poder espiritual vem de Cristo e se estende aos ministros da Igreja, e como os efeitos espirituais derivam de Cristo e se estende a nos mediante sinais sensíveis, como se depreende do que acima foi dito, também foi conveniente que esse poder fosse conferidos aos homens mediante certos sinais sensíveis. E tais são certas fórmulas verbais e determinadas ações, como sejam, imposição das mãos, unção, entrega do livro ou do cálice, ou coisas semelhantes que pertencem a execução do poder do poder espiritual. Ora, sempre que uma coisa espiritual é entregue mediante um sinal sensível, a isso se chama sacramento. É, pois, manifesto que na colocação do poder espiritual realiza-se algum sacramento, que será chamado de sacramento da Ordem. 5. No entanto, pertence a liberdade divina que, ao conferir a alguém o poder de realizar alguma coisa, também seja conferidas as coisas sem as quais a operação não se realiza. Ora, administração dos sacramentos aos quais se ordena aos quais se ordena o poder espiritual não se efetua convenientemente sem que a pessoa seja para tal auxiliada pela graça divina. Por isso, como nos demais sacramentos, neste é conferida a graça. 6. Como o poder da Ordem destina-se a distribuição dos sacramentos, e como o sacramento da eucaristia é, entre os demais sacramentos, o mais nobre, e consumativo, como se depreende do que foi acima dito, é conveniente que o poder da Ordem seja principalmente referido a este sacramento, pois cada coisa é denominada pelo seu fim. 7. Mas parece ser próprio do mesmo poder conferir alguma perfeição, preparar a matéria para a sua recepção, como por exemplo, o fogo que tem a virtude de transferir a sua forma para outro e de dispor a matéria para a recepção da forma. Ora, como o poder da Ordem se estende a realização do sacramento do corpo de Cristo e a sua entrega aos fiéis, é conveniente que este mesmo poder se também se estenda a fazer os fiéis aptos e preparados para receberem este sacramento. Por isso, é também conveniente que o sacramento da Ordem se estenda a remissão dos pecados pela distribuição dos ouros sacramentos que se destine a remissão dos pecados, quis sejam o Batismo e a Penitência, como se depreende do que foi dito acima. Com efeito, foi dito acima, o senhor deu aos discípulos, aos quais confiou a consagração do seu corpo, também o poder de perdoar os pecados. Esse poder é significado pelas chaves, a respeito das quais Cristo disse a Pedro: Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus ( Mt 16,19 ). Ora, o céu é aberto e fechado a cada um quando alguém se submente ao pecado ou é purificado do pecado. Por isso, diz-se que essas chaves ligam ou desligam, isto é, dos pecados”. Quantos desconhecem esta arguição de Santo Tomaz sobre o sacramento da Ordem? Quantos navegam por mares revoltos rompidos coma fé católica por não ter esta ciência. Por desconhecê-la. A teologia do sacramento da ordem feita por este doutor da Igreja, nos interpela. Exorta-nos. Enche-nos de satisfação. Isto só acontece na Igreja de Cristo. A filosofia da desconstrução, muito comum hoje, quer com argumentos falaciosos, destruir estes pilares da fé católica. Atacando os padres, desinformando sabre os sacramentos, querendo desta forma, minar as bases da Igreja de Cristo. Acredito que os presbíteros de nossa Igreja também deveriam aprofundar este assunto, em retiros ou cursos de formação permanente. Também, nós presbíteros, devido a tantos trabalhos que sugam as nossas forças, nossas energias, precisamos “beber do próprio poço”. Fonte que jorra para avida eterna. O presbítero precisa beber da água viva, a mesma que ele oferece ao rebanho. Assim, fortalecido, defenderá o rebanho de Cristo a ele confiado das matilhas que atacam as ovelhas. O lobo escolhe a ovelha mais fraca, frágil. O presbítero deve estar atento armado com o cajado do conhecimento forjado pelos Santos da Igreja. A fé dos místicos, sua experiências, suas orações, fortalece nossa caminhada e também do rebanho do Senhor. São Clemente, São Policarpo, São Gregório, Santo Augustinho, São Francisco de Assis, São Boaventura, Santo Tomás de Aquino, Santo Inácio, Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz, Santa Terezinha do Menino Jesus e tantos outros, que deram grandes contribuições na construção da cultura religiosa católica. Quantos mártires derramaram o seu sangue, defendendo a fé crista na Igreja Católica , segue um relato do martírio de São Policarpo. Martírio de São Policarpo [+250]) INTRODUÇÃO A Igreja de Deus que vive como estrangeira em Esmirna, para a Igreja de Deus que vive como estrangeira em Filemon e para todas as comunidades da santa Igreja católica que vivem como estrangeira em todos os lugares. Que a misericórdia, a paz e o amor de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo sejam abundantes. CAPÍTULO I 1. Irmãos, nós vos escrevemos a respeito dos mártires e do bem-aventurado Policarpo, que fez a perseguição cessar, selando-a com seu martírio. Quase todos os acontecimentos se realizaram para que o Senhor nos mostrasse novamente um martírio segundo o Evangelho. 2. De fato, como o Senhor, ele esperou ser libertado, para que também nós nos tornássemos seus imitadores, não olhando só para nós, mas também para o próximo. É próprio do amor verdadeiro e firme querer salvar não só a si mesmo, mas também a todos os irmãos. CAPÍTULO II 1. Felizes e generosos todos os mártires que surgem segundo a vontade de Deus. De fato, é necessário que tenhamos fé, para atribuir a Deus o poder sobre todas as coisas. 2. Quem não admiraria a generosidade deles, a perseverança e o amor ao Senhor? Dilacerados pelos flagelos a ponto de ser ver a constituição do corpo até as veias e artérias, permaneciam firmes, enquanto os presentes choravam de compaixão. A sua coragem chegou a tal ponto que nenhum deles disse uma palavra ou emitiu um gemido. Eles mostravam em seus corpos, mas que o Senhor, aí presente, conservava com eles. 3. Atentos à graça de Cristo, eles desprezavam as torturas deste mundo e adquiriram, em uma hora, a vida eterna. O fogo dos torturadores desumanos era frio para eles. De fato, tinham diante dos olhos escapar do (fogo) eterno, que jamais se extingue; com os olhos do coração olhavam os bens reservados à perseverança, bens que o ouvido não ouviu, nem o olho viu, nem o coração do homem sonhou, mostrados pelo Senhor àqueles que não que não eram mais homens, mas que já eram anjos. 4. Do mesmo modo, os que foram entregues às feras suportaram suplícios terríveis. Estendidos sobre conchas, eram submetidos a todo tipo de tormentos, para que fossem induzidos a renegar, se possível, por meio do suplício contínuo. CAPÍTULO III 1. O diabo maquinava muitas coisas contra eles; graças a Deus, porém, não prevaleceu contra nenhum deles. O generoso Germânico fortalecia a timidez deles através de sua perseverança. Ele foi admirável na luta contra as feras. O Procônsul queria que ele cedesse e lhe dizia que tivesse piedade de sua própria juventude. Ele, porém, atiçando a fera, a chamava para si, desejando estar quanto antes livre desta vida injusta e iníqua. 2. Então, a multidão toda, admirada diante da coragem da piedosa e crente geração dos cristãos, gritou: "Abaixo os ateus! Trazei Policarpo." CAPÍTULO IV 1. Um dentre eles, chamado Quinto, frígio recentemente vindo da Frígia, ficou apavorado à vista das feras. Era ele que havia forçado a si mesmo e a outros e a comparecerem ao tribunal. O pro cônsul, através de muita insistência, conseguiu persuadi-lo a jurar e sacrificar. Por isso, irmãos, não louvamos aqueles que se apresentam espontaneamente, pois não é isso que o Evangelho ensina. CAPÍTULO V 1. Quanto a Policarpo, ele inicialmente não se perturbou ao ouvir isso, mas quis permanecer na cidade. A maioria, porém, o persuadiu a se afastar. Então ele se refugiou numa propriedade pequena, não longe da cidade, e passou o tempo com poucos (companheiros). Noite e dia, ele não fazia senão rezar por todos e por todas as igrejas do mundo, como era seu costume. 