terça-feira, 23 de outubro de 2012

São Jorge

São Jorge


 
ARMA DE CAVALARIA 
São Jorge 
23 de ABRIL

Grande mártir é o título honroso que se atribuía, nos livros litúrgicos do catolicismo, a São Jorge pela sua impavidez, coragem e galhardia, com as quais enfrentou duros e prolongados suplícios, antes de ser degolado em 23 de abril de 303, durante o reinado de Diocleciano, na Ásia Menor. Aos 17 anos entrou para a vida militar e pela sua aplicação, capacidade no manejo das armas e excepcional destreza nos torneios de eqüitação, chegou a ocupar cargos importantes no exército romano. Segundo o historiador, Eusébio de Cesaréia, em sua obra História Eclesiástica, VIII, 5, in PG, XX, Coll. 749-52, Jorge teria alcançado, no exército romano, o posto de tribuno, correspondente ao posto de general em nosso Exército.
Diocleciano, o imperador romano da época, chamou para coadjuvá-lo no governo do Império Maximiano, que deixou em Roma, Cloro, que transferiu para as Gálias, Galério que foi com ele para a Ásia Menor, na outra sede do Império em Nicomédia, para onde ele próprio se transferiu.
Sabendo Diocleciano dos méritos do jovem oficial Jorge, chamou-o para comandar a coorte-prima da Guarda Imperial.
Não obstante os efeitos destruidores da nona perseguição geral contra os cristãos, desencadeada em 274, esses encontravam ainda alguma trégua para reanimar-se e vir a público.
Os quatro monarcas, desta vez associados, decidiram baixar novos editos para exterminar os cristãos. Maximiano e Cloro agiram no Ocidente, Diocleciano, - que a princípio relutara -, e Galério, vibraram a espada da perseguição contra os cristãos no Oriente.
A décima das perseguições gerais, levada a cabo pelos quatro monarcas foi a mais terrível e devastadora de todas. Os historiadores cristãos Lactâncio e Eusébio contam que, quando o edito desta contra os cristãos foi afixado no fórum de Nicomédia, esse pergaminho teria sido arrancado e rasgado por um jovem cristão, cuja identidade não pode ser verificada, mas cuja autoria atribuíram alguns ao tribuno Jorge.
Enfurecido, o imperador Diocleciano mandou despojar o tribuno das insígnias militares e metê-lo na prisão. Depois de vários suplícios - fora atado a uma roda ouriçada de pontas que a cada volta dilacerava-lhe as carnes, raspadeiras com garras de ferro, banho de cal viva, flagelação, fogo em brasa e veneno -, os algozes finalmente decidiram decapitar o corajoso mártir. No Oriente, a devoção ao santo espalhou-se a partir do século V, enquanto que, no Ocidente, desde o século XI graças às Cruzadas. No Ocidente, destacou-se a Inglaterra, onde a devoção ao santo foi tão forte que a Cruz Vermelha sobre o fundo branco de São Jorge, é um dos elementos que compõem o pavilhão nacional britânico, a UNION Jack.
Vexilário dos heróis, bravo entre os bravos, paradigma dos heróis cristãos, São Jorge mui dignamente é o Padroeiro da Cavalaria, a estrela guia nos combates.
Desde muito cedo, portanto, tanto as Igrejas do Oriente, quanto as do Ocidente celebram em seus calendários a memória-recordação da morte do santo como ocorrida em 23 de abril de 303.

Um comentário:

  1. São Jorge



    ARMA DE CAVALARIA
    São Jorge
    23 de ABRIL

    Grande mártir é o título honroso que se atribuía, nos livros litúrgicos do catolicismo, a São Jorge pela sua impavidez, coragem e galhardia, com as quais enfrentou duros e prolongados suplícios, antes de ser degolado em 23 de abril de 303, durante o reinado de Diocleciano, na Ásia Menor. Aos 17 anos entrou para a vida militar e pela sua aplicação, capacidade no manejo das armas e excepcional destreza nos torneios de eqüitação, chegou a ocupar cargos importantes no exército romano. Segundo o historiador, Eusébio de Cesaréia, em sua obra História Eclesiástica, VIII, 5, in PG, XX, Coll. 749-52, Jorge teria alcançado, no exército romano, o posto de tribuno, correspondente ao posto de general em nosso Exército.
    Diocleciano, o imperador romano da época, chamou para coadjuvá-lo no governo do Império Maximiano, que deixou em Roma, Cloro, que transferiu para as Gálias, Galério que foi com ele para a Ásia Menor, na outra sede do Império em Nicomédia, para onde ele próprio se transferiu.
    Sabendo Diocleciano dos méritos do jovem oficial Jorge, chamou-o para comandar a coorte-prima da Guarda Imperial.
    Não obstante os efeitos destruidores da nona perseguição geral contra os cristãos, desencadeada em 274, esses encontravam ainda alguma trégua para reanimar-se e vir a público.
    Os quatro monarcas, desta vez associados, decidiram baixar novos editos para exterminar os cristãos. Maximiano e Cloro agiram no Ocidente, Diocleciano, - que a princípio relutara -, e Galério, vibraram a espada da perseguição contra os cristãos no Oriente.
    A décima das perseguições gerais, levada a cabo pelos quatro monarcas foi a mais terrível e devastadora de todas. Os historiadores cristãos Lactâncio e Eusébio contam que, quando o edito desta contra os cristãos foi afixado no fórum de Nicomédia, esse pergaminho teria sido arrancado e rasgado por um jovem cristão, cuja identidade não pode ser verificada, mas cuja autoria atribuíram alguns ao tribuno Jorge.
    Enfurecido, o imperador Diocleciano mandou despojar o tribuno das insígnias militares e metê-lo na prisão. Depois de vários suplícios - fora atado a uma roda ouriçada de pontas que a cada volta dilacerava-lhe as carnes, raspadeiras com garras de ferro, banho de cal viva, flagelação, fogo em brasa e veneno -, os algozes finalmente decidiram decapitar o corajoso mártir. No Oriente, a devoção ao santo espalhou-se a partir do século V, enquanto que, no Ocidente, desde o século XI graças às Cruzadas. No Ocidente, destacou-se a Inglaterra, onde a devoção ao santo foi tão forte que a Cruz Vermelha sobre o fundo branco de São Jorge, é um dos elementos que compõem o pavilhão nacional britânico, a UNION Jack.
    Vexilário dos heróis, bravo entre os bravos, paradigma dos heróis cristãos, São Jorge mui dignamente é o Padroeiro da Cavalaria, a estrela guia nos combates.
    Desde muito cedo, portanto, tanto as Igrejas do Oriente, quanto as do Ocidente celebram em seus calendários a memória-recordação da morte do santo como ocorrida em 23 de abril de 303.

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