terça-feira, 31 de janeiro de 2012

http://sabedoria.indigena.tripod.com/sabedoria.htm
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22 (21) A PAIXÃO DO JUSTO (Is 53) Salmo individual de súplica. Exprime de tal forma a experiência do sofrimento, que se tornou modelo de densidade religiosa. Segundo Mt 27,46 e Mc 15,34, Jesus terá utilizado as primeiras palavras deste salmo como oração suplicante quando se encontrava na cruz. Vários outros versículos são aproveitados na narração da Paixão de Jesus (Mt 27,35.43.46). Por isso, este salmo ficou profundamente ligado à Cristologia. Na tradição cristã foi ganhando um timbre quase messiânico. Mas a sua possível ressonância messiânica está ligada à leitura especificamente cristã que dele se fez, pois depende da mais profunda valorização teológica do sofrimento pessoal; ora este era um aspecto menos notório no messianismo real. 1Ao Director do coro. Pela melodia «A corça da aurora». Salmo de David. 2Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste, rejeitando o meu lamento, o meu grito de socorro? 3Meu Deus, clamo por ti durante o dia e não me respondes; durante a noite, e não tenho sossego. 4Tu, porém, és o Santo e habitas na glória de Israel. 5Em ti confiaram os nossos pais; confiaram e Tu os libertaste. 6A ti clamaram e foram salvos; confiaram em ti e não foram confundidos. 7Eu, porém, sou um verme e não um homem, o opróbrio dos homens e o desprezo da plebe. 8Todos os que me vêem escarnecem de mim; estendem os lábios e abanam a cabeça. 9«Confiou no SENHOR, Ele que o livre; Ele que o salve, já que é seu amigo.» 10Na verdade, Tu me tiraste do seio materno; puseste-me em segurança ao peito de minha mãe. 11Pertenço-te desde o ventre materno; desde o seio de minha mãe, Tu és o meu Deus. 12Não te afastes de mim, porque estou atribulado e não há quem me ajude. 13Rodeiam-me touros em manada; cercam-me touros ferozes de Basan. 14Abrem contra mim as suas fauces, como leão que despedaça e ruge. 15Fui derramado como água; e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração tornou-se como cera e derreteu-se dentro do meu peito. 16A minha garganta secou-se como barro cozido e a minha língua pegou-se-me ao céu da boca; reduziste-me ao pó da sepultura. 17Estou rodeado por matilhas de cães, envolvido por um bando de malfeitores; trespassaram as minhas mãos e os meus pés: 18posso contar todos os meus ossos. Eles olham para mim cheios de espanto! 19Repartem entre si as minhas vestes e sorteiam a minha túnica. 20Mas Tu, SENHOR, não te afastes de mim! És o meu auxílio: vem socorrer-me depressa! 21Livra a minha alma da espada, e, das garras dos cães, a minha vida. 22Salva-me da boca dos leões; livra-me dos chifres dos búfalos. 23Então anunciarei o teu nome aos meus irmãos e te louvarei no meio da assembleia. 24Vós, que temeis o SENHOR, louvai-o! Glorificai-o, descendentes de Jacob! Reverenciai-o, descendentes de Israel! 25Pois Ele não desprezou nem desdenhou a aflição do pobre, nem desviou dele a sua face; mas ouviu-o, quando lhe pediu socorro. 26De ti vem o meu louvor na grande assembleia; cumprirei os meus votos na presença dos teus fiéis. 27Os pobres comerão e serão saciados; louvarão o SENHOR, os que o procuram. «Vivam para sempre os vossos corações.» 28Hão-de lembrar-se do SENHOR e voltar-se para Ele todos os confins da terra; hão-de prostrar-se diante dele todos os povos e nações, 29porque ao SENHOR pertence a realeza. Ele domina sobre todas as nações. 30Diante dele hão-de prostrar-se todos os grandes da terra; diante dele hão-de inclinar-se todos os que descem ao pó e assim deixam de viver. 31Uma nova geração o servirá e narrará aos vindouros as maravilhas do Senhor; 32ao povo que vai nascer dará a conhecer a sua justiça, contará o que Ele fez.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fale Conosco | Quem Somos | Pesquisa | Cadastre-se | RSS Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2011 Home >> Ciência e Fé >> Curas milagrosas de Lourdes: depoimento de um especialista Home Doutrina Católica Apologética Católica Devoções Católicas Vida de Santos Orações Leitura Espiritual Aparições de Nossa Senhora Heróis Católicos Sociologia e Política Ciência e Fé História Brasil 500 anos Notícias Silenciadas Castelos, Palácios e Catedrais Biblioteca Musical Leitores Boletins Lepanto O Natal não Morreu! Debate com Protestantes Debate com Marxistas Lepanto em Ação Fale Conosco Pesquisa Quem Somos Cadastre-se Qual sua opinião sobre o PNDH 3 Sou contrário Sou parcialmente contrário Sou favorável Ainda não tenho opinião formada Artigo em Destaque Curas milagrosas de Lourdes: depoimento de um especialista Revista Catolicismo de julho/2003 Entrevista com um cientista médico de Lourdes sobre as curas inexplicáveis consideradas como milagres. Palco de grandes milagres ainda em nossos dias, a pequena cidade francesa de Lourdes, nos contrafortes dos Pireneus, foi o lugar escolhido por Nossa Senhora para aparecer, em 1858, à camponesa Santa Bernadete Soubirous. O que entende a Igreja Católica por cura milagrosa? Quais os critérios empregados para que se reconheça oficialmente uma cura? A essas e outras questões responde um profundo conhecedor do assunto: o médico responsável do Bureau Médical de Lourdes, Dr. Patrick Theillier. Formado pela Faculdade de Lille, no norte da França, especialista do aparelho digestivo, trabalhou na Cooperação Militar no Marrocos como Médico Responsável do Hospital de Targuist. Foi professor de cursos de Homeopatia na Universidade de Lille e é detentor de diplomas de Medicina do Trabalho Agrícola, Acupuntura e Homeopatia. Desde abril de 1998 é o médico permanente do Santuário de Lourdes, Presidente da Association Médical International de Lourdes (AMIL) e redator-chefe do Boletim da AMIL (trimestral de 10.000 assinantes, divulgado em cinco línguas). Autor de dois livros: Une nouvelle approche biomédicale des maladies chroniques: l’endothérapie multivalente (juntamente com o Doutor Michel Geffard), publicado em 2000 por F-X de Guilbert; e Et si on parlait des miracles..., editado em 2001 por Presses de la Renaissance, Paris, traduzido em Portugal com o título E se falássemos sobre... Milagres? pela editora Sopa de Letras. O Dr. Theillier recebeu nosso enviado especial, Sr. Miguel da Costa Carvalho Vidigal, no próprio Consultório Médico de Lourdes, para esta entrevista, mediante a qual podemos constatar, uma vez mais, a ocorrência do sobrenatural através da água de Lourdes. “Devo estudar, com todos os médicos que passam por Lourdes, uma causa da cura apresentada, que possa ser natural ou terapêutica. No total, devo dar a volta na questão, para depois propor tal cura á Igreja” Catolicismo — O Sr., como responsável pelo Consultório Médico de Lourdes, poderia explicar aos leitores de Catolicismo o trabalho que realiza aqui? Dr. Patrick Theillier — Inicialmente, o trabalho consiste em receber os peregrinos, os doentes, que supõem ter sido beneficiados por uma graça de cura por intercessão de Nossa Senhora de Lourdes. São eles próprios que o dizem e vêm testemunhar esse fato. Eu anoto e procuro investigar se existe a possibilidade de que essa cura seja reconhecida como milagrosa. É a primeira etapa. A segunda, nos casos que me parecem mais probatórios, inicio uma pesquisa médica, recolhendo todos os documentos anteriores à cura, que é o mais importante e o mais complicado; e os posteriores, para estar bem seguro de que ela realmente existiu. Devo estudar, com todos os médicos que passam por Lourdes, uma causa dessa cura que possa ser natural ou terapêutica. No total, devo dar a volta em torno da questão, para depois propor tal cura à Igreja, a fim de que Ela reconheça o milagre. O trabalho em meu consultório, que coincide com o tempo entre a declaração voluntária e espontânea daquele que foi curado e o reconhecimento da Igreja, é ao mesmo tempo médico e científico. Catolicismo — Quantos médicos fazem parte desse Consultório? Como ele funciona? Dr. Patrick Theillier — Eu sou o único médico de plantão, mas todos os médicos que passam por Lourdes podem participar desse trabalho. Eu edito uma pequena revista, “Boletim