2. Rezando, ele teve uma visão, três dias antes de o prenderem: viu seu travesseiro queimado pelo fogo. Voltando-se para os seus companheiros, disse: "Devo ser queimado vivo!" CAPÍTULO VI 1. Como persistiam em procurá-lo, transferiu-se para outra pequena propriedade, e logo chegaram os que o procuravam. Não o encontrando, prenderam dois pequenos escravos, e um deles torturado confessou. Era-lhe, de fato, impossível permanecer escondido, porque até mesmo os de sua casa o traíram. O chefe da polícia, que tinha recebido o nome de Herodes, tinha pressa em levá-lo para o estádio, a fim de que Policarpo realizasse o seu destino, entrando em comunhão com Cristo, enquanto aqueles que o tinham estregue recebessem o castigo do próprio Judas. CAPÍTULO VII 1. Numa sexta-feira, pela honra da ceia, guardas e cavaleiros, armados como de costume, tomaram consigo o escravo e partiram, como se estivessem perseguindo um bandido. Chegando pela noite, encontraram-no deitado num pequeno quarto do piso superior. Ele podia ainda fugir daí para outro lugar, mas não quis, e disse: "Seja feita a vontade de Deus". 2. Ouvindo que tinham chegado, ele desceu e conversou com eles, que ficaram espantados com a sua idade avançada, com a sua calma, e com tanta preocupação por capturar um homem tão velho. Ele imediatamente mandou que lhes dessem de comer e beber à vontade, e pediu que lhe concedessem uma hora para rezar tranquilamente. 3. E lhe concederam. Então ele, de pé, começou a rezar, tão repleto da graça de Deus, que por duas horas ninguém pôde interrompê-lo. Os que ouviam ficaram espantados, e muitos se arrependeram de ter vindo prender um velho tão santo. CAPÍTULO VIII 1. Quando por fim terminou de rezar, lembrou-se de todos aqueles que tinha conhecido, pequenos e grandes, ilustres e obscuros, e de toda a Igreja Católica espalhada por toda a terra. Chegando a hora de partir, fizeram-no montar sobre um jumento e o levaram para a cidade. Era o dia do grande sábado. 2. Herodes, o chefe da polícia, e seu pai Nicetas foram até ele. Fizeram-no subir ao seu carro e, sentando-se ao seu lado, procuravam persuadi-lo, dizendo: "Que mal há em dizer que César é o Senhor, oferecer sacrifícios e fazer tudo o mais para salvar-se?" De início, ele nada respondeu. Como insistissem, ele falou: "Não farei o que vós estais me aconselhando." 3. Não conseguindo persuadi-lo, lançaram-no todo tipo de injúrias, e o fizeram descer do carro tão apressadamente que ele se feriu na parta da frente da perna. Sem se voltar, como se nada houvesse acontecido, ele caminhou alegremente em direção ao estádio. Aí o tumulto era tão grande que ninguém conseguia escutar ninguém. CAPÍTULO IX 1. Quando Policarpo entrou no estádio, veio do céu uma voz, dizendo: "Sê forte, Policarpo! Sê homem!" Ninguém viu quem tinha falado, mas alguns dos nossos que estavam presentes ouviram a voz. Finalmente o fizeram entrar e, quando souberam que Policarpo fora preso, levantou-se grande tumulto. 2. Levado até o pro cônsul, este lhe perguntou se ele era Policarpo. Respondeu que sim. E o pro cônsul procurava fazê-lo renegar, dizendo: "Pensa na tua idade", e tudo o mais que se costumava dizer, como: "Jura pela fortuna de César! Muda teu modo de pensar e dize: 'Abaixo os ateus!'" Policarpo, contudo, olhava severamente toda a multidão de pagãos cruéis no estádio, fez um gesto para ela com a mão suspirou, elevou os olhos e disse: "Abaixo os ateus!" 3. O chefe da polícia insistia: "Jura, e eu te liberto. Amaldiçoa o Cristo!" Policarpo respondeu: "Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e ele não me fez nenhum mal. Como poderia blasfemar o meu rei que me salvou?" CAPÍTULO X 1. Ele continuava a insistir, dizendo: "Jura pela fortuna de César!" Policarpo respondeu: "Se tu pensas que vou jurar pela fortuna de César, como dizes, e finges ignorar quem sou eu, escuta claramente: eu sou cristão. Se queres aprender a doutrina do cristianismo, concede-me um dia e escuta." O pro cônsul respondeu: "Convence o povo!" 2. Policarpo replicou: "A ti eu considero digno de escutar a explicação. Com efeito, aprendemos a tratar as autoridades e os poderes estabelecidos por Deus com o respeito devido, contanto que isso não nos prejudique. Quanto a esses outros, eu não os considero dignos, para me defender diante deles." CAPÍTULO XI 1. O pro cônsul disse: "Eu tenho feras, e te entregarei a elas, se não mudares de ideia." Ele disse: "Pode chamá-las. Para nós, é impossível mudar de ideia, a fim de passar do melhor para o pior; mas é bom mudar, para passar do mal à justiça." 2. O pro cônsul insistiu: "Já que desprezas as feras, eu te farei queimar no fogo, se não mudares de ideia." Policarpo respondeu-lhe: "Tu me ameaças com um fogo que queima por um momento, e pouco depois se apaga, porque ignoras o fogo do julgamento futuro e do suplício eterno, reservado para os ímpios. Mas por que tardar? Vai e faze o queres." CAPÍTULO XII 1. Dizendo isso e tantas outras coisas, ele permanecia cheio de força e alegria, e seu rosto estava repleto de graça. Ele não só não se deixou abater pelas ameaças que lhe eram dirigidas, mas o próprio pro cônsul ficou estupefato e mandou seu arauto ao meio do estádio, para anunciar três vezes: "Policarpo se declarou cristão!" 2. A essas palavras do arauto, toda a multidão de pagão e judeus moradores de Esmirna, com furor incontido, começou a gritar: "Eis o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor de nosso deuses! É ele que ensina muita gente a não sacrificar e a não adorar." Dizendo isso, gritavam e pediam aos asiarca Filipe que lançasse um leão contra Policarpo. Este respondeu que não lhe era lícito, pois os combates de feras já haviam terminado. 3. Então unânimes se puseram a gritar que Policarpo fosse queimado vivo. Devia cumprir a visão que lhe fora mostrada: enquanto rezava, ele tinha visto o travesseiro pegando fogo, e dissera profeticamente aos fiéis que estavam com ele: "Devo ser queimado vivo." CAPÍTULO XIII 1. Então as coisas caminharam rapidamente, mais depressa do que dizê-las. Imediatamente a multidão começou a recolher lenha e feixes tirados das oficinas e termas. Sobretudo os judeus se deram a isso com mais zelo, segundo o costume deles. 2. Quando a pira ficou pronta, o próprio Policarpo se despiu, desamarrou o cinto, e ele mesmo tirou o calçado. Ele nunca fizera isso antes, porque sempre cada um dos fiéis se apressava a ser o primeiro a tocar-lhe o corpo; mesmo antes do martírio, ele já fora constantemente venerado pela sua santidade de vida. 3. Imediatamente colocaram em torno dele o material preparado para a pira. Como queriam pregá-lo, ele disse: "Deixai-me assim. Aquele que me concede força para suportar o fogo, dar-me-á força para permanecer imóvel na fogueira, também sem proteção de vosso pregos." CAPÍTULO XIV 1. Então não o pregaram, mas o amarraram. com suas mãos amarradas atrás das costas, ele parecia um cordeiro escolhido de grande rebanho para o sacrifício, holocausto agradável preparado para Deus. Erguendo os olhos ao céu, disse: "Senhor, Deus todo-poderoso, Pai de teu Filho amado e bendito, Jesus Cristo, pelo qual recebemos o conhecimento do teu nome, Deus dos anjos, dos poderes de toda criação, e de toda geração de justos que vivem na tua presença! 2. Eu te bendigo por me teres julgado digno deste dia e desta hora, de tomar parte entre os mártires, e do cálice de teu Cristo, para a ressurreição da vida eterna da alma e do corpo, na incorruptibilidade do Espírito Santo. Com eles, possa eu hoje ser admitido à tua presença como sacrifício gordo e agradável, como tu preparaste e manifestaste de antemão, e como realizaste, ó Deus sem mentira e veraz. 3. Por isso e por todas as outras coisas, eu te louvo, te bendigo, te glorifico, pelo eterno e celestial sacerdote Jesus Cristo, teu Filho amado, pelo qual seja dada a glória a ti, como ele o Espírito, agora e pelos séculos futuros. Amém. CAPÍTULO XV 1. Quando ele ergueu o seu Amém e terminou sua oração, os homens da pira acenderam o fogo. Grande chama brilhou e nós vimos o prodígio, nós a quem foi dado ver e que fomos preservados para anunciar estes acontecimentos a outros. 2. O fogo fez uma espécie de abóbada, como vela de navio inflada pelo vento, e envolveu como parede o corpo do mártir. Ele estava no meio, não como carne que queima, mas como pão que assa, como ouro ou prata brilhando na fornalha. Sentimos então um perfume semelhante a baforada de incenso ou outro aroma parecido. CAPÍTULO XVI 1. Por fim, vendo que o fogo não podia consumir o seu corpo, os ímpios ordenaram ao carrasco que fosse dar o golpe de misericórdia com o punhal. Feito isso, jorrou tanto sangue que apagou o fogo. Toda a multidão admirou-se de ver tão grande diferença entre os incrédulos e os eleitos. 