da AMIL”, que é enviada a todos os médicos profissionais da saúde que desejam e aos inscritos nessa associação. Ela tem a tiragem de 10 mil exemplares, em cinco línguas, e é enviada a 75 países. “É bom saber que o número de curas declaradas pela medicina é 100 vezes maior do que as reconhecidas pelas autoridades eclesiásticas. Sempre aparecem casos novos, e tenho sempre mais ou menos cinqüenta casos para estudar. São as curas que foram declaradas nos últimos 10 ou 12 anos e que me parecem sérias” Catolicismo — Somente médicos católicos fazem parte? Dr. Patrick Theillier — Qualquer médico pode entrar na associação, desde que esteja interessado e que não tenha mau espírito. Não pergunto a religião deles. Muitos médicos vêm aqui, evidentemente a grande maioria é católica, mas não obrigatoriamente praticantes. Eles vêm igualmente para fazer pesquisas ou simplesmente com uma finalidade humanitária para ajudar os doentes. Catolicismo — Desde quando existe esse Consultório Médico? Dr. Patrick Theillier — O Consultório Médico de Lourdes existe desde os anos 1880, há mais de 120 anos! Passaram por aqui 12 médicos responsáveis. Eu sou o décimo segundo. Mas a história da medicina em Lourdes data das aparições. Foi o médico de Santa Bernadete, o Doutor Douzous, que assistiu a várias aparições e também a examinou, juntamente com outros médicos, para ver se ela era sã de corpo e espírito. Este consultório começou realmente nessa época, mas logo ocorreram algumas curas, já durante a época das aparições. O bispo da época, Dom Laurence, logo após o final das aparições, havia estabelecido uma primeira comissão médica, sob a égide do Dr. Vergès, professor de medicina termal em Montpellier, para fazer as primeiras constatações e o primeiro trabalho de reconhecimento. Deste modo, o Dr. Vergès estudou todos os primeiros casos durante os três primeiros anos. Isso levou Dom Laurence a reconhecer, em 18 de fevereiro de 1862, as aparições de Lourdes, baseando-se evidentemente no testemunho de Santa Bernadete, que era fundamental, mas também nas curas ocorridas desde então e já reconhecidas pela medicina. Foram estudados e transmitidos a Dom Laurence mais ou menos 40 casos. Ele reteve sete, que foram assim os primeiros sete milagres de Lourdes. Catolicismo — Qual foi o primeiro milagre reconhecido oficialmente? Dr. Patrick Theillier — O primeiro milagre foi o de Catherine Latapie, que era uma mulher de 38 anos. Ela tinha dado à luz quatro filhos, dois já haviam morrido. Na noite de 28 de fevereiro para o dia 1º de março 1858, sentiu a necessidade de vir à Gruta de Massabielle [nome da gruta onde Nossa Senhora apareceu]. Dois anos antes, ela caíra de uma árvore e tinha uma paralisia cubital no braço direito, que a atrapalhava enormemente em suas atividades. Além disso, ela estava grávida. Apesar disso tudo, não hesitou em vir durante a noite para assistir à aparição que aconteceu naquele dia — a décima segunda. Quando tudo tinha terminado, ela subiu na gruta, pois naquela época era preciso escalar um pouco. E encontrou a fonte em que, três dias antes, Nossa Senhora tinha pedido a Santa Bernadette para lavar-se. A Sra. Latapie colocou a mão, e logo em seguida ficou com o uso completo do braço direito. Partindo de volta a pé para casa, a seis quilômetros da gruta, ela sentiu as dores do parto e deu à luz um filho que se chamou Jean-Baptiste. Mais tarde ele tornar-se-ia padre. Catolicismo — Quantos milagres foram reconhecidos até hoje? Dr. Patrick Theillier — Sessenta e seis milagres foram reconhecidos oficialmente pela Igreja. Seria bom explicar que é sempre o bispo da diocese, da qual vem a pessoa que foi curada, que reconhece o milagre. Portanto, não é o Papa nem o Vaticano, e tampouco o bispo da diocese de Tarbes-Lourdes. Pelo mundo inteiro, o bispo local é quem recebe o dossiê reconhecido pela medicina. No entanto, é bom saber que o número de curas declaradas pela medicina é 100 vezes maior do que as reconhecidas pelas autoridades eclesiásticas. Apenas uma cura sobre 100 declarações, em média, é reconhecida de modo oficial. “Enquanto médico católico, creio que em cada ser humano existe uma dimensão espiritual que é inerente à natureza humana. Considero que a cura física é um sinal da benevolência e da misericórdia de Deus em relação ao doente, ao pecador, mas que não acontece sem uma cura interior” Catolicismo — Existem casos recentes? Dr. Patrick Theillier — Claro, sempre aparecem casos novos. Sempre tenho mais ou menos cinqüenta casos para estudar. São as curas que foram declaradas nos últimos 10, 12 anos, e que me parecem sérias. Necessito estudar alguns casos de câncer, por exemplo. Mas há uma dificuldade quanto ao câncer. É uma doença que obrigatoriamente é tratada logo. Assim, é preciso distinguir aquilo que poderia ser considerado um tratamento, na origem da cura. É um longo trabalho que necessita tempo, estudos. É preciso comparar com outras eventuais curas ocorridas no mundo. Dessa forma, novas declarações aparecem sempre. Catolicismo — Quanto tempo pode levar para estudar e reconhecer um milagre? Dr. Patrick Theillier — No mínimo cinco anos, já que não se fala de cura na medicina antes disso. Mas, em geral, de 10 a 12 anos. Recebo mais ou menos 35 declarações por ano, e destas, entre três e cinco serão objeto de uma pesquisa. Catolicismo — Como o Consultório toma contato com as pessoas curadas? Dr. Patrick Theillier — Nós aguardamos as solicitações. São as pessoas que tomam contato voluntariamente, seja por telefone, pessoalmente, ou então por correio postal ou eletrônico, tudo é possível. Há casos também de pessoas que foram curadas somente rezando a Nossa Senhora de Lourdes, sem nunca terem vindo orar diante da Gruta. Catolicismo — Há um tipo de cura mais freqüente que outros? Dr. Patrick Theillier — Não. Existem todos os cenários possíveis, todos os tipos de doenças. Catolicismo — Quando se vem a Lourdes, pode-se ler e escutar em vários lugares que “o milagre maior que se produz diante da Gruta, ou durante a peregrinação, é o milagre na alma, mais do que o do corpo”. Como o Sr., enquanto médico católico, sente isso? Dr. Patrick Theillier — Enquanto médico católico, creio que em cada ser humano existe uma dimensão espiritual que é inerente à sua natureza. Somos criados à imagem e semelhança de Deus, existe em nós uma fonte de vida eterna. Considero que a cura física é um sinal da benevolência e da misericórdia de Deus em relação ao doente, ao pecador, mas que não acontece sem uma cura interior. No Evangelho, todas as curas são sempre acompanhadas de uma cura interior: “Vai, tua Fé te curou”; “A partir de agora não peques mais”, e assim por diante. É, portanto, cura que é sinal de um restabelecimento total da pessoa. Acredito que em Lourdes é assim. A cura física é a única visível, a única sobre a qual podemos nos debruçar, trabalhar, estudar e precisar, mas todas as curas físicas tocam a pessoa em toda a sua dimensão, seja ela física, psíquica ou espiritual. Posso dizer-lhe que uma pessoa que vive uma cura divina – pois a cura milagrosa é uma cura divina – não esquece nunca, representa algo muito forte na sua existência, há um antes e um depois, isso a toca profundamente. Essas curas físicas são as únicas visíveis, mas elas devem ser vistas como um sinal das curas invisíveis que têm lugar aqui, e que são talvez mais numerosas e importantes: as curas do coração, da alma, a cura do pecado, a reconciliação com Deus, com os outros e consigo mesmo. É preciso entender como uma cura interior, uma cura de todas as feridas que nós acumulamos durante nossa existência, e que naquele momento particular precisam ser tratadas e curadas. Assim, acredito que não se pode apenas fixar o lado “prodigioso” do milagre físico — freqüentemente maravilhoso, claro — mas procurar o sentido que está escondido atrás dele, que é a cura interior. Catolicismo — As pessoas que foram curadas em Lourdes também têm a percepção disso? Dr. Patrick Theillier — Narro-lhe a história de um senhor de 67 anos, que veio aqui contar-me uma cura que ele obteve em 1963, exatamente há 40 anos, mas que ele nunca esqueceu. Durante