2. Entre estes, o admirável mártir Policarpo, que foi, em nosso dias, mestre apostólico e profético, o bispo da Igreja católica de Esmirna. Toda palavra que saiu de sua boca se cumpriu e se cumprirá. CAPÍTULO XVII 1. Contudo, o invejoso, o perverso e o mau, o adversário da geração dos justos, vendo a grandeza do seu testemunho e de sua vida irrepreensível desde o início, vendo-o ornado com a coroa da incorruptibilidade e conquistando uma recompensa incontestável, procurou impedir-nos de levar o corpo, embora muitos de nós o desejassem fazer e possuir sua carne santa. 2. Ele sugeriu a Nicetas, pai de Herodes e irmão de Alce, que procurrase o magistrado, a fim que ele não nos entregasse o corpo. Ele disse: "Não aconteça que eles, abandonando o crucificado, passem a cultuar esse aí." Dizia essas coisas por sugestão insistente dos judeus, que nos tinham vigiado quando queríamos retirar o corpo do fogo. Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestarmos culto a outro. 3. Nós o adoramos, porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com o rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos! CAPÍTULO XVIII 1. Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era de costume. 2. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos, mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-los em lugar conveniente. 3. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos, na alegria e contentamento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro. CAPÍTULO XIX 1. Essa é a história do bem-aventurado Policarpo, que foi, juntamente com os irmãos da Filadélfia, o décimo segundo a sofrer o martírio em Esmirna. Contudo, apenas dele se guarda a lembrança mais do que dos outros, a ponto de até os próprios pagãos falarem dele por toda parte. Ele foi, não apenas mestre célebre, mas também mártir eminente, cujo martírio segundo o Evangelho de Cristo todos desejam imitar. 2. Por sua perseverança, ele triunfou sobre o iníquo magistrado, e assim foi cingido com a coroa da incorruptibilidade. Juntamente com os apóstolos e todos os justos, na alegria, ele glorifica a Deus, Pai todo-poderoso, e bendiz nosso Senhor Jesus Cristo, o salvador de nossas almas, guia de nossos corpos, e pastor da Igreja católica no mundo inteiro. CAPÍTULO XX 1. Havíeis pedido para ser informados com mais pormenores sobre esses acontecimentos. Por enquanto vos demos uma narração resumida por intermédio do nosso irmão Marcião. Quando tomardes conhecimento desta carta, transmiti-a aos irmão que estão mais longe, para que também eles glorifiquem o Senhor, que fez sua escolha entre seus servidores. 2. Àquele que, pela sua graça e pelo seu dom, nos pode introduzir no seu reino eterno, por seu Filho único Jesus Cristo, a ele a glória, a honra, o poder e a grandeza pelos séculos. Saudai todos os santos. Aqueles que estão conosco vos saúdam, e também Evaristo, que escreveu esta carta, com toda a sua família. CAPÍTULO XXI 1. O bem-aventurado Policarpo deu testemunho no início do mês Xântico, no décimo segundo dia, o sétimo dia antes das calendas de março, dia do grande sábado, na oitava hora. Ele fora preso por Herodes, sob o pontificado de Filipe de Trália e do pro consulado de Estácio Quadrato, mas sob o reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem seja dada a glória, a honra, a grandeza, o trono eterno de geração em geração. Amém. CAPÍTULO XXII - Apêndice 1. Nós vos desejamos boa saúde. Irmãos, andai segundo o Evangelho, na palavra de Jesus Cristo. Com ele, glória a Deus Pai e ao Espírito Santo, para a salvação dso santos eleitos. Foi assim que o bem-aventurado Policarpo testemunhou. Possamos nós caminhar em suas pegadas e sermos encontrados com ele no Reino de Deus. 2. Gaio transcreveu estas coisas de Irineu, discípulo de Policarpo; ele viveu com Irineu. Eu, Sócrates, as copiei em Corinto, da cópia de Gaio. A graça esteja com todos. 3. Por minha vez, eu, Piônio, copiei do exemplar acima, que procurei, depois que o bem-aventurado Policarpo o mostrou a mim em revelação, como contarei em seguida. Reuni os fragmentos quase destruídos pelo tempo. Que o Senhor Jesus Cristo me reúna também com seus eleitos no Reino do céu. A ele seja dada a glória com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém. Ao lermos o relato do martírio de são Policarpo, mais amamos a nossa Igreja. Não podemos trair aqueles que a regaram com o próprio sangue. Quantos estão abandonado a Igreja de Cristo nos últimos tempos. Quantos abandonam a Igreja de Cristo por tão pouco. Quantos “católicos” contaminados com o viro do protestantismo. Influenciados pela filosofia da desconstrução, vão cedendo espaço para a dúvida e deixando que as verdades da fé sejam varridas de sua história pessoal. Rompem com o histórico da família. Renegam a família, chegam a dizer que seus pais, já falecidos, estão no inferno por não terem morrido na fé católica. Elas eram pessoas cheias de santidade, com certeza estão na glória do Pai. Não julgueis, para não serem julgados. Não condeneis, para serdes condenados. ( Lc 6,37 ) Nós católicos, somos julgados todos os dias, pelo tribunal das seitas protestantes. A palavra de Cristo é a sentença deles. Quem julga será julgado, quem condena será condenado. Somos acusados de idólatras, adoradores de imagens. Acreditamos em Santos. Em Maria mãe de Jesus. Os protestantes tem estas três acusações contra nós. No livro, Igreja do Deus vivo de Frei Battistini, temos uma orientação bastante pedagógica sobre o culto as imagens, a qual passo a vocês. CULTO DAS IMAGENS “O cavalo de batalha de muitos membros de seitas é acusar os católicos de adorar imagens. Muitas vezes conseguem confundir os mais simples, dizendo que Deus proibiu fazer imagens etc. etc. Vamos demonstrar aqui que Deus não proibiu fazer imagens, as alias, mandou fazer ESCCLARECIMENTO Imagem: é a representação de um ser em seu aspecto físico. Assim imagem é uma fotografia, uma estátua, um quadro etc. Adorar: é o ato de considerar Deus como único criador e senhor do universo. Ídolo: é um falso deus, inventado pela fantasia humana ( sol, lua, animais e outras entidades, etc. Idolatria: é o ato de adorar o falso deus. Ou seja, é considerar o falso deus como criador e senhor do universo. É o pior e mais grave pecado que alguém possa fazer. Venerar: é imitar, honrar, louvar a virgem e os santos porque são nossos modelos na fé na prática da caridade. DEUS PROIBE A FABRICAÇÃO DE IDOLOS E NÃO DE IMAGENS Uma vez que o povo hebreu estava cercado de povos que adoravam ídolos ( falsos deuses ), para que o povo hebreu não os imitasse nesse horrível pecado, Deus fez saber ao seu povo: “Eu sou o Senhor teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim. Não faras para ti imagem de escultura nem figura alguma do que está no céu ou embaixo sobre a terra ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor teu Deus, um Deus zeloso” ( Ex 20 1-5 ) Como se percebe, Deus proíbe severamente a fabricação de imagens de ídolos ( falsos deuses ) para serem colocados no lugar do Deus verdadeiro, porque somente Ele, Deus, é o único e verdadeiro Deus. DEUS MANDA FAZER IMAGENS Quando as imagens não são para serem colocadas no lugar de Deus, isto é, quando as imagens não são para serem adoradas, então o mesmo Deus as manda fazer. E muitas. “O senhor disse a Moises: farás dois querubins de ouro. Estes querubins terão suas asas estendidas para o alto e com suas asas protegerão a tampa da Arca da Aliança. E ali eu virei ter contigo” ( Ez 25,18-22 ) Veja, que o mesmo Deus que proíbe adorar imagens também manda fazer imagens. Será que a bíblia está errada? Ou falta parafusos em nossas cabeças para compreender melhor a Bíblia? “Dentro do santíssimo foram postos dois querubins de madeira” ( 1Rs 6,29 ). “Todas as paredes do Templo em redor eram entalhadas com figura de querubins e palmas”. ( 1Rs 6,29 ) “O Senhor disse a Moisés: fazei uma serpente de bronze...” ( Nm 21,8; Ez 41,18 ) Como se vê, Deus não proibiu fazer imagens, pois ele mesmo as mandou fazer. Deus proibiu fazer imagens de ídolos, isto é falso deuses e a eles presar culto de adoração, a saber, considera-los como criadores do mondo. As imagens de Maria, dos santos, como também os monumentos dos heróis nacionais, não são ídolos, mas retratos de pessoas que se destacaram na fé em Cristo e na amor ao próximo e que nós devemos imita-los. REZAR A DEUS POR MEIO DOS SANTOS E DA VIRGEM MARIA Maria, os apóstolos, os santos são amigos de Deus e nossos irmãos; por isso podemos contar com sua intercessão no céu. No céu, eles os santos, são nossos intercessores. Há muitos exemplos disso na bíblia: Conferir: (1Sm 7,8; Ecl 44,1-2; 1Rs 18,7). Maria, em Cana da Galileia, pediu em favor dos noivos. E Jesus realizou o seu primeiro milagre em atenção a sua mãe ( Jo 2,1-12 ). O mesmo Lutero, pai dos protestante, dizia: “Ninguém nunca se esqueça de invocar a virgem Maria e os santos pois eles podem interceder por nós” ( Prep. ad mortem ). Pedro, em nome de Jesus, realizou muitos milagres ( At. 3,8 ). S. Paulo diz: “É bom rezar uns pelos outros e isto é agradável aos olhos de Deus” (1Tm 2,1-3; Ef 6,18-19 ). A VIRGEM MARIA É MÃE DE JESUS, E MÃE DE DEUS. A Santa Igreja Católica sempre tributou a Maria uma veneração, uma imitação, um amor muito especial, desde o início do cristianismo. O motivo é que ela é mãe de Jesus, o filho de Deus e nosso Salvador. PARA ESCLARECER Pontos doutrinários: Jesus cristo é o único salvador e redentor. Jesus é filho de Deus, igual ao Pai e ao Espírito Santo na natureza. A Jesus devemos o culto máximo de adoração. Em relação a Maria: Maria é uma criatura como nós criada por Deus. A Maria não devemos culto de adoração, mas veneração, amor e imitação. Maria é mãe de Jesus, Mão de Deus, porque Jesus é Deus: Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O filho, eterno como o pai e o espirito Santo, por vontade do Pai se encarna para salvar a humanidade. Encarnação do Filho de Deus: A divindade do Filho de Deus se uniu a humanidade no seio de Maria, e esta por obra do Espirito Santo, deu a luz a pessoa de Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. Maria, então, sendo mãe de Jesus Cristo e este sendo homem e Deus, é mãe doo Filho de Deus feito homem. PROVA BIBLICA “O senhor mesmo vos dará um sinal: Eis a Virgem que conceberá e dá a luz um filho que se chamara Emanuel. ( Deus conosco )” ( Is 7,14 ). “O anjo disse a Maria: Não tenhais medo, Maria, encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás a luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo. Maria, porém, disse: Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum? O anjo respondeu: O Espirito Santo virá sobre ti e o poder do altíssimo vai te cobrir com sua sombra, por isso o santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” ( Lc 1,30-35 ). Maria é a nova Eva, derrota satanás . Esmaga a cabeça da serpente, uma das vitórias de satanás, hoje, é colocar na cabeça de alguns a não aceitação de Maria. Todas vezes que Maria não é aceita, satanás faz ecoar no inferno uma grande salva de palmas. Dizer não a Maria é dizer sim a satanás. “ A nossa Igreja tem Pai, mãe e filho. Explicando: Deus é Pai de Jesus, Jesus é filho de Deus e filho de Maria, Maria Santíssima é também mãe da Igreja por isso ela é nossa mãe. . JESUS É O ÚNICO FILHO DE MARIA Maria foi virgem ante e depois do parto. Esta verdade é ensinada na Igreja desde o início do cristianismo, se encontra na Bíblia e na Tradição. Foi definida pelo V Concilio de Constantinopla, 553. Maria é a criatura mais perfeita pura e sublime. Porque Jesus escolheu sua mãe antes de nascer entre nós, é claro que a escolheu perfeita, santa e imaculada. Há muitos que não gostam destas verdades lindas, por isso procuram por todos os meios rebaixar Maria. Mas não conseguem. O gesto de Jesus é sublime demais em escolher uma mãe sublime. A final, Ele merecia uma mãe perfeita. MARIA TEVE UM SÓ FILHO. Os que dizem que Maria teve outros filhos se baseiam nestas palavras de Marcos: “Por acaso, não é ele o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? ( Mc 6,3 ). E também em Lc 8,19 . Explicação: A palavra irmão aqui, tem o significado de primo ou parente próximo, pois a língua hebraica não possui a palavra primo. No lugar de primo ou parente próximo aparece sempre a palavra irmão. Depois de conhecermos estas verdades, mais nos alegramos em pertencer a Igreja de Cristo. Alguém pode imaginar Jesus expulsando a sua mão de sua casa, jamais Ele faria isso. Pelo contrario, daria a ela um luar de destaque, para nós católicos Maria é a rainha da Igreja. A mãe do Rei só pode ser Rainha. Maria disse: “Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada” ( Lc 1,48 ). “O poderoso fez em mim grandes coisas, santo é o seu nome” ( Lc 1,49 ). Isto aqui é bíblico, romper com estas palavras ,distorcendo-as a gosto do freguês é pecar contra o Espirito, toda palavra é inspirada. O pecado contra o Espirito Santo não tem perdão. A nossa Igreja tem Pai, mãe e filho. Explicando: Deus é Pai de Jesus, Jesus é filho de Deus e filho de Maria, Maria Santíssima é também mãe da Igreja por isso ela é nossa mãe. Quem duvida de Maria, de sua santidade e de sua coparticipação no plano de Deus é com Adão que perdeu o paraíso. Maria é a nova Eva. Eva disse não a Deus, e Maria SIM. Do seu sim a humanidade pode ver o rosto de Deus. Do seu sim brotou a esperança e chegou para toda a humanidade o cumprimento das profecias. “Da cepa brotou a rama, da rama brotou a flor da flor nasceu Maria e de Maria o Salvador”. Este verso que também é bíblico, nos remete ao tronco de Jesse. As profecias bíblicas falam de Maria. “Ave Maria cheia de graça o senhor é convosco, Bendita sois voz entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria mãe de Deus rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amem”. Reze esta oração todos os dias, e terás o céu dentro de ti. Com certeza, nesta hora Jesus estará sorrindo para você. Qual filho não se sente bem vendo sua mãe sendo homenageada e qual filho não se sentiria mal vendo sua mãe sendo maltratada e humilhada. DOGMAS SABRE MARIA VIRGEM, MÃE, IMACULADA E ASSUNTA AO CÉU 1. A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA O Papa Pio IX, na Bula "Ineffabilis Deus", de 8 de Dezembro de l854 definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria: "Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada de todo o pecado, imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fiéis" (Dz. 1641).É bom lembrar, que um dogma não é algo imposto, pelo Santo Padre o Papa, é a confirmação de uma verdade constatada na fé do povo católico. a. Maria desde o primeiro instante que é constituída como pessoa no seio de sua mãe, o é sem mancha alguma de pecado (=pecado original). b. Como foi concebida sem pecado: 1. Ausência de toda mancha de pecado. 2. Lema da graça Santificante. 3. Ausência da inclinação o mal. c. Este privilégio e dom gratuito foi concedido apenas à Virgem e a ninguém mais, em atenção àquela que havia sido predestinada para ser a Mãe de Deus. d. Em previsão dos méritos de Cristo porque a Maria a Redenção foi aplicada antes da morte do Senhor. Provas das Escrituras: "Estabeleço hostilidade..." (Gn 3,15). "Deus te salve, cheia de graça." (Lc 1,28). "Bendita tu entre as mulheres..." (Lc 1,42). 2. MARIA, É A MÃE DE DEUS O Concilio de Éfeso (431), sob o Papa São Clementino I (422-432), definiu solenemente que: • \"Se alguém afirmar que o Emanuel (Cristo) não é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem não é Mãe de Deus, porque deu à luz segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja excomungado.\" (Dz. 113). Muitos Concílios repetiram e confirmaram esta doutrina: • Concílio de Calcedônia (Dz. 148). • Concílio de Constantinopla II (Dz. 218, 256). • Concílio de Constantinopla III (Dz. 290). Maria gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas por obra e ação do Espirito santo, Jesus é de natureza humana e divina. Provas das Escrituras: • \"Eis que uma Virgem conceberá...\" (Is 7,14). • \"Eis que conceberás...\" (Lc 1,31). • \"O que nascerá de Ti será...\" (Lc 1,35). • \"Enviou Deus a seu Filho nascido...\" (Gl 4,4). • \"Cristo, que é Deus...\" (Rm 9, 5). 3. A ASSUNÇÃO DE MARIA O Papa Pio XII, na Bula \"Munificentissimus Deus\", de 1º de Novembro de 1950, proclamou solenemente o dogma da assunção de Maria ao céu: • \"Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma ? gloria celeste\" (Dz. 2333). A Virgem Maria foi assunta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição. O essencial do dogma é que a Virgem foi levada ao céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dotes próprios da alma dos bem-aventurados e igualmente com todas as qualidades próprias dos corpos gloriosos. Entende-se melhor tudo ao recordar: 1. Maria foi isenta de pecado original e atual. 2. Teve a plenitude da graça. Fundamentos deste dogma: Desde os primeiros séculos foi um sentir unânime da fé do povo do Deus, dos cristãos. Os Santos Padres e Doutores manifestaram sua fé nesta verdade: • São João Damasceno (séc. VII): \"Convinha que aquela que no parto havia conservado a íntegra de sua virgindade, conservasse sem nenhuma corrupção seu Corpo, depois da morte.\" • São Germano de Constantinopla (séc. VII): \"Assim como um filho busca estar com a própria Mãe, e a Mãe anseia viver com o filho, assim foi justo também que Tu, que amavas com um coração materno a Teu Filho, Deus, voltasses a Ele.\" Portanto, o fundamento deste dogma se depreende e é consequência dos anteriores. 4. MARIA É VIRGEM E MÃE, ANTES, DURANTE E DEPOIS DO PARTO PROVA DA BÍBLIA “O senhor mesmo vos dará um sinal: Eis a Virgem que conceberá e dá a luz um filho que se chamara Emanuel. ( Deus conosco )” ( Is 7,14 ). “O anjo disse a Maria: Não tenhais medo, Maria, encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás a luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo. Maria, porém, disse: Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum? O anjo respondeu: O Espirito Santo virá sobre ti e o poder do altíssimo vai te cobrir com sua sombra, por isso o santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” ( Lc 1,30-35 ). Maria é a nova Eva, derrota satanás . Esmaga a cabeça da serpente, uma das vitórias de satanás, hoje, é colocar na cabeça de alguns a não aceitação de Maria. Todas vezes que Maria não é aceita, satanás faz ecoar no inferno uma grande salva de palmas. Dizer não a Maria é dizer sim a satanás. “Maria disse: Fazei tudo o que ele vos disser”. PARA ESCLARECER Pontos doutrinários: Jesus cristo é o único salvador e redentor. Jesus é filho de Deus, igual ao Pai e ao Espírito Santo na natureza. A Jesus devemos o culto máximo de adoração. Em relação a Maria: Maria é uma criatura como nós criada por Deus. A Maria não devemos culto de adoração, mas veneração, amor e imitação. Maria é mãe de Jesus, Mão de Deus, porque Jesus é Deus: Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O filho, eterno como o pai e o espirito Santo, por vontade do Pai se encarna para salvar a humanidade. Encarnação do Filho de Deus: A divindade do Filho de Deus se uniu a humanidade no seio de Maria, e esta por obra do Espirito Santo, deu a luz a pessoa de Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. Maria, então, sendo mãe de Jesus Cristo e este sendo homem e Deus, é mãe doo Filho de Deus feito homem. Em sentido próprio é a integridade física dos órgãos reprodutivos. Muitas vezes a virgindade de Maria foi atacada pelos hereges. É verdade da fé católica que Nossa Senhora ficou perfeitamente sempre virgem, antes do parto, no parto e depois do parto. No Símbolo apostólico se diz: \"Nascido de Maria Virgem\"; nas antigas liturgias é freqüente o titulo de Maria sempre virgem. No Concílio Romano do ano 649 se definiu Maria Imaculada, sempre virgem, que concebeu sem concurso de homem e ficou também intacta depois do parto. Na Sagrada Escritura temos a famoso trecho de Isaías 7, 14: \"Eis que uma virgem conceberá e dará a luz a um filho e o chamará Emanoel, que quer dizer Deus conosco.\". O texto é certamente messiânico e, portanto a Virgem é Maria. No Evangelho cita-se esta profecia (Mt. 1, 18-23) e se conta com exatas palavras o nascimento virginal de Jesus, por obra do Espírito Santo. Os Padres da Igreja, no trecho de Ez. 44,2 veja a virgindade de Maria depois do parto: \"este pórtico ficará fechado. Não se abrirá e ninguém entrara por ele, porque por ele entrara Iahweh, o Deus de Israel, pelo que permanecera fechado\". Toda a Tradição e concorde em defender a virgindade perpetua de Maria: Santo Agostinho afirma: \"A Virgem concebeu, a Virgem ficou grávida, a Virgem deu a luz, a Virgem é virgem perpetua\". A razão teológica deste dogma é clara e tão simples, ela esta na divindade do Verbo e na maternidade de Maria, ao qual repugnou toda a corrupção. OBS: Esperamos ansiosamente a para BREVE a promulgação do 5º Dogma de Maria como: a - Medianeira de todas as graças e advogada nossa; b - Co-redentora do gênero humano. Quando isso acontecer todo o canal de graças que nos vem da Igreja por Maria, passará a fluir de forma perfeita até Jesus, e dele ao Pai. Estará bem próximo o dia então em que Maria esmagará a cabeça da serpente, pelo triunfo do seu Coração Imaculado, conforme ela previu em Fátima. Então ela será realmente aceita como Mãe, por todos os povos da terra. Mas este triunfo dela virá somente depois do Triunfo da Eucaristia! Maria é Rainha do céu e da terra, Rinha da Igreja, fundada por seu Filho. JESUS FUNDOU UMA SÓ IGREJA: UMA SÓ DOUTRINA, UM SÓ CULTO,UM SÓ GOVERNO. Uma só doutrina: “Quem não esta comigo é contra mim”. ( Mt 12,30 ) “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e pai de todos” ( Ef 43,6 ) Jesus reza ao Pai para que os apóstolos e futuros cristãos sejam sempre unidos. A unidade de fé deve ser um sinal de sua Igreja diante do mundo: Não rogo apenas por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como Tu, Pai, estas em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste”. ( Jo 17,20-21 ) Os apóstolos não admitiam doutrinas diferentes, que dividem. Neste ponto usam uma severidade impressionante . Jesus ensinou uma só doutrina; quem ensinar uma doutrina diferente, que seja afastado, excluído da Igreja: “Recomendo-vos, irmãos que tomeis cuidado com os que produzem divisões contra a doutrina que aprendestes. Afastai-vos, deles”. ( Rm 16,17 ). “Se alguém vos anunciar um Evangelho diferente, seja execrado, isto é, seja excomungado” ( Gl 1,7-9 ) Unidade de Culto: “Porque há um só pão, um só corpo somos nós, embora muitos, visto participar todos do único pão” ( 1Cr 10,17 ) Unidade de governo: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Estas tenho de reunir, e elas ouvirão a minha voz. Então haverá um só rebanho e um só pastor” ( Jo 10,16; Mt 16,15-16 ). “Irmão, conjuro-vos que sejais sempre perfeitamente unidos, num só sentimento e num mesmo pensar” ( 1,Cr 1,10 ). Podemos perceber nestes relatos bíblicos a preocupação de Jesus e dos apóstolos , com a unidade da Igreja. Jesus fundou uma só Igreja e a esta entregou a sua mensagem para ser anunciada ao mundo. Esta mensagem não pode sofrer alterações, ou adulterações. A igreja de Jesus é uma, a doutrina é uma só, a autoridade é uma só. “Um só rebanho e um só pastor”. Ovelha ferida retorne ao redil. Enxugue sua lágrimas perdoe quem te feriu. Na casa do Pai há muitas moradas, aqui também é seu lugar. FÉ CATÓLICA E APOSTOLICA. A nossa fé é uma fé de qualidade, ou seja, católica e apostólica. Os bispos da igreja católica, são os legítimos sucessores dos apóstolos. Todos os sacramentos celebrados na Igreja é uma ação apostólica. Ou seja, é conferido ou ministrado por ordem do bispo, legitimo sucessor dos apóstolos. Por isso tem validade. O presbítero, o padre ao celebra-lo, o faz por ordem do bispo. Sem a ordem não há validade. É nulo qualquer sacramento celebrado ou seja conferido sem a ordem dos sucessores dos apóstolos. Tudo tem a sua Raiz em Pedro. Se o ramo não permanece na videira, não pode produzir frutos. Todo ramo cortado seca, e morre. Esta ordem não pode ser usurpada. Ou seja apropriar-se dela. Todo poder usurpado é falso e enganador, não condiz com a verdade. Jesus age em conformidade com o Pai. “Eu e o Pai somos um”. A Igreja católica age em conformidade com Cristo. A Igreja é una em Cristo. Por Cristo com Cristo e em