o serviço militar na Argélia, ele foi atingido por uma doença chamada sacro-coxalgia tuberculosa. Propuseram-lhe de vir a Lourdes, quando ele já estava havia vários meses no Hospital Militar de Bordeaux, repatriado por causa da doença. É preciso dizer que ele tinha sido declarado, pelo sistema de saúde francês, como 100% inválido, beneficiando-se com a aposentadoria correspondente a isso. Chegando aqui, sugeriram-lhe ir banhar-se nas águas de Lourdes. Ele aceitou, mas como havia um gesso de seu pescoço até os pés, impossível de ser retirado, foi apenas aplicada do lado de fora do gesso, no local dolorido, uma esponja umedecida. Quando ele voltou ao hospital de Bordeaux e tiraram a radiografia, à qual ele se submetia a cada três semanas, todo mundo ficou surpreso de ver que a sacro-coxalgia estava completamente curada. Ele pôde voltar para casa, mas nunca esqueceu o milagre. Apesar de ter vivido no Haiti, no Chile e em Ruanda, a cada dois anos ele vinha em peregrinação agradecer a Nossa Senhora de Lourdes com toda sua família. Entretanto, ele nunca tinha vindo ao consultório. Só depois que ele me viu na televisão, veio aqui para descrever, com enorme emoção, a sua história. Foi obrigado diversas vezes a parar, de tanto que chorava ao contar aquilo que tinha vivido 40 anos antes, com pouco mais de 20 anos de idade. Catolicismo — Alguma cura tocou-lhe especialmente? Dr. Patrick Theillier — Para ser sincero, todas as curas me tocaram. A que me sensibiliza mais especialmente é sempre a última. Por quê? Simplesmente porque todas as curas são maravilhosas. Pode-se sentir que as pessoas que foram curadas passaram por algo de sobrenatural, de muito forte. Elas são tocadas por alguma coisa que ultrapassa a natureza, é uma experiência fundadora em suas vidas. E tudo isso é muito emocionante, não há uma mais bela do que outra: todas elas o são. Catolicismo — Houve casos de médicos que, vindo a Lourdes, se converteram após constatar um milagre? Dr. Patrick Theillier — Sim, por exemplo o Doutor Aléxis Carrel [Prêmio Nobel de Medicina, 1912] que tinha acompanhado uma doente realmente grave, pois ela estava em estado de coma terminal de uma tuberculose generalizada. Ele assistiu, diante da Gruta, essa doente como que “ressuscitar”. Foi uma cura extraordinária, mas ele não podia admitir devido à sua formação positivista. Entretanto, no fim da vida, quando ele morreu, foi encontrado um manuscrito, no qual conta sua viagem a Lourdes e reconhece ter assistido a um milagre. Catolicismo — O médico responsável por esse Consultório, na época do escritor Émile Zola, manteve uma polêmica com este, não é verdade? Dr. Patrick Theillier — Com efeito, Zola veio aqui no fim do século XIX, interessado em conhecer, pois falava-se muito de tudo o que se passava em Lourdes. O Dr. Boissarie, um dos meus predecessores, abriu todas as portas do Consultório Médico, e o escritor teve a possibilidade, durante o tempo em que esteve aqui, de assistir a duas verdadeiras curas milagrosas de duas jovens, de quem temos os registros em nosso Consultório até hoje. Voltando a Paris, Zola escreveu seu livro sobre Lourdes, onde ele conta de um modo impecável esses dois milagres. O problema é que ele transformou a realidade, dizendo que as duas tiveram uma recaída e morreram de suas doenças, o que é absolutamente falso. O Doutor Boissarie foi a Paris vê-lo, em uma conferência aberta ao público, e interpelou Zola, mostrando que ele tinha modificado a realidade. O escritor respondeu que ele era um romancista, que tinha o direito de colocar o que bem entendesse em seus livros... Na verdade, as duas meninas foram realmente curadas de suas doenças, nunca tiveram recaídas e eram idosas quando morreram. Sempre é possível modificar a realidade, quando não se quer acreditar. É a liberdade humana... Catolicismo — Em seu ponto de vista, qual é o sentido dessas curas? Dr. Patrick Theillier — Acredito que a cura é para todos, não somente reservada a alguns. Caso contrário, seria injusto; poder-se-ia perguntar: por que alguns se curam e outros não? Somos todos chamados a ser curados, cedo ou tarde, das nossas feridas, dos nossos pecados. É preciso viver na esperança e entender que Deus nos ama, que Ele não está na origem do mal, da doença ou da invalidez. Caso contrário, viveremos como revoltados. É preciso entender que Ele sofreu e deu a sua vida por nós e nos salvou. O mais importante é a saúde espiritual, é preciso ver essas curas físicas dentro de uma perspectiva de eternidade, como uma antecipação da ressurreição do nosso corpo.
Fale Conosco | Quem Somos | Pesquisa | Cadastre-se | RSS Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2011 Home >> Ciência e Fé >> Os Milagres de Lourdes desafiam a ciência Home Doutrina Católica Apologética Católica Devoções Católicas Vida de Santos Orações Leitura Espiritual Aparições de Nossa Senhora Heróis Católicos Sociologia e Política Ciência e Fé História Brasil 500 anos Notícias Silenciadas Castelos, Palácios e Catedrais Biblioteca Musical Leitores Boletins Lepanto O Natal não Morreu! Debate com Protestantes Debate com Marxistas Lepanto em Ação Fale Conosco Pesquisa Quem Somos Cadastre-se Qual sua opinião sobre o PNDH 3 Sou contrário Sou parcialmente contrário Sou favorável Ainda não tenho opinião formada Artigo em Destaque Os Milagres de Lourdes desafiam a ciência Luís Dufaur Os milagres incessantes de Lourdes confirmam: em meio à crise universal contemporânea são numerosas e palpáveis as intervenções de Maria Santíssima. Apesar do combate movido à devoção a Nossa Senhora, fora e até dentro da Igreja, a Imaculada Conceição continua atraindo a si milhares de almas e desenvolvendo um plano de regeneração que conduz a espetacular desfecho. A história das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, cuja festa comemora-se no dia 11 do presente mês, bem como de milagres ocorridos sob essa invocação mariana, assim como a vida de Santa Bernadette, são bem conhecidos pelos leitores mais antigos de Catolicismo. Entretanto, foi lançado na França um livro que trouxe à luz aspectos pouco divulgados dessa grande devoção. Daí o interesse da presente matéria que, sob vários pontos de vista, constitui uma novidade. Manifestando-se a Santa Bernadette em 1858, Nossa Senhora inaugurou uma série de aparições da maior importância, entre as quais se destacam as de La Salette e Fátima. Tais aparições formam como que um arco-íris que atinge o zênite na Cova da Iria. E onde Nossa Senhora pousou seus pés imaculados abriram-se fontes inesgotáveis de graças e de milagres, que hoje atraem milhões de peregrinos todos os anos. Em Lourdes, Nossa Senhora fez um primeiro apelo maternal que depois renovou em Fátima, porém acenando com horizontes trágicos e misericordiosos caso suas palavras não fossem levadas a sério. Santa Bernadette, pouco depois das aparições (fotógrafo anônimo) Continuidade entre Lourdes e Fátima Na oitava aparição a Santa Bernadette, em 25 de fevereiro de 1858, Nossa Senhora deu a conhecer a sua primeira mensagem: Penitência! Penitência! Penitência! Rogai a Deus pelos pecadores. Isto é, o mesmo apelo que viria fazer de modo mais premente aos três pastorinhos, em 1917. Mas Nossa Senhora não ficou em palavras, e indicou a Santa Bernadette um modo de fazer essa penitência: ordenou-lhe beber da água da fonte e se lavar com ela. Mas a fonte não existia! Mais ainda, a Virgem Imaculada mandou-lhe comer ervas que cresciam espontaneamente no local! Dois absurdos, se considerados numa ótica puramente humana... Santa Bernadette obedeceu. Percebendo ela um canto úmido, cavou com suas próprias mãos até sair uma água barrenta. Vencendo as naturais repugnâncias, bebeu dela e se "lavou". Ainda mais, comeu da erva, para espanto dos presentes... Foi assim que nasceu a fonte milagrosa de Lourdes! Que lições tirar de fato tão paradoxal? Santa Bernadette em oração diante da primeira imagem da gruta das aparições (1862) Contra o espírito de revolta igualitário, Nossa Senhora pede espírito de humildade Em 1858, a França estava sendo cada vez mais penetrada pelo espírito de orgulho e revolta da Revolução Francesa. Aceitar