Cristo. Nenhum presbítero pode exercer de forma válida o ministério sem comunhão com o seu Bispo. O bispo governa a Igreja o presbítero participa deste governo por ordem do bispo. Na verdade, todo o batizado em nome cristo é membro da Igreja, cuja caça é Cristo. O leigo é Igreja, nós, presbíteros prestamos um serviço na Igreja não somos nada ,somos apenas servidores. Quem tudo concede, é Cristo. “Somos, na verdade, servos inúteis. Fazemos oque devemos fazer”. Todo batizado possui os três múnus, Sacerdote, Profeta e Rei. Cristo possui os três múnus , o cristão deve ser um outro Cristo na terra, “já não sou eu que vivo mas Cristo que vive em mim”, “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”. ( Jo 6,54 ) “Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus” (Rm 12, 1). Ser hóstia viva eis o nosso desafio. Aparece aqui também um convite a santidade. Ser Santo é ser alguém separado do mal. Sede santo, como vosso Pai celeste é Santo. A Igreja de Cristo é Santa. Os Apóstolos, receberam de Jesus o dom da santidade. “Jesus soprou sobre eles, dizendo: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados” ( Jo 20,22,23 ) A Igreja é Santa em seu fundador, em seus meios, em seu fins, em sua doutrina e em seus membros. O católico precisa tomar consciência desta verdade. Cristo santifica o mundo através de sua Igreja. Ela, a Igreja é fermento de santidade. Por isso o mundo a rejeita e a persegue. “Não vos conformeis ao mundo”. Cada membro da Igreja é uma ovelha do rebanho do senhor, chamado a santidade. Isto não se dará sem sacrifício. “O cordeiro foi imolado”. As ovelhas que fogem e procura outras pastagens não se alimenta da verdadeira comida e da verdadeira bebida, tem uma saciedade ilusória. Terá sempre uma sensação de vazio. “A quem iremos Senhor”. “Só tu tens palavras de vida eterna”. Ovelha ferida retorne ao redil. Quando Jesus disse: “Minha carne e verdadeira comida, meu sangue é verdadeira bebida”, muitos nesta hora, abandonaram o senhor, dizendo: “Esta palavra é dura demais”. Jesus olhou para os seu apóstolos e disse: “Vocês também querem ir embora?”. Nesta hora o Apostolo Pedro disse: “Aquém iremos senhor, só tu tens palavra de vida eterna”. Todo ser humano é por natureza um ser religioso. Tem sede de Deus. Toda historia do povo de Israel se desenvolve num contexto religioso . Abrão, nosso pai na fé sai de sua terra e vai, peregrino entrega a sua vida ao designo de Deus. “tornar-se-á Pai de uma grande multidão, tão numerosa como as estrelas do céu tão numeroso como a areia do mar. Jesus é mais que Abrão, Abrão construiu um povo, o povo da promessa. Jesus, o filho de Deus veio a este mundo para salvar todas as gentes que compõe esse povo. Ele é o novo Moises, o verdadeiro libertador, que nos conduz não mais há uma libertação terrena, mas plena, total, definitiva. Nos liberta da morte eterna. Nos conduz ao céu. “Na casa de meu Pai há muitas moradas”. Para que os meios de salvação chegassem a todas as gentes, Jesus construiu uma obra que ficará aqui na terra até o fim dos tempo, esta obra é a sua Igreja. “Pedro tu és pedra e sobre ti edificarei a minha Igreja”. Esta Igreja, como já vimos é organizado pelo Senhor, e governada pelo Espirito Santo, na pessoa do santo Padre o Papa e os Bispos, legítimos sucessores dos apóstolos. Oque não é legitimo não contem e nem transmite a seiva da verdadeira libertação. “Eu sou a videira verdadeira” ( Jo 15,1 ). BISPO, PRESBÍTERO E DIÁCONO. Bispo. Os bispos são os legítimos sucessores dos apóstolos. Jesus escolheu os apóstolos um por um os instrui e os enviou pelo mundo a pregar a boa nova do reino de Deus. ( Mc 3,13-19; Mt 10,1-42 ) Jesus está na sua Igreja com seus apóstolos, e ficará com eles até o fim do mundo . “Foi- me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo quanto vos mandei. E eis que estou convosco até o fim do mundo”. Os sucessores dos apóstolos são os bispo da Igreja católica. “Cuidai de vos mesmos e de todo o rebanho o qual o espírito Santo vos constituiu bispos para pastorear a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o seu próprio sangue”. ( At 20,28; 1Tm 5,23; 2Tm 4,6). Presbíteros. Os sacerdotes ( presbíteros ), junto como bispo, participam, embora em grau diferente, do mesmo e único sacerdócio de Cristo. DIACONO. O diaconato é um ministério presente na igreja desde a sua origem, o primeiro mártir da Igreja foi um diácono. Santo Estevão. Celebramos a sua festa no dia 26 de dezembro. A ORIGEM DOS MINISTÉRIOS NA IGREJA DE CRISTO O conceito de ministério na Igreja (diaconia = serviço ), caracteriza globalmente todos os serviços numa comunidade fundada em torno de cristo e sua Igreja (Grelot, Pierre, Eglise et ministéries ). Provem do serviço a palavra e a missão. São dons do Espírito Santo à Igreja. Os ministérios não acontecem por decreto, de cima para baixo, é gerado no meio do povo. São dons de Deus postos em pratica na comunidade ( Jose Comblin, O Futuro dos Ministérios , Edt Vozes ). Toda Igreja é ministerial. Todos os batizados tem o direito de exercer, a seu modo, segundo o carisma, um trabalho na Igreja, sempre em sintonia com o seu bispo e seu pároco, nunca em desacordo com eles. Em tudo haja unidade, sem unidade nada prospera , nada se edifica, nada constrói. Os ministérios tiveram sua origem nas primeira comunidades cristãs. Após ascensão de Jesus, um pequeno rupo se reúne em torno dos “doze”, em meio as perseguições e ao martírio, anunciam a ressurreição de cristo. Após a morte de Estevão e de Tiago não se fala mais no ministério dos “doze”. A função dos “doze” era: pregar o evangelho e dirigir a comunidade ( At 2,29-36 ). No inicio toda a comunidade estava nas mão deles, na medida que a comunidade ia crescendo, repartiam as funções. Em At 6,1-14, temos a escolha dos sete eleitos pela comunidade. Os diáconos cuidavam da assistência às viúvas e aos órfãos serviam as mesas e dirigiam as comunidades. Na Igreja do rito Maronita, a função do diácono é superior ao presbítero. É o diácono que coordena a comunidade, como acontecia nas primeiras comunidades cristãs. O governo da diocese, claro, é do bispo, mas a paróquia compete ao diácono. O diaconato é o primeiro ministério instituído na Igreja, pelos apóstolo ( Fl 1.1; 1Tm 3,8 ). EPOCA APOSTOLICA. Num segundo momento de expansão do cristianismo, temos em Jerusalém a época apostólica de 44 a 67. Neste período predomina a figura de Tiago, Pedro e João ( Gl 2,9). Surge neste período os anciãos e os presbíteros. A tarefa deles era: Administrar os bens da Igreja e interpretar a lei de Deus. ( At 11,29-30 ) Na primeira metade do segundo século, o bispo aparece rodeado por um conselho de presbítero e diáconos, como acontece ainda hoje. O primeiro modelo, feito pelos apóstolos, esta presente na Igreja católica. Por isso temos o Bispo, o presbítero e o diácono. Só lembrando, o Santo Padre o Papa é o bispo de Roma. Embora, o seu governo é para toda a Igreja e a Igreja toda. Nesta época a estrutura dos ministérios começa a se espalhar, chegando até hoje na Igreja, tanto do Oriente quanto do Ocidente. Em cada Igreja local estabelecerá um bispo, um conselho ou um colégio de presbítero e alguns diáconos, mais tardiamente a serviço do Bispo. Os outros ministérios das primeiras comunidades desaparecerão rapidamente. OS MINISTÉRIOS NA IGREJA; COMO ESTÃO DISTRIBUIDOS? Para a Igreja existem dois modelos de ministérios. a ) Os ministérios hierárquicos. b ) Os ministérios não ordenados ( ministérios leigos ). No primeiro modelo, estão o bispo, o presbítero e o diácono. Presbítero e diácono são ordenados, o bispo é sagrado. Esta sagração confere um poder ligado ao chefe do colégio, o santo Padre o Papa. Na igreja, o ministério máximo é o ministério do bispo. “Aos bispos como sucessores dos apóstolos, compete na diocese a eles confiadas, de per si, todo o poder ordinário, próprio e mediato, que é requerida para o exercício de seu múnus pastoral. ( Vt II 1027 ). Em segundo lugar estão os presbíteros, na qualidade de simples cooperadores dos bispos ( Vt II 1248 ). São escolhidos e investidos por uma hierarquia que tem plenos poderes para ceder esta ordem ao novo presbítero. Felizmente a hierarquia da Igreja tem plena autonomia, não depende do poder civil para