a superioridade de um outro pela virtude, pelas qualidades naturais, pelo berço, pela tradição, começava a ser visto como algo insuportável. Na metafísica igualitária anticristã, o cidadão livre não aceita ordens de ninguém e só faz o que quer. No máximo ele as aceita, de igual para igual, mas exigindo explicações para tudo, e nunca o faz em razão da virtude da obediência nem pelo reconhecimento das legítimas desigualdades postas por Deus nos homens. Para esse espírito orgulhoso, o auge do revoltante é submeter-se ao que parece arbitrário, ainda que venha de um superior hierárquico instituído pela ordem natural, ou até do próprio Deus. Foi deste tipo a mortificação pedida por Nossa Senhora a Santa Bernadette: um ato de obediência arbitrário, sem explicações. Mas a pobre pastorinha compreendeu que de uma Senhora tão excelsa só poderia advir o bem. Obedeceu sem entender e cumpriu com simplicidade a penitência pedida. Agora o mundo todo entende, e se beneficia daquele gesto de submissão humilde e fiel. Através dele, Nossa Senhora abriu uma torrente contínua de graças. E o convite a repetir o gesto penitencial de Santa Bernadette — incompreensível para a soberba igualitária — está estendido ao mundo todo: beber e se lavar com a água da fonte da gruta de Lourdes. Como sinal de contentamento, o Céu dispensa curas e graças especiais, em quantidades inesgotáveis, àqueles que praticam esse gesto penitencial que é inexplicável. Imagem atual na gruta das aparições A Imaculada Conceição de Nossa Senhora Em Lourdes Nossa Senhora deu celestial confirmação ao dogma da Imaculada Conceição, que fora proclamado em 1854 pelo Bem-aventurado Papa Pio IX. O dogma estabelece uma superioridade absoluta da Santíssima Mãe de Deus, que jamais foi atingida nem sequer por sombra do pecado original desde o primeiro instante da sua concepção. Diferentemente dos demais mortais, que carregam a pesada herança de Eva. Tal dogma colide frontalmente com o espírito igualitário da Revolução Francesa. Pois ele se baseia na falsa idéia de que os homens não são concebidos no pecado, mas, pelo contrário, seriam imaculados por natureza; e se têm falhas, é por causa do ambiente material em que nascem e vivem; ou seja: o homem é naturalmente bom, e a sociedade é que o corrompe. Então uma boa educação e muita informação através da mídia bastariam para corrigi-lo. Liberto de todo freio imposto pela sociedade, o homem espontaneamente diria e faria tudo certo, e ninguém poderia proibi-lo de agir de acordo com os próprios impulsos. Esse erro tão profundo está na essência do liberalismo. O auge dessa suposta condição imaculada dos homens ocorreria quando eles exprimissem sua vontade coletivamente. Então o desejo das massas seria ainda mais isento de todo defeito. Nesta variante avançada do mesmo erro está a essência do socialismo e do comunismo. E o fruto extremo dele é o caos e a anarquia em que o mundo está afundando. Contra tais erros — liberalismo, socialismo, comunismo, anarquia — lutou heroicamente e profeticamente o grande Papa Bem-aventurado Pio IX. Foto do corpo incorrupto de Santa Bernadette O ódio de Satanás e de seus sequazes igualitários contra Lourdes Nessa perspectiva, a aparição de Nossa Senhora na gruta dos Pireneus tem um sentido profundamente contra-revolucionário. E é claro que a ira do demônio e seus sequazes haveria de se lançar com fúria contra Lourdes. Como de costume, agindo bem no seu estilo, isto é, ocultando as verdadeiras razões e procurando menosprezar, denegrir e, se possível, impedir o fluxo dos peregrinos. Ainda não haviam terminado as aparições de Nossa Senhora, e já ocorriam milagres patentes. Mas igualmente a máquina difamatória estava em ação. O procurador de Lourdes, em relatórios, perguntava ao governo da capital como impedir os "extravios da imaginação" que mencionavam milagres na Gruta, ridicularizando as curas acontecidas (pp. 20-21). Num outro relatório ele denunciava a água de Lourdes por conter carbonato de cálcio (aliás, simples antiácido hoje utilizado pela medicina) e vituperava o descontrole dos "boatos" sobre curas (p. 49). Clément Pailhasson, farmacêutico da cidade, espalhava que a água era "muito ruim". O diretor da escola superior, Antoine Clarens, a apontava como causa de "graves perigos"; enquanto Jacomet, delegado de polícia, prevenia que era "malsã" (pp. 50-51). Essas acusações não pegaram. Então o ataque mudou inteiramente. Pierre-Auguste Latour, farmacêutico de Trie, franco-maçom e conhecido inimigo dos milagres, emitiu um parecer cientificamente fraudulento. Segundo ele os milagres eram falsos. A explicação de todas as curas seria que a água continha excepcionais virtudes curativas! (p. 52). Mas muitas outras análises imparciais classificaram a água de Lourdes como simples "água potável, análoga à maioria das que se encontram nas montanhas onde o solo é rico em calcário". Portanto, uma água comum que nem chega a ser mineral (pp. 54-55). Vendo desmontada essa interpretação capciosa, o ódio das trevas excogitou outros ardis. O fim do século XIX estava impressionado com algumas descobertas pioneiras sobre radioatividade. O fato foi logo explorado: nada de fenômenos sobrenaturais, a "radioatividade" da água de Lourdes explica tudo!!! "Explicações" do gênero foram repetidas, como num realejo, até no século XX. Sucessivas análises refutaram todas essas suposições mal fundadas ou maliciosas (pp. 55-56). Nascente da água na gruta das aparições O realejo anticatólico passa a repetir difamações contra Santa Bernadette No século XIX generalizaram-se as doenças nervosas, como repercussão da industrialização e das megalópolis nascentes. E os primeiros vagidos da moderna psiquiatria revelaram toda uma coletânea de novas patologias, perturbações e desequilíbrios mentais. No início das aparições, três médicos de Lourdes analisaram Santa Bernadette buscando pretexto para interná-la num asilo psiquiátrico. Nada conseguiram (pp. 64-65). Em 1872, o Dr. Voisin, médico do famoso hospital da Salpêtrière (Paris), em conferência sobre doenças psíquicas, apresentou Santa Bernadette como exemplo de alienada mental, de "criança alucinada", "encerrada num convento das Ursulinas de Nevers". O Bispo dessa cidade respondeu em carta pública, esclarecendo que Bernadette não estava nas Ursulinas, mas no convento das freiras da Caridade, e convidou o pouco informado psicólogo a constatar diretamente como ela era "uma pessoa de uma sabedoria pouco comum e de uma calma que ninguém consegue nem de perto imitar" (pp. 146-147). O Dr. Voisin sumiu... A seguir, o Dr. Jean Martin Charcot, também da Salpêtrière, conhecido pelas suas teorias sobre as idéias fixas no inconsciente — tese desenvolvida depois por Freud — atribuiu os milagres de Lourdes a uma "fase de exaltação" físico-afetiva que produziria uma aliás enigmática "operação cerebral". Tumores e feridas curadas miraculosamente seriam produtos da histeria. Concomitantemente o Dr. Bernheim, chefe da Escola de Nancy, desqualificava os mesmos milagres como artifícios da sugestão (p. 147). Estes opositores e suas teorias afundaram sob uma maré de críticas até de seus discípulos. Em 1955, os Drs. Thérèse e Guy Valot publicaram uma rumorosa contestação intitulada "Lourdes e a ilusão terapêutica". Segundo eles, tudo não passa de uma tríplice ilusão: 1) dos fiéis mergulhados na credulidade e na ignorância; 2) dos médicos viciados na parcialidade, nos erros de diagnóstico e na leitura incorreta dos resultados dos exames; 3) dos comerciantes, hoteleiros e autoridades locais que lucrariam com o "negócio". O ataque foi amplamente refutado por teólogos e doutores (pp. 156-158). Em 1957, nova investida, desta vez articulada nos caliginosos arraiais da parapsicologia. O Dr. West, dos EUA, estudou onze curas miraculosas. Com base numa só delas, julgou tratar-se de fenômeno histérico misturado com auto-sugestão inconsciente e tapeação médica (p. 160). Peregrinos chegam à esplanada diante da Basílica Contra Lourdes: literatos e filósofos céticos, socialistas e hereges modernistas Os ataques procuraram assumir aparências científicas. Mas o espírito de orgulho apelou também para a literatura. Num escrito profundamente marcado pela impiedade e pela blasfêmia, intitulado Vida de Jesus, Ernest Renan, que abandonara a carreira eclesiástica, lançou exaltado desafio a quem ousasse apresentar um milagre qualquer. Logo — dizia — será convocada uma comissão de cientistas que analisará a ocorrência, repeti-la-á quantas vezes forem necessárias, e por fim demonstrará, com certeza, ser fato inteiramente explicável pela ciência, ficando esmagada para sempre a crença em intervenções sobrenaturais. Renan escreveu isto cinco anos após as aparições de Lourdes. Entretanto, as numerosas curas dariam cabal e insofismável desmentido ao exacerbado autor revolucionário (pp. 143-144). Anatole France, Prêmio Nobel de Literatura, cobria de ironias toda espécie de religiosidade. Durante sua visita a Lourdes, mostraram-lhe a enorme quantidade de muletas penduradas na parede da Gruta. Torcendo o nariz, só soube dizer: "Mas não tem sequer uma perna de pau!" (pp. 144-145). Na realidade, o racionalismo igualitário e libertino, inspirador da Revolução Francesa, estava sofrendo duríssimos golpes em conseqüência dos prodígios ocorridos em Lourdes. Chegou então a hora da zombaria lançada contra Lourdes pelo modernismo católico — heresia condenada pelo Papa São Pio X — antecessor direto do progressismo atual. O Pe. Alfred Loisy, professor do Instituto Católico de Paris, comparava as curas de Lourdes com as que — segundo ele — "aconteciam outrora nos templos de Esculápio", deus pagão da medicina (p. 145). Loisy morreu excomungado em 1940. Seu infame intento de desprestigiar Lourdes não teve maior sucesso que a dos céticos Ernesto Renam e Anatole France. Houve, porém, ofensivas mais subtis. Em 1894, o habilidoso romancista e político socialista Émile Zola deu a lume a sua novela Lourdes, fortemente sentimental, inverídica e anticatólica. Ela bem poderia servir de roteiro para as mais desavergonhadas novelas da TV de hoje. Pelo fato de achar que viu a Virgem, Bernadette é apresentada como uma "retardada de espírito e de corpo", frustrada por não se realizar como mulher, esposa e mãe. Outros personagens entram em cena: um jovem sacerdote que perdeu a fé e duvida de tudo em Lourdes; algumas miraculadas ludibriadas, mistificadoras ou maníacas, médicos trapalhões e inescrupulosos explorando a ignorância popular etc. A novela passou de todas as medidas, e foi sepultada por um dilúvio de protestos (pp. 148-152). Doentes em Lourdes (década de 50) Bureau Médico: constatação metódica do cientificamente inexplicável A ofensiva de críticas e calúnias forçou a criação de um setor médico para apurar a autenticidade das curas sobre bases estritamente científicas. Para cortar o passo às más interpretações iniciais, em 28 de julho de 1858 — ou seja, doze dias após o fim das aparições — o bispo diocesano, D. Laurence, nomeara uma "comissão encarregada de constatar a autenticidade e a natureza dos fatos que têm acontecido... numa gruta no oeste da cidade de Lourdes" (p. 21). Foi o ponto de partida do atual Bureau Médico de Lourdes. Com ele, o espírito naturalista e de orgulho revolucionário haveria de sofrer outro revés. Pois o Bureau passou a constatar, com base em critérios muito rígidos, que o inexplicável naturalmente — o milagre — acontece para aqueles que apelam à graça da Virgem Santíssima, que esmaga sob seus pés o pai de todas as revoltas, Satanás. O atual Bureau Médico de Lourdes apura, apenas do ponto de vista médico, se as curas alegadas pelos fiéis são explicáveis ou não pela ciência. Se não o são, o Bureau encaminha a conclusão do inquérito ao Bispo da diocese do miraculado. O Prelado então decide se reconhece oficialmente ou não o milagre. As atribuições estão muito claramente definidas. O Bureau se pronuncia apenas do ponto de vista médico, jamais do ponto de vista religioso-sobrenatural. Por isso, não fala em milagre, mas em cura inexplicável pela ciência. Por sua vez, os Bispos não se pronunciam do ponto vista médico. Eles apenas proclamam que houve milagre, quando julgam isso oportuno. Portanto, a constatação pelo Bureau, de cura que vai além de quanto a medicina conhece, é o primeiro e indispensável passo para o reconhecimento oficial do milagre. Peregrinos provenientes de vários países rezam diante da gruta das aparições Como funciona o Bureau O Bureau Médico tem sede na própria cidade de Lourdes, e está sempre à disposição de quem se apresente. É composto por médicos de todas as especialidades, católicos ou não católicos. Qualquer médico presente pode assistir à verificação de cura que esteja sendo feita. O fiel que se julga beneficiado pode se apresentar lá. Nessa ocasião é elaborada uma ficha clínica do caso e feito um reconhecimento clínico. Na momento de se apresentar ao Bureau, é fundamental que o interessado vá acompanhado da documentação que comprove o estado da doença antes da cura (resultados de exames, atestado médico sobre a natureza e gravidade da doença etc.). Milhares de casos não foram aceitos para estudo por carência desse tipo de documentação, apesar de parecerem verdadeiros milagres. Quando o Bureau julga — à luz dos documentos e da análise in loco — que o caso tem características extraordinárias, o interessado é convidado a voltar dentro de um ano, para verificar se a cura é durável. Houve casos de fiéis agradecidos a Nossa Senhora que voltaram até vários anos consecutivos para atestar a cura definitiva. E quando os médicos do Bureau, após atento exame, se pronunciam pela inexplicabilidade da cura, todo o dossier é encaminhado a uma segunda instância: o Comitê Médico Internacional de Lourdes — CMIL. O CMIL é inteiramente independente e nem sequer tem sede em Lourdes. Ele revisa todos os dados, pode proceder a novas investigações e análises, e até ao exame da pessoa curada, ou consultar especialistas alheios ao Comitê. Satisfeitas todas as exigências, os membros do Comitê devem responder a uma série de 16 perguntas, que não deixam margem a objeção alguma sobre a natureza da cura. Por fim, devem responder "sim" ou "não" à pergunta: "A cura constatada em ....... constitui, nas condições em que aconteceu ou se mantém, um fenômeno contrário às observações e às previsões da experiência médica, sendo cientificamente inexplicável?" (p. 32). Caso pelo menos dois terços votem pelo sim, o dossier com o parecer final é encaminhado para o Bispo da diocese do miraculado, para eventual proclamação canônica. O processo todo costuma durar anos. Peregrinos junto às bicas, colhendo água oriunda da fonte da gruta Os critérios do Bureau para elaborar suas conclusões Os critérios que orientam o Bureau Médico e o Comitê Internacional refletem em termos especializados os princípios estabelecidos pelo Cardeal Prospero Lambertini — posteriormente eleito Papa Bento XIV — num célebre tratado que regula até hoje os processos de beatificação e canonização: 1. que a doença seja grave, e impossível ou difícil de curar; 2. que a doença não esteja numa fase em que logo começa a declinar; 3. que não tenham sido tomados medicamentos, ou que estes não tenham causado efeito; 4. que a cura seja súbita ou instantânea; 5. que a cura seja perfeita; 6. que a cura não seja precedida de uma "vazão" notável ou de uma crise; 7. que a doença não volte mais (p. 32). Vendo todas estas apertadas exigências, compreende-se a certeza material — além da sobrenatural — que inspira cada proclamação canônica de um milagre. E compreende-se também a humilhação que ali sofrem os incrédulos corroídos pela metafísica naturalista e igualitária da Revolução. É a Imaculada Conceição esmagando perpetuamente a cabeça da Serpente infernal. Procissão noturna com velas na esplanada em frente da Basílica Peculiaridades dos milagres e conversão espiritual De um modo geral, na hora do milagre os beneficiados percebem sensações físicas características. A mais citada é a "de um calor desacostumado que toma conta do corpo". Freqüentemente os miraculados mencionam dores muito agudas, como Jeanne Gestas, que teve uma "sensação de que algo lhe era arrancado". Os milagres acontecem de modo imprevisível a pessoas de todas as idades