agir, escolher, preparar, ordenar , nomear e designar a função. A ordem é para sempre. É um sacramento. Os presbíteros recebem uma formação uniforme, comum a todos os países, uma mesma teologia e um só direito. Todos tem as mesmas obrigações e seguem a mesma disciplina. Deve dedicar tempo integral a serviço da Igreja, que é o povo santo de Deus Dotado de uma cultura teológica que o capacita desempenhar um oficio religioso zelando pela fé primando sempre pela sã doutrina de Cristo, para que o rebanho do senhor se fortaleça alimentado pela Santa Eucaristia. Compete ao presbítero celebrar os sacramentos seguindo o ritual litúrgico para maior e melhor apreciação do povo de Deus. A santa missa é o ponto mais alto da vida do presbítero. A Eucaristia é tudo. Transformar o pão e o vinho no Corpo e Sangue do Senhor é o maior milagre, para quem crê. O presbítero está próximo do povo. É o pastor junto do rebanho. Participa das alegrias e das tristezas do povo. Se alegra com os que se alegram e chora com os que choram. Em terceiro lugar estão os diáconos, num grau inferior da hierarquia. São lhes imposta as mãos não para o sacerdócio, mas para o ministério diaconal. Temos o diácono transitório e o diácono permanente. Todo presbítero da Igreja recebe primeiro o ministério de diácono, deve exerce-lo por seis meses ou um ano. O diácono permanente, são homens casados, tem a sua família, mas recebe da hierarquia da santa mãe Igreja este ministério. É de grande valia para as comunidades, principalmente coma falta enorme de presbíteros. A sua condição na Igreja é vaga e indeterminada, para alguns teólogos. Os ministérios não ordenados são os serviços prestados a Igreja de Cristo pelos leigos. Muitas vezes, são os leigos que carregam a Igreja nas costas. Além de ter que se dedicar a família, se doam de corpo e alma pela Igreja de Cristo. Coordenam movimentos, pastorais, ajudam na administração dos bens da Igreja, com bastante responsabilidade alguns assumem junto com o pároco o concelho administrativo e pastoral. Todos somos Igreja. Papa, bispos, presbíteros, diáconos e leigos, tomos somos Igreja. A igreja de Cristo. É sal da terra e luz do mundo. É o corpo místico de Cristo. Nas comunidades helenistas, fundada pelos apóstolos, em outras cidades, surgem outros modelos de dirigentes da comunidade; Em primeiro lugar os apóstolos, em segundo os profetas e em terceiro os doutores. ( 1 Cr 12,28 ) Os apóstolos são missionários itinerantes que pregam o Evangelho e dão inicio as novas comunidades. Os profetas tem um papel especial no culto, na oração e se reconhecem, sobretudo, porque falam sob inspiração de Deus. Os doutores se dedicam ao ensino. Ainda na época apostólica surgem os ministérios do Epíscopo e do Presbítero, que significa supervisor e ministro. GERAÇÃO POS-APOSTOLICA Na medida em que o tempo vai passando, vão surgindo novas comunidades, com suas exigências particulares, próprias do momento histórico com a qual os cristão deparam. Os ministérios na Igreja, não são estáticos, tem o dinamismo das comunidades. Vão surgindo ou desaparecendo de acordo com o mundo da necessidade. Na era pós-apostólica, entre os anos 70 e 100, surge a figura do pastor, aquele que fica na comunidade para cuidar do “rebanho”. Esses pastores às vezes são indicados como guias ( Hb 13,17 ); À vezes recebem o nome de supervisores, episcopoy, mais tarde, bispo e presbiteroy ( presbíteros, anciãos ). Nesta época não há distinção entre episcopoy e presbyteroi. A IGREJA INSTITUCIONALIZA OS MINISTERIOS A igreja católica conduzida pelos seus santos pastores, depara, na época pós- apostólica, com o surgimento de falsos pastores, e falsos profetas com doutrinas enganadoras. Para evitarem maiores consequências, os ministérios foram institucionalizados ( Ti 1,5-9 ). O critério para a escolha ficou mais rigoroso, com algumas exigências importantes; que não seja interesseiro, violento, arrogante, dado ao vinho, tagarela, avido de sórdido lucro. Também, não se aceita acusações contra os presbíteros e que eles recebam um salario devido. Como vimos, a Igreja de Cristo, na sua gênese, aparece os espíritos de discórdia. O Espirito Santo vai iluminando os seus verdadeiros pastores para que faça, já, na sua raiz o discernimento do verdadeiro tronco de Jessé. Os falsos pastores é como joio no meio do trigo. No começo ele confunde, mas depois se destaca e a diferença aparece. Aparece na hora da colheita. O trigo bom vai para o celeiro, o joio é lançado ao fogo que não se apaga. “Onde esta o bispo aí está a Igreja”, lembre-se, bispo é aquele que tem a legitima sucessão apostólica. Que provem do grupo dos doze escolhidos por Jesus. A Igreja católica não tem bispo genérico, similar, somente legítimos sucessores. Nela podemos confiar. Quando lemos em São Mateus a genealogia de Jesus, nos leva a meditar na origem da Igreja de Cristo. ( Mt 1,1-16 ). Genealogia , Mt 1,1-17 1 Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2 Abraão gerou a Isaque; Isaque a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; 3 Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá; Perez gerou a Esrom; Esrom a Arão; 4 Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom; 5 Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute gerou a Obede; e Obede, a Jessé; 6 Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão; da que fora mulher de Urias; 7 Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa; 8 Asa gerou a Josafá; Josafá, a Jorão; Jorão, a Uzias; 9 Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequeias; 10 Ezequeias gerou a Manassés; Manassés, a Amom; Amom, a Josias; 11 Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio em Babilônia. 12 Depois do exílio em Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel; 13 Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim a Azor; 14 Azor gerou a Sadoque; Sadoque a Aquim; Aquim, a Eliúde; 15 Eliúde gerou a Eleázar; Eleázar a Matã; Matã, a Jacó. 16 E Jacó gerou a José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. 17 De sorte que todas as gerações, desde a Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até o exilio na Babilônia, catorze; e desde o desterro da Babilônia até Cristo, catorze. Podemos dizer sem cometer heresias que Jesus gerou os seus doze apóstolos, e os colocou no governo de sua Igreja, gerando também os bispos, e os bispos geram para a Igreja os presbíteros , e os presbíteros geram para Igreja a Eucaristia que é o próprio Cristo Jesus, filho de Deus, alimento e sustento da fé. A Igreja é o povo de Deus nas suas, gerações. Pelo batismo somos descendentes de Abrão. A fé cristã é uma fé abraãmica. “Jesus filho de Davi tem piedade de nós”. Davi descende de Abrão. Pelo batismo nos tornamos irmãos de Jesus, o somos, gerado por Cristo no sacramento batismal. Romper com a IGREJA DE CRISTO é uma falta grave. O presbítero possui por ordem de Cristo um poder espiritual, para o exercício da missão. O poder de transformar o pão e o vinho no corpo e sangue de Cristo só é dado ao presbítero e a ninguém mais. Somente a Igreja católica possui este dom. O dom de ter os seus presbíteros conforme o designo de Cristo. Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque. Os legítimos sucessores dos Apóstolos governam a Igreja de Cristo, e confirmam a fé católica do povo eleito de Deus, e delegam aos presbíteros poderes, em grau menor, de ministrar todos os sacramentos na comunidade, para o sustento da fé do povo de Deus, sempre em comunhão com o Bispo. O povo de Deus é a raça escolhida e nação Santa. O novo Israel. A IREJA CATOLICA NUNCA FUGIU DO COMINHO E DA MISSÃO. A Igreja católica nasce do pensamento de Cristo. Ele pensou, quis e fundou a sua Igreja. É comum ouvirmos hoje, alguns falarem, até para justificar a sua conduta, que Jesus não fundou nenhuma Igreja. Jesus disse que diabo é o pai da mentira. Dizer que jesus não fundou uma Igreja é negar a Palavra. É professar e divulgar uma mentira. Ao verificarmos no dicionário de língua portuguesa, a palavra MINHA, vamos encontrar o seguinte: pronome possessivo, forma feminina de meu. Quando Jesus disse: Pedro tu és pedra e sobre ti edificarei a MINHA Igreja, ou Jesus mentiu, ou a bíblia mentiu, ou quem afirma o contrario está mentindo. Até onde aprendi, o pronome meu e ou minha significa posse, pertença. Exemplo, minha casa é tudo para mim. Minha família é uma benção. Minha Igreja foi edificada. Veja bem, o pronome meu / minha, significa unicamente, pertença. Não se pode negar o obvio. “Contra fato não há argumento”. Jesus tem uma Igreja sim. “As portas do inferno jamais prevalecerão contra ela”, aqui, temos uma profecia de Nosso Senhor. Quantas vezes, as portas do inferno querem sufocar a obra de Cristo! Olha, se você não mudar de Igreja a sua vida não melhora. Ou a minha vida mudou depois que troquei de Igreja. Agora sim o pastor me chama pelo nome! Na Igreja católica o padre nem sabe o nome da gente! Como pode exigir do presbítero que saiba, de cor, o nome de mais de dez mil fiéis? Padre não é computador, é gente. Pode ter certeza, ele, o presbítero, sabe quem abandonou a Igreja de Cristo que está sob seu governo por ordem do Bispo. Ovelha ferida retorne ao redil. Quando era católico eu ia as missas mas não sentia nada. Agora sim eu sinto Jesus. A fé não depende de sentimento. O emocional não tem nada a ver com fé. A fé não depende de emoção. Emoção é uma coisa e fé é outra bem diferente. Nos emocionamos num show, casamento, velório, nascimento de um filho, já disse Roberto Carlos, “são tantas as emoções”. A fé e uma virtude e um dom. Se precisamos de emoção para justificar a fé estamos perdidos. Quem não se emociona não tem fé? A igreja católica é predestinada antes, até mesmo, da criação do mundo. Ela não se desvia em nada daquilo que Cristo pediu. E Cristo Jesus age em conformidade com o Pai, assim sendo, a Igreja é um designo de Deus. Nela congrega uma missão, a de fazer com que todos os povos conheça a verdade, e tome uma decisão, o de seguir ou não o Senhor. Que a todos seja dada a oportunidade de escolha. “Quem comigo não se ajunta se espalha”. A Igreja Católica nasce da boca de Cristo. “Sobre ti edificarei a minha Igreja”. Esta expressão saiu da boca de Jesus. Ele a pronunciou. Assim falou. Assim disse. Afirmou e confirmou. É palavra de Cristo. “Edificarei”, ou seja, será construída por Ele. Ele a edificará, no seu sangue derramado na cruz, prova maior de seu amor. O cordeiro imolado, congrega e salva todo o rebanho. A Igreja é o redil do Senhor. Ovelha ferida retorne ao redil. Deixa o Espirito Santo falar em seu coração, com sua voz calma e suave ele te conduz pela mão. Não se disperse. “Atrairei todos a mim”. Cada dia mais esta Igreja está sendo construída por Cristo, a pesar de nossas fraquezas. Que o rebanho possa atingir a pesar de sua fraqueza a fortaleza do Pastor. A Igreja católica nasce da ação de Cristo. Jesus passou fazendo o bem, curou os doentes, libertou os cativos, ressuscitou os mortos, multiplicou os pães saciando a fome da multidão. Na última ceia, assumiu a condição de escravo, lavando os pés dos Apóstolos. E disse a eles: “se assim fiz, fazei vós o mesmo”. Assim vemos que a Igreja é a fiel serva de Cristo, obediente ao seu fundador, na sua essência, nunca se desvia do caminho e da missão a ela confiada pelo seu fundador. Todas as vezes que praticamos o bem somos a Igreja de Cristo, ela é casa do bom samaritano. Santo Agostinho diz que Deus permite que alguns abandone a Igreja para purificar a qualidade da fé daqueles vão permanecer nela até o fim. Só assim para entender o porque de alguns que eram tão fieis terem abandonado o rebanho do senhor. Temos de rezar por eles sempre. São nossos irmãos separados. Que um dia possamos estar todos juntos na casa do Pai na eternidade. “Na casa de meu Pai há muitas moradas se não fosse assim eu vos teria dito”. Quando visitamos a casa de alguém verdadeiramente católico, sentimos ali, um odor de santidade. Os símbolos da fé logo se destacam, a cruz, a imagem de um santo de devoção popular, um terço que indica e aponta que naquela casa a mãe de Jesus e rainha dos Apóstolos jamais será excluída e para completar, a paz verdadeira reina nesta casa, nunca falta o pão de cada dia mesmo sendo pobres. “O Filho do Homem não tem ode se quer reclinar a cabeça”. A teologia da prosperidade, deveria ser banida. O pobre para ela é um maldito, o rico é um abençoado, os bens confirmam a graça. Quem não possui bens é um desgraçado. Uma Igreja que pregue esta mentira com toda a certeza, não é a Igreja de Cristo. Muitos trocam de religião pensando com isso melhorar de vida, iludidos com propostas de prosperidade. A prosperidade não vem e nem eles voltam mais as suas origens. Alguns perdem a fé por completo. “Bem aventurados os pobres porque deles é o reino dos céus”. “O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua alma”. Uma vida digna é direito de todos, mas isto só acontece com justiça social e não a toque de caixa de forma milagreira. A religião pode ajudar a medida que mude o coração dos homens, não há outro caminho. Quando alguém promete riquezas para você na Igreja dele, desconfie. O diabo também prometeu reinos a Jesus. E Nosso Senhor o expulsou. “Afasta de mim satanás. Está escrito nas escrituras; adorarás somente a Deus e a Ele prestarás culto”. A IGREJA SEGUNDO SANTO AGOSTINHO “Eis que o Senhor, depois de sua ressurreição, aparece novamente aos discípulos. Interroga Pedro e o obriga a confessar três vezes seu amor, a ele que, por medo, três vezes o negara. Cristo ressuscitou na carne, e Pedro segundo o espírito; pois, enquanto o Senhor morria sofrendo, Pedro morria negando. Cristo Senhor ressuscitou dentre os mortos, e Pedro ressuscitou graças ao amor de Cristo para com ele. Àquele que agora o confessava, interrogou sobre seu amor, e lhe confiou suas ovelhas.(Jo 21,16.17). As ovelhas confiadas a Pedro é a sua Igreja. O rebanho, a Igreja de Cristo tem a sua frente alguém provado pelo Senhor. Três vezes negou, três vezes confirmou o seu amor. O Senhor nada mais pergunta, a não ser se o amava. Cristo não confia a Pedro coisa mais alguma senão o pastoreio de suas ovelhas”. Sermões 295,2: Entre estes somente Pedro mereceu representar toda a Igreja. Por causa desta representação da Igreja, que somente ele conduziu, mereceu escutar "Eu te darei as chaves do reino dos Céus" Carta 53, 2: Desta forma, se a linha sucessória dos apóstolos deve ser levada em consideração, com que maior certeza e benefício à Igreja devemos retornar até alcançar o próprio Pedro, a quem, como uma figura que comporta toda a Igreja, o Senhor disse "Sobre esta pedra edificarei e minha Igreja, e os portões do inferno não prevalecerão contra ela" A PROFECIA DE AGEU E SEU CUMPRIMENTO NA IGREJA Quando estudamos este texto de santo Agostinho, ou seja, esta pérola que é a profecia de Ageu e o seu cumprimento na Igreja, aprendemos com ele, Santo Agostinho, a querer e amar ainda mais a nossa Igreja. A Igreja católica foi preparada por Deus desde o princípio. Ela se faz presente no mundo pelo designo do Pai. Vejamos oque fala Santo Agostinho nesta profecia. “Esta casa de Deus é de maios gloria que a primeira, construída de madeira e de pedras preciosas e coberta de ouro. A profecia de Ageu não se cumpriu na restauração do templo, pois desde a restauração teve a sua época de maior esplendor no templo de Salomão. Mais ainda, pode-se dizer que sua glória minguou com o cessamento das profecias e, depois, por causa dos diversos estragos sofridos pelos judeus até sua destruição, levada acabo pelos romanos, como já apontamos. Por sua vez esta casa pertence ao Novo Testamento, é tanto mais gloriosa quanto melhores as pedras que a compõem, pedras viva pela renovação da fé. Figurou-a a restauração do templo, porque em linguagem profética, essa renovação significa o Novo Testamento. Nas palavras de Deus por meio do Profeta: Darei paz a este lugar, deve se entender pelo lugar que significa o lugar significado. Como esse lugar restaurado significa a Igreja, que seria edificada por Cristo, as referidas palavras tem o seguinte sentido: Estabelecerei a paz no lugar que figura. Com efeito todas coisas figurativas parecem representar, de certa maneira, as coisas figuradas. Por isso diz o Apóstolo: E a pedra era Cristo, porque a pedra de que falava era figura de Cristo. A gloria desta casa do Novo Testamento é, pois maior que a da do Antigo e assim aparecerá quando se faça a dedicação