e condições. Mas comumente é por ocasião do uso da água de Lourdes — bebendo-a ou banhando-se nela — ou em cerimônias litúrgicas tradicionais, como a bênção do Santíssimo Sacramento aos enfermos. A grande maioria dos milagres reconhecidos ocorreu em Lourdes, mas houve curas — também reconhecidas — em outros continentes, de pessoas que recorreram à água da Gruta. Caso típico em Lourdes foi o de Thea Angele, jovem alemã atingida por arteriosclerose em placa, que chegou quase moribunda a Lourdes em 1950. O corpo repelia tudo que lhe davam. Ela subsistia com soro endovenoso, pesava 34 quilos, estava inconsciente e quadriplégica. Seu único movimento eram espasmos dos olhos e da mandíbula. Acreditou-se que morreria em plena viagem. Um sacerdote administrou-lhe a Extrema Unção, achando que ela já era cadáver. Em Lourdes, após o quarto banho consecutivo, sorriu e falou pela primeira vez, dizendo: "Agora posso falar tudo, e estou com uma fome terrível". E comeu com apetite. No dia seguinte foi levada ao Bureau Médico, onde a paralisia acabou de se dissipar diante dos médicos. No outro dia, após mais dois banhos, venceu a fraqueza e caminhou até a Capela do Asilo (pp. 126-127). O milagre é acompanhado de uma conversão espiritual. Thea fez-se religiosa, como várias miraculadas. Mas outras, e numerosas, foram mães de famílias. Geralmente os miraculados atingiram grande longevidade, embora um tenha morrido com 44 anos num acidente (p. 129). Muitos milagres e poucas proclamações: a crise da Igreja Até 1998, 6.772 pessoas apresentaram-se no Bureau Médico. Por volta de 2000 casos foram julgados "inexplicáveis". Mas só 66 foram reconhecidos pela Igreja, o último deles em 9 de fevereiro de 1999. Tais cifras são como "a árvore que oculta a floresta que há por trás", segundo um ditado francês. Com efeito, muitas pessoas não sabem que existe o Bureau e não se apresentam. Muitas outras não têm a documentação médica indispensável ou não podem voltar no ano seguinte. Um número ainda maior é objeto de curas, que os beneficiados têm certeza de serem sobrenaturais, mas as doenças não têm características ou proporções para serem apresentadas ao Bureau, como mau funcionamento de órgãos ou distúrbios neuro-vegetativos. Maior ainda é o número de males de tipo espiritual ou moral, casos que não são suscetíveis de análise médica. Ainda mais vasto é o leque dos favorecidos com graças que resolvem problemas de índole familiar, afetiva, profissional, econômica etc., que não entram no âmbito da medicina. Pode-se perguntar: havendo dois mil casos certificados como inexplicáveis, por que apenas 66 foram reconhecidos pela Igreja? Em 1862 — isto é, quatro anos após as aparições — foram proclamados sete milagres, mas depois houve silêncio até 1907. Esse período foi marcado por governos ateus ou anticlericais na Franca, e o Prof. Chiron julga que os Bispos deixaram-se levar pela "pusilanimidade" (p. 96). Tinham medo de "ofender" governos que impulsionavam a Revolução anticristã, se declarassem publicamente a veracidade dos milagres. Tal situação cessou com São Pio X. Este Papa, consciente do dever contra-revolucionário de todo Vigário de Cristo, deu mais uma prova de sua prudência e determinação. Incitou corajosamente os Bispos franceses a reconhecerem os milagres, de preferência em cerimônia de grande aparato e edificação para os fiéis. Foi assim que entre 1907 e 1913 ocorreram 33 proclamações, a metade de todas as havidas em quase 150 anos de milagres. Porém, com a morte do Pontífice santo, o "desinteresse dos Bispos" provocou um novo "silêncio da Igreja" (pp. 100-101). A omissão abrandou-se um pouco no fim do espantoso cortejo de catástrofes, com dezenas de milhões de mortes, da Segunda Guerra Mundial. A partir de 1946 houve reconhecimentos eclesiásticos, embora a conta-gotas. Mas cessaram em 1965, ano de encerramento do Concílio Vaticano II. "Bom número de Bispos tem podido julgar as proclamações de milagres como `inaptas pastoralmente', considerando o espírito dos tempos pós-conciliares", conclui o Prof. Chiron (p. 107). Entretanto, merecem menção duas felizes exceções: uma em 1976 e outra em 1978. Depois, o deserto de proclamações continuou até 1999, quando o Bispo de Angoulême (França) reconheceu canonicamente o caráter autêntico de uma cura. O autor manifesta o anelo de que este último reconhecimento feche esse silêncio incompreensível e abra nova era de proclamações. Porém ele observa uma tendência, entre altos eclesiásticos, de tratar a palavra milagre como se fosse proibida. Em seu lugar, utilizam-se fórmulas pouco claras para o comum dos fiéis (pp. 111-112). Multidão de peregrinos diante da gruta das aparições Em Lourdes, novo e mal explicado tipo de curas: as "carismáticas" Nas últimas décadas, Lourdes vem lidando com uma nova situação. Não se trata mais de contradição. Um novo tipo de público, que se apresenta amigo de Lourdes, freqüenta o local e aprecia curas e fenômenos extraordinários de todos os tipos. Simultaneamente, segue caminhos que seriam mais abundantemente miraculosos que os da Mãe de Deus em Lourdes, à qual, entretanto externam veneração. São curas ditas "carismáticas". Apela esse público ao "batismo do Espírito" — termo aplicado de modo heterodoxo substituído por vezes pela expressão obscura "efusão do Espírito". Nessas "curas" entra um "mediador", que pela "imposição das mãos" ou gestos análogos operaria prodígios em massa. O Prof. Chiron não entra na análise doutrinária do fenômeno, mas observa nele singularidades. A principal delas é a recusa dos "miraculados" carismáticos de se submeterem a exames que confirmem o prodígio, embora nas suas sessões seja usual que pessoas se declarem "miraculadas" na hora. Não há estatísticas confiáveis de tais "curas", apenas afirmações dos responsáveis. Segundo eles, teriam acontecido dezenas de milhares, nem sempre casos identificados nem instantâneos, mas longos processos de cura com freqüentes recaídas. "Vê-se — escreve o Prof. Chiron — a diferença fundamental entre estas curas e as curas reconhecidas como miraculosas pela Igreja. Pelo menos dois dos critérios tradicionais, definidos por Bento XIV e adotados pelas instâncias médicas de Lourdes, não se encontram na maioria das curas acontecidas no ambiente carismático: o caráter súbito e o caráter permanente" (p. 196). Entre os anos 1972-1990, três curas carismáticas foram apresentadas ao Bureau Médico de Lourdes. Mas nenhuma delas foi aceita, porque refletiam "muito mais uma reação subjetiva do que uma realidade clínica ou biológica", segundo o Dr. Théodore Mangiapan, presidente do Bureau. Até agora nenhuma cura "carismática" foi reconhecida de acordo com os critérios acima expostos. Nos meios carismáticos evita-se a palavra milagre. Os argumentos são variados: "para não magoar os teólogos", diz o Pe. Tardif, expoente da Renovação Carismática. Aline Linotte, filósofa e teóloga carismática, atribui as curas não tanto a Deus quanto às qualidades humanas de certos homens ou mulheres, capazes de inspirar uma sensação de confiança naquele que vai ser curado. Em outros termos, um fenômeno mais subjetivo e natural do que objetivo e sobrenatural. O Prof. Chiron também observa que o movimento carismático não se interessa e até é hostil à instalação de uma instância médica que verifique as curas aduzidas, contrariamente àquilo que se faz em Lourdes. O Pe. Tardif argumenta, de modo pouco convincente, que há tantas curas que os médicos examinadores ficariam sem tempo para tratar dos seus pacientes... Analisando os métodos empregados nas sessões de cura carismática, o Prof. Chiron julga tratar-se mais de uma psicoterapia em meio a orações, cânticos e imposições de mãos. "Nós não temos nenhuma prova evidente de que a única explicação da cura seja a ação direta de Deus" (p. 200), reconheceu Michael Scanlam, um dos praticantes dessas curas. Portanto, bem o oposto do verificado nos comprovados milagres de Lourdes proclamados pela Hierarquia Eclesiástica. Scanlam não explica o que há a mais nessas curas que não seja a ação de Deus. O Centro do Cenáculo de Cacouna, dirigido pelo Pe. Emile Lebel e a irmã Yolanda Bouchard, gloria-se de um sucesso de curas na ordem de 98%, cifra que deixa a medicina sem ter quase o que fazer. Mas, na realidade, trata-se de impactos psicológicos que colateralmente podem trazer alguma repercussão física (p. 200). Lourdes, pólo de esperança e de vitória sobre a Revolução Malgrado todas as oposições, a devoção a Nossa Senhora de Lourdes só fez progredir nos últimos séculos. Hoje é, de longe, o santuário mariano mais freqüentado da França e um dos mais visitados do mundo. Milhões de fiéis vindos de todos os continentes ali afluem todos os anos. E com freqüência, no universo católico, encontram-se capelas ou grutas consagradas a Nossa Senhora de Lourdes. O Prof. Chiron observa que, mesmo nestes anos de crise que vêm abalando a Igreja, em Lourdes "foram conservadas, de maneira ininterrupta, práticas religiosas desaparecidas em numerosas paróquias, ou até em dioceses: a recitação do terço, as procissões, a adoração e procissão do Santíssimo Sacramento" (p. 204). Em Lourdes, a Virgem Imaculada que esmaga perpetuamente a cabeça da serpente infernal está continuamente nos acenando para a vitória sobre o orgulho revolucionário. Promessa de vitória que Ela mesma veio renovar em Fátima, anunciando o triunfo do seu Imaculado Coração. E isto após tremendas peripécias que poderão deixar o mundo num estado que lembrará uma cidade devastada, mas no qual o manto da misericórdia divina se estende sobre as almas penitentes e felizmente convertidas. Nessas circunstâncias, quaisquer que sejam, Lourdes será sempre pólo de luz, de esperança, de conforto e de prêmio para os que a ela se voltarem, nas condições que Nossa Senhora pediu a Santa Bernadette na admirável e miraculosa Gruta. Nos primórdios de Lourdes Um misterioso desígnio paira sobre os locais que Deus reserva para grandes acontecimentos futuros. Lourdes é um deles. Poucos se lembram de que no século VIII ela era uma cidadela maometana e tinha por emir um certo Mirat, feroz seguidor de Maomé. Em 778, Carlos Magno sitiou a fortaleza. O sarraceno resistiu-lhe, e em pleno assédio enviou ao grande Carlos um enorme peixe, prova da sua capacidade para suportar o sítio. Segundo a saga, uma águia largara o peixe na praça do castelo. À vista do peixe, e premido por outras frentes de batalha, Carlos decidira levantar o sítio. Mas Turpin, Arcebispo de Puy-en-Velay, apresentou-se de mitra e báculo, armado de couraça e espada, ante o orgulhoso Mirat. Increpou-o por sua simulação e intimou-o à rendição. O sarraceno respondeu que jurara por Alá jamais entregar suas armas a outro combatente. O Arcebispo propôs-lhe, então, capitular aos pés de uma bela dama cheia de bondade, rainha do Céu, à qual até o grande Carlos obedecia: Nossa Senhora. E o milagre moral operou-se: o muçulmano tornou-se cristão. Foi batizado como Lours, de onde provém o nome Lourdes. Entregou suas armas no santuário de Nossa Senhora de Puy-en-Velay e guardou o restante da sua vida o comando da fortaleza — um dos primeiros feudos pessoais da Santíssima Virgem. Em lembrança do fato, hoje o brasão de Lourdes ostenta uma águia dourada com um peixe prateado no bico
Em 1917, Nossa Senhora apareceu em Fátima - Portugal para três pastorinhos - Lúcia, Francisco e Jacinta. A Virgem fez revelações que mais tarde ficaram conhecidas como o "Segredo de Fátima". A 1ª e 2ª parte do Segredo foram escritas por Lúcia no ano de 1941 e conhecidas logo a seguir. A 3ª parte do Segredo foi escrita em 1944 numa correspondência privada para ser aberta somente pelo Papa. No dia 26 de Junho de 2000, a 3ª parte do Segredo foi finalmente publicada na íntegra pelo Vaticano. 1ª e 2ª parte do Segredo de Fátima, na íntegra. Transcrição na íntegra das palavras de Lúcia de Jesus que contêm a revelação da primeira e segunda partes do segredo de Fátima: "(...) o segredo consta de três coisas distintas, duas das quais vou revelar. A primeira foi pois a vista do inferno! Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras , ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saiam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas em os grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e acrosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu (na primeira aparição) se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor. Em seguida, levantamos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza: Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores, para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo dos seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz". 3ª parte do Segredo de Fátima, na íntegra. O conteúdo da terceira parte do Segredo de Fátima, revelado em 13 de Julho de 1917, em Fátima, em que a Ir. Lúcia dos Santos, a única das três videntes ainda viva, redigiu em 03 de Janeiro de 1944, é o seguinte: "Escrevo, diz Ir. Lúcia, em ato de obediência a Vós meu Deus, que me mandais por meio de Sua Excelência Reverendíssima o Sr. Bispo de Leuria, e da Vossa e minha Santíssima Mãe. Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais alto, um anjo com uma espada de fogo na mão esquerda. Ao cintilar despedia chamas que pareciam incendiar o mundo. Mas, apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro. O anjo, apontando com a mão direita para a terra, com voz forte dizia: - Penitência, penitência, penitência. E vimos numa luz imensa, que é Deus, algo semelhante a como se vêem as pessoas no espelho, quando lhe diante passa um bispo vestido de branco. Tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre. Vimos vários outros bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande cruz, de tronco tosco, como se fora de sobreiro como a casca. O Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade, meia em ruínas e meio trêmulo, com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena. Ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho. Chegando ao cimo do monte, prostrado, de joelhos, aos pés da cruz, foi morto por um grupo de soldados que lhe disparavam vários tiros e setas e assim mesmo foram morrendo uns após os outros, os bispos, os sacerdotes, religiosos, religiosas e várias pessoas seculares. Cavalheiros e senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da cruz, estavam dois anjos. Cada um com um regador de cristal nas mãos recolhendo neles o sangue dos mártires e com eles irrigando as almas que se aproximavam de Deus. Este portanto, o conteúdo escrito por Ir. Lúcia, no ano de 1944, do Terceiro Segredo de Fátima]. Aparição de Nossa Senhora de Fátima aos 3 pastorinhos. Comentário Nossa Senhora em Fátima fez um diagnostico, mostrou os riscos e prescreveu os remédios. Ela ofereceu a humanidade meios para livrar-se de males ameaçadores representados nas visões dadas às 3 crianças. Na medida em que usamos o remédio o mal é vencido. Almas são salvas de cair no inferno e guerras destruidoras que atingem a Igreja são afastadas (adiadas). O mundo viveu por vários anos a chamada guerra fria em que o conflito com a Russia e todo o bloco soviético podia explodir a qualquer momento numa guerra nuclear. O remédio oferecido em Fátima, uma especial consagração ao Imaculado Coração, ficou por longo tempo sem o uso devido. Foi somente depois de ser salvo por milagre de um atentado em 13 de maio de 1981, aniversário das aparições, que João Paulo II se ocupou com as revelações de Fátima. Quando em 1984 nosso querido Papa, fez a consagração solene nos moldes prescritos por Nossa Senhora o remédio celestial começou a agir. Bastou cinco anos para o mundo assistir pasmo o desmantelamento do bloco soviético. Parte do tratamento prescrito cabia ao Papa e aos Bispos mas outra parte cabe a cada um de nós. Como temos feito a comunhão reparadora? Qual a visão pior: a da primeira parte ou a da última parte do segredo? A queda do muro de Berlim é um testemunho de como os remédios oferecidos pela Mãe são eficazes. Diante de tudo só posso pedir misericórdia pois tenho sido relaxado no uso destes remédios para o bem de tantos. Penitencia! Penitencia! Penitencia! dizia o anjo em 1917, que diria ele agora? Se
http://www.cancaonova.com/cnova/dicas_fe/segr_fatima.html

domingo, 29 de janeiro de 2012

Pe Geraldo Bahia Bahia VENCERÁS Não desanimes. Persiste mais um tanto. Não cultives o pessimismo. Centraliza-te no bem a fazer. Esquece as sugestões do medo destrutivo. Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros. Avança ainda que seja por entre lágrimas. Trabalha constantemente. Edifica sempre. Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração. Não te impressiones nas dificuldades. Convence-te que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia. Não desistas da paciência. Não creias em realizações sem esforço. Silêncio para a injúria. Olvido para o mal. Perdão às ofenças. Recorda que os agressores são doentes. Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança. Não menosprezes o dever que a consciência te impõe. Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo. Não conte vantagens nem fracassos. Não dramatizes provocações ou problemas. Conserva o hábito da oração para quem se te faz a luz na vida íntima. Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou. Ama sempre, fazendo pelos outroso melhor que possas realizar. Age auxiliando. Serve sem apego. E assim vencerás. Emmanuel
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver. Dalai Lama

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A Palavra de Deus

 Dom Henrique Soares 
... A Palavra deDeus é a verdadeira estrela que,na incerteza dos discursos humanos nos oferece o imenso esplendor da verdade divina"(B.XVI)

Vídeo Ovelha ferida ( Música )

http://www.youtube.com/watch?v=QUZUd6AUssg

Rádio Base: Nova web-rádio em Londrina

Rádio Base: Nova web-rádio em Londrina: Em Londrina está a mais nova rádio da web: A Rádio Sercomtel . Sob a coordenação de Miriam Sampaio, ex-Maringá FM, a Rádio Sercomtel conta ...

A verdade

O diabo jamais aceitara a verdade pois ele é pai da mentira.

Eis aí a tua mãe.

Igreja sem MARIA é casa sem mãe.

Eucaristia

Sem a Eucaristia a vida é um deserto.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

RCC-Renovação Carismática Católica de Varginha-MG.: Grupos de Oração da RCC de Varginha.

RCC-Renovação Carismática Católica de Varginha-MG.: Grupos de Oração da RCC de Varginha.: OS GRUPOS DE ORAÇÃO RETORNARÃO A PARTIR DA 1ª SEMANA DE JANEIRO DE 2012. A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DE VARGINHA DESEJA A TODOS UM FE...

RCC-Renovação Carismática Católica de Varginha-MG.: Grupos de Oração da RCC de Varginha.

RCC-Renovação Carismática Católica de Varginha-MG.: Grupos de Oração da RCC de Varginha.: OS GRUPOS DE ORAÇÃO RETORNARÃO A PARTIR DA 1ª SEMANA DE JANEIRO DE 2012. A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DE VARGINHA DESEJA A TODOS UM FE...

Ovelha Ferida

Universo Católico http://www.youtube.com/watch?v=QUZUd6AUssg

Palavra do Senhor Jesus.

"Nem todo aquele que que diz, Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus"

MILAGRE

Não existe milagres a granel.

MILAGRE

Não existe milagres a granel.

Pe Bahia: Jesus e seus discípulos.

Pe Bahia: Jesus e seus discípulos.: Disse Jesus aos seu discípulos: "Coragem, sou eu! Não tenhais medo"

Jesus e seus discípulos.

Disse Jesus aos seu discípulos: "Coragem, sou eu! Não tenhais medo"

Jesus e seus discípulos.

Disse Jesus aos seu discípulos: "Coragem, sou eu! Não tenhais medo"

domingo, 8 de janeiro de 2012

Vídeo Ovelha ferida ( Música )

http://www.youtube.com/watch?v=QUZUd6AUssg

Rádio Web Católica | A Sua Rádio Católica Online | Portugal: Bispos pedem dinamismo de generosidade para enfrentar a crise

Rádio Web Católica | A Sua Rádio Católica Online | Portugal: Bispos pedem dinamismo de generosidade para enfrentar a crise

A GAZETA O BLOG DO VALE DO TIBAGI: Tamanduá mirim encontrado em sítio em Assai

A GAZETA O BLOG DO VALE DO TIBAGI: Tamanduá mirim encontrado em sítio em Assai: Do AssaíOnLine - Neste domingo, 08, pela manhã, agentes da defesa civil foram acionados para atender uma ocorrência na Secção Palmital...

TRIBUNA DE CURIÚVA: Parte do teto desaba na ala nova do shopping Catua...

TRIBUNA DE CURIÚVA: Parte do teto desaba na ala nova do shopping Catua...: Parte do teto do shopping Catuaí de Londrina desabou durante a tarde desta sexta-feira (6). O acidente foi registrado na ala nova do ...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Grito da Africa.wmv

A Igreja que está no Japãohttp://www.youtube.com/watch?v=QUZUd6AUssg

Renovação Carismática Católica de Brasília

Renovação Carismática Católica de Brasília

Grupo de Oração Jovem Levanta te: 1°NOITE DE ADORAÇÃO

Grupo de Oração Jovem Levanta te: 1°NOITE DE ADORAÇÃO: NESTE DOMINGO DIA 25-09-11 SERÁ REALIZADA NA IGREJA SÃO FRANCISCO DE ASSIS NA COHAPAR EM GUARATUBA-PR A 1° NOITE DE ADORAÇÃO (SANTÍSSIMO SAC...
Ovelha ferida retorne ao redil
enxugue suas lágrimas
perdoe quem te feriu.

     As vezes senti vergonha em retornar
     na casa do Pai ha muitas moradas
     aqui também e o seu lugar.

Ovelha ferida retorne ao redil
enxugue suas lágrimas
perdoe quem te feriu

     Deixa o Espirito Santo falar em seu coração
     com sua voz calma e suave
     Ele te conduz pela suas mãos.

Ovelha ferida retorne ao redil
enxugue suas lágrimas
perdoe quem te feriu.

Pe Bahia: Ovelha ferida retorne ao redilenxugue suas lágrim...

Pe Bahia: Ovelha ferida retorne ao redil
enxugue suas lágrim...
: Ovelha ferida retorne ao redil enxugue suas lágrimas perdoe quem te feriu. As vezes senti vergonha em retornar na casa do Pai...
Ovelha ferida retorne ao redil
enxugue suas lágrimas
perdoe quem te feriu.

     As vezes senti vergonha em retornar
     na casa do Pai ha muitas moradas
     aqui também e o seu lugar.

Ovelha ferida retorne ao redil
enxugue suas lágrimas
perdoe quem te feriu

     Deixa o Espirito Santo falar em seu coração
     com sua voz calma e suave
     Ele te conduz pela suas mãos.

Ovelha ferida retorne ao redil
enxugue suas lágrimas
perdoe quem te feriu.

TRIBUNA DE CURIÚVA: 1º Retornai

TRIBUNA DE CURIÚVA: 1º Retornai: A Paroquia Divino Espirito Santo junto com o movimento da RCC promovem nos dias 19 e 20 de março, o primeiro RETORNAI com o tema Juventud...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A mulher, obra do Criador.


Padre Bahia
 Assim, como o cantor termina o show com a mais bela canção, Deus escolheu a mulher para encerrar o show da criação